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Os cruéis da rua

por Fernando Zocca, em 29.05.11

 

 

                   Apesar da evidência dos esforços da administração de uma cidade em promover-lhe o progresso e o bem estar da população, sempre existe os “espíritos de porco” que destroem tudo.


                    Assim, basta o departamento especializado do município terminar o plantio de mudas arbóreas ornamentais nas calçadas, para que as “cabeças de bagre” iniciem a degradação.


                    É suficiente o asfalto perfeito, numa determinada rua, para que essa gente do mal principie o processo de desfazimento.


                    Observe que as ações destrutivas não são praticadas somente contra o bem público. Propriedades particulares, na ausência dos proprietários, são muitas vezes invadidas e vandalizadas.


                    Se alguém, ao se mudar para a rua, tem um carro que lembre aos marginais situações de crime, eles logo providenciam uma forma de empurrar o veículo ladeira abaixo.


                   A agressão contra menores, a violência impune contra crianças indefesas é tão notória, perceptível, mas ninguém se atreve a interferir.


                    Essas pessoas cruéis, que não têm sossego, não trabalham construindo, mas destruindo. Eles agem com as coisas públicas e particulares alheias, da mesma forma que agem consigo, ao se aniquilarem usando drogas, tabaco e álcool.


                     Então, além do progresso material de uma cidade, sempre é bom investir na educação; a alfabetização pode levar a evangelização que, cremos nós, é a melhor pedagogia para a promoção da vida pacífica na comunidade.


28/05/11  

  

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publicado às 11:40

Mesmas Causas, Mesmos Efeitos

por Fernando Zocca, em 27.05.11

 

 

 

                    O pai era um bêbado e tabagista. Tinha a cara de louco e durante o dia, durante o serviço, quando sentia sede, ao invés de beber água mandava alguém ao bar comprar cerveja.


                    O maluco fumava dois maços de cigarro por dia. Tinha alguns parentes envolvidos com drogas e outros na cadeia.


                    Com ajuda de padrinhos, velhos funcionários públicos, que não tinham mais o que fazer com todo o dinheiro que recebiam, tentou construir um sobrado, numa esquina de um bairro novo, na periferia da cidade pequena.


                    O infeliz não conseguiu nada, além de outro número, na estatística das suas derrotas. A construção parou na metade. Por causa da intempérie a obra transformou-se em ruínas e, mais uma vez, se não fosse o auxílio dos parentes abonados, estaria hoje demolida.


                    O homem, meses antes de morrer já não tinha mais fôlego. O simples varrer da calçada ou da rua, defronte sua casa, ofegava-o e causava-lhe palpitações.


                    Mas como era teimoso, ou como querem alguns, bem mais estúpido do que o comum, não buscava ajuda médica.


                   Por sua própria conta, o louco (já passava boa parte da noite e do dia, murmurando maldições), achou que se curaria comendo feijoadas.


                    Então ele passou a consumir diariamente quantidades imensas de feijoada enlatada.


                    O resultado? Quer saber no que deu aquela loucura toda?


                    Não é preciso ser vidente, mágico, profeta ou médico pra adivinhar: morte por AVC (acidente vascular cerebral).


                    E qual seria o ensinamento que se tira disso tudo?


                    Um deles, (partindo-se do princípio de que as mesmas causas provocam os mesmos efeitos), consiste em que se você faz tudo igual ao falecido, certamente terá o mesmo fim que ele.


27/05/11

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publicado às 14:01

O Veleiro

por Fernando Zocca, em 25.05.11


 

 

                     O governo federal vem sofrendo uma oposição ferrenha dos inconformados com os resultados das urnas em 2010.

                    O local escolhido para iniciar a corrosão é justamente o econômico financeiro, a moeda, considerada criação dos que hoje atiram pedras.

                    Pois você veja que é inserindo desqualificativos, semeando o joio – aumento dos salários - e colhendo a inflação, que o combate se processa.

                    A situação atual da oposição assemelha-se a da parte da tripulação do veleiro que, em alto mar, descontente com as determinações da capitã, resolve desfazer os trabalhos que fizera antes, nas velas.

                    Ainda que mal comparando, a estratégia oposicionista observada agora, iguala-se a de um grupo de pedreiros que, descontentes com as  diretrizes dos planos superiores, resolve desconstruir parte do que já estaria consolidado.

