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Aníbal, o Cortador de Cana

por Fernando Zocca, em 30.10.10

            Aníbal depois que chegava a casa, vindo da roça, onde passava a maior parte do dia cortando cana, tomava banho e arreava o burrão, atrelando nele a charrete, usada para comparecer ao bar do Maçarico.

 

            Isso era o que comumente acontecia. Pois foi naquela tarde de terça-feira que Aníbal, cansado da lida no eito, chegou à choupana habitada por ele, a mulher, e os dois filhos.

 

            O homem vinha nervoso, exausto, fedido, mal humorado e ansioso pra beber, junto com os companheiros, o primeiro gole de pinga num dos botecos da cidade.

 

            - Cadê a canequinha pra tomar o banho? - gritou ele, cheio de ódio, à Murtinha. A mulher temerosa com os espancamentos habituais olhou para a porta do barraco; queria-a desimpedida, para no caso de algum influxo de piti virulento, acometer o marido, pudesse ela safar-se com sucesso.

  

            -   Não sei. Deve estar perto do poço. - respondeu ela parada defronte ao fogão à lenha, onde enxugava as mãos no avental  amarrado na cintura.

 

            - O Nelsinho brincava com a caneca lá perto da fossa. Será que não está lá? - completou Murtinha cheia de boa vontade.

 

            - Na fossa? Mas esse moleque quer mesmo levar uma surra! Será que não aprende? - Aníbal já estava sem camisa, sem as botinas e de calção, queria lavar-se.

 

            Depois que ele vestiu os chinelos, saiu em direção ao local por eles chamado  banheiro. Na verdade o chuveiro não passava de uma lata cheia d´água fria, antes retirada do poço, mantida suspensa num poste e, inclinada ao ser puxada por uma cordinha, deixava cair o líquido sobre o banhista. Uma bacia posta sob os pés do usuário, reservava a água que depois era reutilizada para o enxágue com a caneca.

 

            Aníbal lavou-se apressadamente, enxugou-se e de volta pra casa, vestiu-se aproveitando a privacidade relativa do quarto. A casa não tinha forro e as paredes chegando até certa altura, não vedavam completamente o cômodo. Permanecia um espaço grande do limite superior das paredes até o madeiramento que sustentava as telhas.

 

            Não eram raros os momentos de amor entre Aníbal e Murtinha, cujos gemidos eram ouvidos pelos filhos, deitados no aposento contíguo.

 

            Mas naquela terça-feira, com uma vontade incontrolável de beber a sua pinga necessária Aníbal, já vestido mandou laçar o burro que pastava na redondeza. Ele então preparando os arreios e a charrete, atrelou-os no animal que ruminava.

 

            O lavrador pegou aquele seu rádio enorme e ligando a fiação numa bateria de automóvel mantida no assoalho da viatura, acionou-o podendo ouvir, naquele momento, a história do menino da porteira, cantada  pelos violeiros famosos.

 

            Ajeitando o chapéu de caubói no alto da cabeça, por sobre os cabelos que embranqueciam, e espancando o burro com um açoite, pôs-se o Aníbal a caminho da sua mais nova e esperada aventura etílica.

 

            Momentos antes de sair da propriedade, de passar por seus limites, antes mesmo de chegar ao portão, ele parou e voltando-se pra trás gritou:

 

            - Mulher! Ô mulher: não esquece de dar painço pros periquitos! Você ouviu criatura?

 

            Murtinha apareceu à porta da cozinha e acenando pro marido, propiciou a ele a despreocupação que precisava, para beber sem atropelos.

 

            Ao chegar ao bar do Maçarico Aníbal encontrou Van Grogue que sentado numa mesa de canto, lia a seção de esportes do jornal tupinambiquense.

 

            - Ué, mas não houve coleta de lixo hoje por aqui? - perguntou o cortador de cana pro Maçarico, depois de apontar com o queixo o bêbado leitor.

