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Alguém já parou para tentar explicar porque ocorrem antipatias e violências assim, gratuitas, entre as pessoas?
É claro que os livros de psiquiatria, psicologia e psicanálise estão cheios de explicação; destacamos a que atribui ao analfabetismo uma importante causa das desavenças.
Segundo alguns teóricos, o analfabeto por ter o vocabulário limitado, desenvolve síndromes paranóicas.
A compreensão do iletrado não ocorre da mesma forma que a do alfabetizado. O primitivo pensa com símbolos, imagens e cores. Não há a lógica, prevalece a intuição, a emotividade. Daí podem surgir a antipatia e a violência.
Dessa forma se numa casa, por um motivo ou outro, há a ausência da pia do banheiro, pode esse fato significar, para o rixoso iletrado, que seu proprietário precisa de terapia.
É sério!
Com as afecções mentais gravíssimas surgem a perseveração, as estereotipias e a agitação psicomotora, que promovem o consequente desassossego da família, dos amigos e dos vizinhos.
Esse tipo de doente mental pode se utilizar de várias formas para desestabilizar a vida alheia, como o incessante latir dos cães, provocar fumaça nos horários das refeições, ou mesmo encher a casa contígua, diuturnamente, com a tinta spray, daquelas que se usam pra pintar automóveis.
Respondendo ao velho preceito “os incomodados que se retirem” dizemos que o analfabetismo ou a miséria, não eximem ninguém de seguir as normas.
Ou seja: não é porque o cara é analfabeto, pobre ou louco, que ele não deva usar os equipamentos necessários na sua funilaria.
Cadê os fiscais e a vigilância sanitária? São nessas horas que você conhece a eficiência duma administração municipal.
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