                    Ou seja, a pirraça não leva em conta a segurança de todos os embarcados, da própria embarcação, ou dos construtores e futuros usuários do edifício.

                    O governo federal deve ter o discernimento suficiente para saber quem torce por seu sucesso e reforçar, nos aliados, todas as formas que possibilitem as ações que lhe garantam o êxito.

                    Esse reforço dever ser muito mais do que orientação teórica, doutrinária ou filosófica. Afinal como podem funcionar os jornais sem papel e tinta?

25/05/2011.      

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publicado às 14:03

Perdendo a Razão

por Fernando Zocca, em 24.05.11

 

 

 

                    Você gosta de bolinhos de bacalhau? E de coxinhas então? Hum... Já imaginou você longe de casa e justamente, na hora do almoço, encontrar uma pastelaria, de onde sai aquele aroma de salgadinhos da hora?


                    Você até pode entrar, sentar-se e fazer o pedido dos acepipes acompanhados de um guaraná geladíssimo. Tudo bem podem considerar meio brega a alternativa, mas se você – que mora longe - está no seu local de trabalho qual outra escolha teria?


                    Se a residência situa-se na periferia e o trabalho está na região central da cidade, o alimentar-se no pasteleiro sai bem mais em conta.


                    E depois tem mais: durante o expediente, em estando você esfomeado, pode muito bem deixar o escritório e de leve, dar uma saída rapidinha, pra degustar aquelas delícias. Já imaginou?


                    Repare que a toda hora entra no balcão envidraçado aquelas coisinhas leves pra serem saboreadas. Se você é daqueles que não “dá tábua” e gosta do produto, pra que recusar?


                    Mas olha: cuidado com o peso. A gente está perdendo os cabelos de tanto saber que o agregar em excesso esse tipo de matéria, pode trazer graves problema de ordem física.


                    Perceba que até a parceira, velha companheira de longa data, pode sentir, no âmago das estruturas, a incúria que leva a tanta safadeza.


                    É melhor ter cuidado e pagar certinho os débitos feitos. Todos nós sabemos que a cobrança é implacável.  

 

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publicado às 15:27

O Solapamento

por Fernando Zocca, em 21.05.11


 

 

 

                   No litígio entre árabes e judeus que já dura muito tempo, era comum – entre os israelenses - a demolição com o uso de explosivos, da casa do chamado “terrorista”.

                    Do jeito que a coisa anda no interior de São Paulo, especialmente em certos lugares, não seria exagero afirmar que essa técnica – com alguma variante - foi adotada pelos detentores do poder, como dissuasão dos seus opositores.

                    Ao contrário do que ocorre lá no Oriente Médio, aqui os explosivos não podem ser utilizados com esse fim especifico de desalojar aqueles que possuem opinião diversa da do governo.

                    Mas o solapamento, provocado por vazamentos nos dutos de água, (que deveriam ser mantidos pela autarquia municipal), pode causar os mesmos efeitos – a destruição – objetivada pelo governo contestado.

                      Se a sua opinião expressa é visceralmente contrária à política dominante no território onde você vive, se surgiram rachaduras ameaçadoras nas paredes do seu imóvel, e se o serviço municipal de águas e esgoto não se incomoda com os pedidos de vistoria, pode ter a certeza de que você é considerado um terrorista, cuja casa pode ser extirpada do mapa.

                    No meu entender a boa política não consiste em reprimir internando, prendendo ou matando o divergente, mas sim em buscar soluções que diluam as causas da inquietação.

                    Cremos que seja construindo casas populares, propiciando a acomodação confortável aos grupos familiares, que vivem amontoados, nos puxadinhos de fundo de quintal, melhorando o salário dos professores, e principalmente respeitando o eleitor, que esse tipo de governo autoritário, possa modernizar-se se adequando aos tempos modernos.

 

No vídeo:

Uma equipe do Serviço Municipal de Águas e Esgoto (SEMAE) presidido por Wlamir Augusto Schiavuzzo (PSDB) esteve na tarde do dia 12/01/2010, cavando defronte a residência 186, da Rua Napoleão Laureano, onde havia um vazamento.

Logo depois um compressor de ar comprimido foi instalado na funilaria vizinha, de propriedade de Gabriel Donizete Bottene Harder, residente e domiciliado à Rua Napoleão Laureano, 164.