 

            Maçarico sabia que os dois não se davam. Primeiro porque Van Grogue era muito mais novo que Aníbal, segundo porque este não era letrado o que dificultava a compreensão dos ditos pelo primeiro.

 

            Por ser incapaz de entender o que dizia Grogue, Aníbal considerava-o louco. Era o jeito que ele usava para manter a sua autoestima inalterada, geralmente abalada pelos discursos do homem,  sabedor de tudo o que publicavam os jornais.

 

            Maçarico abriu uma cerveja servindo o lavrador. E querendo ajudar disse:

 

            - Eu também não tive tempo de aprender a leitura. Precisei trabalhar cedo. Meu pai cortava cana. Minha sorte foi que minha tia veio de São Paulo e me levou pra casa dela onde aprendi o bê-á-bá.

 

            - E se não tivesse aprendido, hoje você seria babá de criança retardada, com certeza. - arrematou Aníbal para o espanto do Van Grogue que se desconectou da leitura.

 

            - Ora, ora, mas vejam quem está aqui. O famoso Aníbal, o homem que gosta de caçar e prender periquitos. Você ainda está viva criatura? O que sucede? - Grogue com a voz pastosa de quem já bebera a cota do dia, levantava-se para se achegar ao carroceiro.

 

            Aníbal evitando qualquer contato com aquela figura detestável, pediu ao Maçarico que lhe vendesse um garrafão de pinga. Depois de pagar a mamãe-sacode e a cerveja, que deixou por terminar, ele saiu dizendo:

 

            - Antes beber sozinho a baronesa quente do que a cerveja gelada, em má companhia.

 

 

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publicado às 00:22

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por Fernando Zocca, em 25.10.10

O líder comunitário e a rabiola presa

 

                              Quando um líder comunitário tem entre os seus credores um deputado federal, dificilmente poderá repercutir opinião diferente deste, mesmo que totalmente equivocada.

 

                Dentre as confusões que fazem sobre o que seja ou não roubo, esquecem-se de classificar os de maior ou menor potencialidade danosa ao bem comum.

 

                Apesar de o delito estar presente tanto no furto de um panetone, quanto num fardo de dinheiro público, este último produz muito mais malefícios do que o primeiro.

  

                  Quando falamos em panetones não podemos deixar de lembrar os roubos ocorridos no Distrito Federal, em que estiveram envolvidos, dentre outros, o ex-governador José Roberto Arruda, então filiado ao DEM.

 

                Para quem ainda não sabe, DEM é a sigla do partido dos democratas, aqui no Brasil, aliado ao PSDB que por meio de José Serra, disputa a presidência da república.

  

                O PSDB tem afinidades com o partido Republicano dos Estados Unidos e no tempo de FHC, Bill Clinton então presidente daquele país, comprometeu todo mundo a sua volta, quando veio a público o escândalo com a estagiária Mônica Lewinsky.

 

                Poderíamos dizer, sem medo de nos enganarmos, que não haveria crime sem lei anterior que o definisse?

 

               Então, como é que podem estes senhores, afirmar serem delitos, a publicação das fotos de um contador meliante, sua concubina bancária e filha desocupada, flagrados no exato momento em que agrediam, com socos e pontapés, a um pacato cidadão, no corredor de uma lan house?

 

                Como é que podem afirmar ser delito o uso de fotografias, vídeos e textos publicados na internet, se não existe lei anterior que defina tais atos como crime?

 

 

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publicado às 14:03

Os tranca-ruas

por Fernando Zocca, em 19.10.10

 

                O funileiro maluquete que insiste em provocar o vizinho, lançando na sua casa a tinta spray, usada na pintura de automóveis, prossegue com a sanha demencial diária. O doente não tem serviço na funilaria, mas pra não ficar quieto, provoca com a poluição do ar, com o barulho e as vibrações nas paredes.

 

                O imbecil tem parentes funcionários públicos, que garantem as sacanagens por ele promovidas.  Já disseram que a besta não é galinha, mas que também não tem nenhum dente na boca. Isso todo mundo sabe.

