Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]




 

 



Fiscais da Controladoria Geral da União (CGU) conseguiram provas de que das quatro concorrências públicas realizadas em Jaciara (MT), três foram vencidas por empresas subsidiárias da Planam.

 
Das sessenta cidades fiscalizadas pela Controladoria, em quatro constatou-se a participação de sociedades de alguma forma ligadas a Planam, envolvida no escândalo das ambulâncias.

 
É do conhecimento público mundial que os cofres federais eram saqueados com os ardis empregados por Darcy Vedoin e Luiz Antônio Vedoin diretores proprietários da Planam empresa investigada.

 
Os esquemas criminosos eram assim: prefeitos contatavam os Vedoin, interessados em comprar e vender ambulâncias para prefeituras. Por meio de licitações fraudulentas, a Planam ou uma de suas subsidiárias vencia as concorrências. Há suspeitas de que até dois ou mais empreendimentos ligados a Planam participavam da mesma licitação. Através de deputados e senadores corruptos, eram propostas emendas para a compra dos veículos com dinheiro do Orçamento. Por meio de lobistas, mediante pagamento de propina, o dinheiro para a compra saía dos ministérios, principalmente o da Saúde, com a possível anuência das autoridades do alto escalão do governo.

 
Os preços pagos pelos veículos eram centenas de vezes maiores do que os preços praticados no mercado normal.

 
No caso de Jaciara (MT) essas licitações remontam a 2002, durante a gestão do prefeito Valdizete Martins Nogueira (PPS-MT).

 
A participação do ex-prefeito Valdizete contava com a atuação do empreiteiro Abel Pereira, contra quem corre inquérito na Polícia Federal. Abel é apontado como lobista de Valdizete e de outros prefeitos; estava ligado ao então ministro da Saúde, do governo de Fernando Henrique Cardoso, Barjas Negri (PSDB/SP).

 
Abel Pereira contribuiu com 30 mil reais para a campanha eleitoral que elegeu o professor Barjas Negri prefeito de Piracicaba em 2004. Negri recebeu 120.412 votos.

 
Desde 2005 quando Barjas tomou posse, Abel Pereira venceu com sua empresa CICAT, cerca de 37 licitações para construção de obras no município.

 
Em depoimento à Polícia Federal Luiz Vedoin disse que Pereira recebia até 6,5% sobre os valores conseguidos no ministério. Sabe-se que Abel teria liberado até R$ 3,5 milhões em verbas públicas.

 
O Delegado Diógenes Curado Filho da Polícia Federal, que preside o inquérito, solicitou na semana retrasada outro prazo de 30 dias para concluir algumas diligências solicitadas pelo Ministério Público Federal.

 
Durante a cerimônia em que tomava posse, em 2005, como prefeito de Piracicaba, Barjas Negri prometeu que uma de suas primeiras ações seriam na área da saúde.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 15:41

A Mentalidade Devassa

por Fernando Zocca, em 28.06.11

 

 

                         Com o mesmo cinismo com que o poder político corrupto, de um determinado lugar, invade e destrói preciosidades das suas vítimas, pode ele mais tarde, tentar compensá-las com algumas bijuterias.

                        O mando político condenável busca dividir para governar. Para ele não há escrúpulo ao lançar os filhos contra os pais, esposa contra marido e nem de contribuir para a demolição da casa deles.

                        A autoridade política prevaricadora, que se preza, orgulha-se de trocar espelhos, pentes, canivetes e panelas por ouro puro.

                        Não fariam parte desse grupo, todos aqueles que não se dispusessem a vencer, incendiando um prato com pinga afirmando poder queimar as águas dos rios.

                        Poderíamos dizer também que essa mentalidade devassa seria responsável pela política econômica que permite a tomada de empréstimos bancários lá no exterior, pagando 6% ao ano, e o repasse aqui no Brasil, do mesmo capital, cobrando 12% ao mês.

                        Numa cidade onde impera a corrupção, a mediocridade é a que mais recebe prêmios. Os que se destacam são de certa forma, vistos como ameaças potenciais aos desejosos de manter perenes os benefícios das mamatas e sinecuras.

                        Premiando o fracasso e condenando o sucesso, o mau homem público considera-se inatingível, enriquecendo cada vez mais, ao passo que as obras que se destinariam às populações de baixa renda, deterioram-se sem nunca terem chegado à conclusão.

                        Se o Brasil é mesmo o pais do presente, deve começar a punir os corruptos obrigando-os inclusive, a devolver o que foi indevidamente retirado.