As vibrações provocadas pelo funcionar da máquina, durante horas e horas ininterruptas, propiciaram o surgimento de rachaduras nas dependências da casa de nº 186, da Rua Napoleão Laureano.

 

 

 

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publicado às 14:21

Ratazanas de Bueiro

por Fernando Zocca, em 20.05.11


 

                    O ser médico e a ocupação de cargo eletivo não tornam respeitável a ratazana rabuda que desvia verbas públicas.

                    O rato de bueiro que engordou, desviando para si os dinheiros que pertenciam à coletividade, e que agora se vê surpreendido pela polícia, diante o testemunho da nação toda, além de cumprir a pena destinada a esse tipo de criminoso, deve também devolver o que subtraiu.

                    Esse tipo de animal safado pode até ter a consciência (mas não se preocupa) de que quando retira para si, os milhões e milhões de reais, das burras da administração pública, promove a deterioração das instituições necessárias do Estado.

                    Então quando o meu amigo leitor percebe que um determinado político enriqueceu assim de uma hora para outra, durante a sua gestão, pode ter a certeza de que ou a saúde, ou o ensino, ou até mesmo o desenvolvimento urbano do local onde ele atua, estarão arruinados.

                    O grupo corrupto, numa administração, assemelha-se ao tumor que se instala no organismo vivo. A elevação mórbida se fortalece com os nutrientes apartados da integridade dos sistemas.

                    Da mesma forma que, para a sobrevivência do corpo seja preciso a extirpação da anomalia, a prisão dos corruptos é indispensável para a sobrevivência do Estado.

                    Cadeia na bandidagem!

 

20/05/11

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publicado às 14:53

Fazendo Pirraça

por Fernando Zocca, em 14.05.11

 

 

 

                    O cabeça de bagre ordinário é bem chegado numa pirraça. Basta ele descobrir o que você mais detesta pra logo providenciar o reforço no acinte.


                    Esse tipo de baiacu do brejo é geralmente limitado no vocabulário, e é por isso que a excrecência vale-se das estereotipias.


                    O sentimento de inferioridade que o controla, leva-o a referir-se ao outro de forma depreciativa. É bem comum notar nele o desejo de que aquele “modelo” que lhe provoca a sensação de pequenez fique logo louco.


                    É a compensação para a nulidade que o compõe. “Como vou dizer pra essa minha turma que eu sou um bosta, que não sei nada, que nunca tenho razão”?


                    Só mesmo o enlouquecimento, o cometimento de crimes e a total degradação moral do “exemplo” que o minimiza, podem mantê-lo com o moral elevado e o controle da quadrilha.


                    Essa mentalidade de baiacu não é rara. Veja como anda o ensino público; perceba o que aprendem as crianças nas escolas municipais e estaduais.


                    O fracasso na transmissão do conhecimento é o lodo onde vivem esses bagres, baiacus, aproveitadores e fazedores da desgraça.


                    Pode um analfabeto tirar carteira de habilitação? Tenha o meu amigo e prezado leitor a certeza de que é possível ao analfabeto possuir a carteira de habilitação.


                    E olha que, além disso, não é incomum esse tipo de escamoso dirigir alcoolizado. Pirraça é fogo.


 

Vídeo:

Cuidado com o tubarão.

É um peixe assassino.


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publicado às 15:44

Só Grogue Excede

por Fernando Zocca, em 10.05.11


Grogue não era livro de matemática, mas também estava cheio de problemas. E por pensarem ser ele incapaz de resolvê-los a contento, Lola Ola, Edgar D. Nal e Narcíseo, o louco, iniciaram uma campanha objetivando interná-lo na Clínica de Repouso do doutor Brady K. Ardia.


Uma das primeiras providências que tomaram foi convocar a seita maligna do pavão endoidecido, Charles Brochon, o Charles Bronson da Vila Dependência, Luisa Fernanda, a arruinada, e vovó Bim Latem, todos vizinhos do perseguido, numa reunião vespertina nas bordas da piscina de águas verdes da casa de Luísa Fernanda.


Constava dos planos a destruição do Grogue por meio da maledicência, calúnia e armadilhas; com a disseminação de panfletos espúrios planejavam lançar contra o Van a opinião pública da cidade.


Luisa Fernanda rascunhou numa folha apoiada nos joelhos, o texto do folheto a ser impresso, os seguintes dizeres:


“Grogue, o primeiro mestre Mundial das Forças Energéticas Constrói o inédito Centro Energético do Mundo.