 

                Na verdade o cara é desocupado, um meliante frustrado, que começou a construção de um sobrado, num bairro próximo e depois de muito tempo, não conseguiu concluir. As estruturas apodreceram; se não fosse a parentela funcionária, que o ajudou na venda dos escombros, a múmia tabágica teria perdido tudo. Veja como é louco, como não sabe calcular.

 

                Um de seus filhos também desocupado, vadio e sem educação, amancebou-se com uma carroceira, catadora de papelão. Ela já tinha filhos de outros relacionamentos e vivia vagando pelas ruas, em busca do tal lixo reciclável.

 

                Essa jovem envolveu-se com um metalúrgico casado e já aposentado, com quem teve uma criança adulterina.  A pensão alimentícia que o vovô fanfarrão paga mensalmente à bastarda, é usada pelo vagabundo amancebado, no sustento dos seus próprios vícios.

 

                Os tranca-ruas vivem bêbados, sentados nas sarjetas e calçadas, promovendo desordens e arruaças. Num tempo que não vai muito longe, era mania de um deles, incendiar móveis, portas, paus e outros lixos que encostava numa parede do terreno,  situado em frente à casa deles.

 

                Há muitos anos havia uma senhora idosa, viúva que residia sozinha numa casa vizinha dos meliantes. A pobre velha era atormentada dia e noite até que se mudou. Mas você pensa que a loucura dos degenerados cessou? Enquanto não viram as três casas que pertenceram à infeliz, completamente vandalizadas, em ruínas, eles não sossegaram.

 

                Essa gente é do tipo que não dorme sem antes ter feito o mal para alguém. Mas para os parentes, frequentadores da Igreja do bairro, eles são uns santos, vítimas de muita incompreensão.

 

                O uso das drogas pesadas não é novidade entre eles. Há uma criança que padece em decorrência de afecção pulmonar crônica, adquirida no contato constante com o clima poluído pela fumaça dos cigarros dos malucos.

  

                O ambiente é fétido, empestado, sujo, mal ventilado e mal iluminado.  Há muita gente para pouco espaço. A tensão emocional é diuturna. As autoridades públicas do município não se importam muito com isso. Parece que pontes e asfalto das ruas, já os ocupam bastante.

  

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publicado às 13:16

Largo e chato igual a uma pá

por Fernando Zocca, em 14.10.10

                               Considero o senhor deputado federal Antônio Carlos Mendes Thame (PSDB), um dos maiores picaretas que Piracicaba já produziu.

 

                        Você já ouviu dizer que o malandro pra ser bom tem que fazer tudo certinho, bonitinho, sem borrões ou rasuras? Pois esse pernóstico é assim. É chato e largo igual a uma pá.

 

                        No tempo em que era mocinho, diziam que ele não era tão homem assim. Para terminar o curso, gratuito, de engenheiro agrônomo na ESALQ, fundou um cursinho supletivo com o qual enricou, ganhou notoriedade e lançou-se na política.

 

                        Esse, hoje já idoso senhor, presunçoso, considera que o poderio econômico, que amealhou por força dos engodos que propõe, é bem suficiente para manter a injustiça que lhe corrói até os ossos.

 

                        Foi guindado a prefeito uma ou duas vezes, fato que lhe inflou o ego delicadíssimo, proporcionando-lhe incentivo pra seguir em frente na carreira política.

 

                        Quando prefeito tinha como chefe da guarda municipal o já falecido Paulo de Castro que também, veja só, ministrava um curso de teosofia aqui nesta insigne cidade interiorana.

 

                        Do seu partido fazem parte o senhor Barjas Negri, que foi, salvo melhor juízo, naqueles tempos de Fernando Henrique Cardoso, ministro da saúde. Pois foi naquele tempo que vieram a lume as denúncias do envolvimento do primeiro, num bafafá nacional conhecido como o Escândalo das Sanguessugas.

