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Um dos significados da palavra louco é extravagante, que está fora do contexto em que vive. Nesse sentido Jesus Cristo seria um deles.
Não é preciso explicar que Jesus era Judeu, e que o judaísmo, daquele tempo, além de remir os pecados dos seus adeptos, com o sacrifício de quem não tinha nada a ver com os nós, favorecia a política dos dominadores vindos de fora.
Jesus, seguindo os preceitos há muito tempo escritos, nos livros do velho testamento, mudou tudo isso, mostrando que seria ele quem carregaria todos os pecados do mundo, sendo dessa forma ressuscitado por Deus.
Num bairro onde há o predomínio de bêbados e analfabetos, o sujeito que tem um pouco de leitura seria o extravagante; o que destoa.
Então da mesma forma, esse pobre leitor de jornais pode ser perseguido, difamado, ter a água do seu reservatório envenenada e seu carro sofrer sabotagens que o levariam à ruína.
Tudo se complicaria para o extravagante se as “autoridades religiosas” que dariam suporte ao poder político na cidade, dirigissem o seu apoio, não ao perseguido, mas aos perseguidores.
E perceba que isso não é raro. Aliás, é mais comum do que pode imaginar a nossa mísera filosofia provinciana.
Uma das formas de realçar o tal poder político usuário da força, dominador, perseguidor e crucificador, seria impedir a exposição, nos prédios públicos da cidade, do símbolo evocador do amor demonstrado por Jesus Cristo.
Outra artimanha muito comum, nesse grande prêmio da vida, é tentar usar os ensinamentos de Jesus – os sentimentos cristãos – como inspiradores dos comportamentos conducentes às derrotas.
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