1° Mestre das forças Emergentes Mundiais. Criador do 1º campo energético mundial em Tupinambicas das Linhas. Cidadão de importância na sociedade Tupinambiquence, no campo energético.


Caminha 12 horas diárias na captação de Energia Cósmica, Piramidal, Extra Terrestre, Magnética e solar.


Grogue, dono de um dos maiores Q.I. do Brasil: 0,0053 e possuidor de uma forte Áurea, elevando o nome de Tupinambicas das Linhas a nível mundial no Campo Energético.


Brevemente, Grogue estará no programa do Ratinho, para comprovar todas as suas forças.


Não existe imitações em matéria científica.


Não existe montagem.


Grogue querido da alta sociedade Tupinambiquence.”


Depois de rascunhado, o documento foi posto à apreciação dos demais integrantes da comissão de submissão da seita maligna do pavão louco dos infernos.


Narcíseo foi contra o texto dizendo haver nele muitas incorreções; mas a vovó Bim Latem, do alto da experiência dos seus setenta anos e, mais de cinquenta só de aposentadoria no serviço público, ponderou haver naquela manifestação de contrariedade, o fato de Narcíseo achar feio tudo o que não fosse espelho e, por isso mesmo desconsiderou sua fala, autorizando a impressão imediata do volante.


Vencida a primeira etapa Lola Ola disse que ensinaria uma simpatia para acabar com o Grogue. Era assim:


Todos deveriam pegar um cofrinho onde se guarda moedas e colocar ao lado dele uma figa que tivesse o polegar proeminente.


Ninguém entendeu muito bem o significado, mas Lola garantiu que a simpatia chamada “o dedão no cofrinho” visava quebrantar o Grogue, aquele xarope mais odiado de Tupinambicas das Linhas.

 
Charles Brochon, depois de dominar aquela sua tosse tabágica, disse:


- “Nói” vai “cabá” com ele. Já mandei “acertá” as lata dele. “Nói” vai “enchê” o rabo dele com tinta spray. Ô nego lazarento!


Luisa Fernanda pigarreando disse com autoridade, percebendo que seu rosto afogueou-se:


- Já mandei o “Nata cu de burro” injetar vírus no computador velho do folgado. Se aquela coisa já era lerda agora vai ficar pior. E todos os arquivos serão apagados. Essa gente não conhece o poder da seita maligna do pavão.


Todos aplaudiram as manifestações de ódio contra o Van Grogue.


Para finalizar a vovó Bim Latem coçando a xereca disse:


- É independência ou pancada! Não tem mais contemporização. Esse homem quase derrubou o governo do Jarbas. Será o Benedito?


E assim, sob a indignação geral, naquele final de tarde, a vovó Bim Latem deu por encerrada a primeira reunião da comissão de submissão da seita maligna do pavão-muito-bem-louco.


Grogue que pusesse as barbas de molho.


03/09/2007.

 

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publicado às 20:28

 

O Juízo de Direito da 2º Vara de Jandira, na Grande São Paulo, condenou os vereadores Henri Hajime Sato, Cícero Amadeu Romero Duca, Reginaldo Camilo dos Santos, Roberto Rodrigues, Wesley Marques de Oliveira Teixeira, Waldomiro Moreira de Oliveira, Luiz Carlos Soldé, Geraldo Teotônio da Silva, Aloizio Ferreira da Silva, Antônio Pessanha Cabral e Altamir Cypriano da Silva a devolver integralmente aos cofres públicos o valor de R$ 190.252,02, por uso irregular de cota de combustível.


Os condenados perderam também a função pública, suspensão dos direitos políticos pelo prazo de oito anos, além do pagamento de multa civil equivalente a três vezes o valor da remuneração percebida durante o período de junho de 2007 a dezembro de 2008.


Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, cada parlamentar tem direito a uma cota de até 80 litros por semana para o reabastecimento de veículos oficiais, em uso exclusivo do poder público.


Desde que obtiveram esse direito, os vereadores usaram a cota máxima de 320 litros por mês, adquiridos sempre no mesmo posto de combustível. Entretanto o estabelecimento teria realizado o serviço sem a renovação do processo de licitação.


Os réus condenados estão também proibidos trabalhar com o poder público, receber qualquer tipo de incentivo ou benefício por dez anos.

 

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publicado às 12:47






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