 

                        Nesse esquemão estava o falecido Abel Pereira, proprietário da empreiteira CICAT, a única a vencer mais de trinta licitações públicas nestas terras piracicabanas. O detalhe a ser percebido, é que a tal empresa, só venceu as concorrências depois da posse do senhor Barjas Negri como prefeito.

 

                        Nas duas gestões de Barjas Negri ninguém mais tinha competência suficiente, para asfaltar ruas e levantar algumas paredes, do que o empreendedor proprietário da CICAT.

 

                        Vá agora saber se é sorte, ou parte com o Demônio: o cara foi reeleito e vai desfrutar, ao lado do Tiririca, durante longos quatro anos, todas as mumunhas inerentes ao cargo.

 

                        Isso tudo é pra quem pode não pra quem quer.

 

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publicado às 21:51

A quantidade dos votos

por Fernando Zocca, em 14.10.10

 

 

 

                                O PSDB, nestes últimos oito anos, foi o responsável pelo recrudescimento e generalização do assédio moral em Piracicaba.

 

                   Não se sabe se por ignorância, ou má-fé mesmo, esse nefasto partido permitiu a multiplicação das querelas pessoais de um jeito tal que a cidade inteira viu-se, de certa forma, neurotizada.

 

                   Ninguém duvida que o “dividir para governar” seja um dos lemas preferidos desses homens toscos, insensíveis e cruéis dessa tal instituição em Piracicaba.

 

                   Na verdade o PSDB, aqui neste local, é basicamente composto por seguidores evangélicos e espíritas, produzindo infelicidades tremendas para muita gente.

  

                   É certeiro que a intranquilização, e o incentivo constante dos cidadãos ao confronto, tenham sido formas escolhidas como “punição” para todos aqueles dissidentes não satisfeitos com as humilhações, rebaixamentos e “desobediência” às sugestões apresentadas.

 

                   Esses senhores “dirigentes” partem, nos seus raciocínios, de premissas falsas, desqualificadoras, obtendo no final, resultados inesperados.

 

                   Eu me lembro que numa ocasião – se não me engano em 2000 -  quando fui candidato a vereador por essa sigla, de ter comparecido, a pedidos, à casa da professora Carolina Thame, mãe de Antônio Carlos Mendes Thame, que ficava à Rua Boa Morte, no centro de Piracicaba.

 

                   Na casa daquela professora, hoje falecida, havia uma espécie de QG do partido, onde se providenciava algumas soluções aos integrantes do grupo.

 

                   Naquele tempo eu jamais teria a noção de que um vizinho, réu numa ação judicial proposta por mim, obtivesse a simpatia, motivada por identidade religiosa, da direção toda do partido.

 

                 Pois foi no ambiente doméstico, travestido de escritório comercial, que usando meios indiretos e velados, dando mais valor para alguém alheio ao partido, me fizeram sentir ser o sujeito mais detestável do universo.

 

                   Então posso concluir que a covardia, seja também uma característica bem relevante desse partido tosco. É óbvio que com a temporada das eleições tenha havido certo comedimento nas ações insensatas desses senhores.

 

                   Olha, não posso mais duvidar que a quantidade dos votos por mim obtidos – 30 – tenha sido parte dos “castigos” impostos a mim pela cúpula da corja.

 

                   É preciso ter muito cuidado com esse senhor Antônio Carlos Mendes Thame.

 

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publicado às 01:46

O murmúrio dos infelizes

por Fernando Zocca, em 04.10.10

 

 

                             O médico Geraldo Alckmin do PSDB foi eleito governador do Estado de São Paulo com certa vantagem expressiva de votos. Isso pode significar que: A) – Os pedágios continuarão sendo cobrados da mesma forma, não havendo chance para os chorões. B) – O ensino púbico manterá a forma continuada com todas as suas consequências. C) – Os professores, funcionários públicos do judiciário, da polícia civil e militar, não terão tantas inovações nesse jeitão tucano com que foram tratados até agora.

 

                   Esse primeiro turno das eleições ensinou também que um analfabeto, cercado por experts por todos os lados, pode obter muito mais votos do que um expert, cercado de analfabetos por todos os lados.

 

                   Apurou-se do mesmo modo que acreana Marina Silva do PV 43 angariou tamanha simpatia entre o eleitorado que a sua inclinação, que tanto pode ser para o peessedebista José Serra, quanto para a petista Dilma Rousseff, definirá a sorte do Brasil neste segundo turno.

 

                   Depois de 16 anos de governo no Estado de São Paulo prorrogou-se o prazo para mais quatro. Assim seja. Em Brasília são 16 anos de PT e nem tudo está definido.

 

                   Em Piracicaba a loucura dos descontentes continua a mesma. Os menos felizes prosseguem com as lamentações e murmúrios eternos. Velhinhos abastados fazem das verbas que lhes sobram, objetos de usura e muitos deles usam o crédito incobrável para se aproveitarem das filhas ou das esposas dos devedores.

 

                   Os medievos jornais piracicabanos, compostos por consciências arcaicas, agora trazem à colação emissoras de rádio e TV. Em terra de cego, quem tem olho é rei. Nunca na história desse recanto houve tamanha homogeneização nos poderes públicos como a que se observa agora.

 

                   O poder executivo, não encontra dissonância no legislativo e muito menos na imprensa. Isso não significa a inexistência de podridões nesse reino.

 

                   É que está bom para muita gente. Aliás, pra quase todo mundo.

                    

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publicado às 14:02

Minha amiga Marlene

por Fernando Zocca, em 01.10.10

 

 

                            Ontem assistindo ao último debate entre os candidatos à presidência da república, ocorrido na sede da Rede Globo do Rio de Janeiro, me dominava uma agonia terrível, especialmente quando José Serra e Marina Silva usavam a palavra.

 

                   Sabe aqueles momentos em que você fica sem respirar, por um ou dois minutos, quando está debaixo d´água ou quando seu quarto é invadido por fluídos tóxicos, vindos da funilaria do lado?

 

                   Não sei porque o candidato Serra estaria associado à essa espécie de agressão contra o meio ambiente. Talvez seja por tratar-se de integrante do PSDB, partido que deseja muito trazer uma fábrica de automóveis para Piracicaba.

 

                   Ai você já viu né? Automóvel tem a ver com pintura e pintura com os compressores; e compressores, com empesas descompromissadas com as regras municipais, reguladoras da matéria.

 

                    Compressor também tem a ver com a omissão das autoridades municipais que deixam de promover as fiscalizações necessárias.

 

                   Uma funilaria carece, para funcionar, do alvará municipal e, para recebê-lo, o tal empreendimento necessita adequar-se às regras de uso dos equipamentos.

 

                   O tal empreendimento, prestador de serviços, precisa também estar em dia com o pagamento das taxas de poder de polícia, das taxas de iluminação, e do Imposto Sobre os Serviços de Qualquer Natureza.

 

                   Em não ocorrendo isso, o tal “serviço” estaria a violentar as normas feitas para esse tipo de atividade.

 

                   E se não estiver, a tal prestadora de serviços, em dia com as obrigações fiscais, trabalhistas e demais encargos, ficaria sujeita às penas da lei.

 

                   Entretanto se o município não coloca os departamentos criados para fiscalizar o cumprimento das leis, incorre em crime de responsabilidade.

 

                   Mas é aí? Quem é que se habilita a exigir da prefeitura o cumprimento das leis?

 

                   Minha amiga Marlene, grande funcionária pública, me disse certa ocasião:

 

                   - Deixa pra lá esses assuntos. Aqui todo mundo se conhece. Nem ligue. Respirar tinta de automóvel não faz mal nenhum. Hoje em dia até câncer de pulmão estão curando.

 

                   Isso até pode ser verdade, minha querida Marlene. Mesmo assim a agonia e o terror que as imagens de José Serra do PSDB e Marina Silva do tal PV despertam em mim, quando aparecem na TV, não deixam de ser uma constatação legítima.

                  

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publicado às 16:51






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