 

Mudando de assunto: Veja no vídeo abaixo uma homenagem aos nossos irmãozinhos com a síndrome de down.

 

 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 16:17

O Museu do Biriba

por Fernando Zocca, em 18.06.11

 

                           Alguns políticos de Piracicaba ou são autistas ou esquizofrênicos. Das duas uma. Ontem no Face Book perguntei ao deputado federal Antônio Carlos Mendes Thame se o PSDB, em virtude das sucessivas derrotas que vem sofrendo, já não é mais aquele.

 

 

                            O legislador nem “tchum” deu. Perguntei também se a coleção das derrotas do partido (só pra presidência da república já são três seguidas) tiraram-no do rol dos vencedores.

 

 

                            Necas de catibiriba. Silêncio total.

 

 

                             Foram à toa aquelas campanhas publicitárias que pediam aos eleitores indagarem aos políticos, que supostamente os representavam, sobre as ações praticadas com o poder recebido pelo voto?

 

 

                            Falando em Mendes Thame lembrei-me do Biriba. Você sabe quem foi o Biriba? Não foi outro senão o glorioso primeiro presidente civil da república eleito pelo voto popular.

 

 

                            Morais Barros nasceu em Itu, mas passou grande parte da sua vida em Piracicaba onde também exerceu a advocacia.

 

 

                            Prudente foi eleito com alguns milhares de votos e durante o seu governo, lá no Rio de Janeiro (onde ficava a capital da república), enfrentou problemas, na sua grande maioria, decorrentes da transição do regime monárquico para o republicano.

 

 

                            Ele era apelidado de Biriba pelos companheiros de partido e segundo consta, algum tempo antes, e até mesmo durante o período eleitoral, entrou na moda, entre as senhoras da elite, o uso de colares finos ornamentados com dentes de feras.

 

 

                            Morais era contrário ao jogo do bicho, mas mesmo assim, não conseguiu extirpá-lo do hábito das pessoas.

 

 

                           Durante a sua gestão ele enviou uma grande parte do exército brasileiro para combater Antônio Conselheiro, um beato que fundou uma comunidade de aproximadamente 5.000 pessoas no sertão nordestino.

 

 

                            Contam que a artilharia, numa ocasião, durante um cerco, bombardeou os beatos por mais de 48 horas seguidas. Era o poder dos canhões contra as orações.

 

 

                            Depois de quatro anos, de muita resistência e sofrimento, o exército eliminou todo mundo. Alguns historiadores atribuem tanta crueldade à crença de que Conselheiro era monarquista e sua comunidade um reduto monárquico.

 

 

                            Prudente não teve um governo muito tranquilo. A assembleia legislativa não o apoiava. Seus correligionários classificavam os deputados oposicionistas como meros repetidores, volúveis e traidores.

 

 

                            A oposição inventou uma série de armadilhas para desestabilizar a sua administração. Entretanto esquivando-se delas todas Prudente chegou ao fim do mandato com muita honra.

 

 

                            Morais sofreu um atentado contra sua vida, mas os agressores foram rapidamente contidos. O autor do ataque conhecido como Marcelino Bispo foi preso e logo depois “se suicidou” na cadeia.  

 

 

                            Prudente de Morais morreu tuberculoso. Em sua memória, a casa (foto) em que ele passou o restante da vida, logo depois de deixar o poder, foi transformada em museu, que fica na esquina das Ruas Treze de Maio e Santo Antônio.

                             

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 03:49

A Voz do Povo

por Fernando Zocca, em 15.06.11

 

 

 

                      A população de Campinas, por meio dos seus vereadores, decidirá hoje, a partir das 18h, na Câmara Municipal, se o prefeito Hélio de Oliveira Santos deve ou não se afastar do cargo, durante os processos de impeachment e judiciais, que apuram as responsabilidades por fraudes, praticadas na sua administração.

 

 

                    Se a escolha for pelo afastamento, o chefe do executivo permanecerá distante do centro das decisões por 90 dias.

 

 

                    Há os que acreditam que o prefeito deveria ser o primeiro a exigir as investigações rigorosas e as punições devidas.

 

 

                     A base dessa confiança estaria na certeza do seu não envolvimento com os prejuízos bilionários que afetaram a população campineira.

 

 

                    A assertiva de que “quem não deve, não teme”, possibilitaria ao governante, a segurança para distanciar-se, esperando que provem ou não o que dizem contra ele.

 

 

                    Em ocorrendo a improcedência de todas as demandas, o prefeito voltaria com força redobrada sobre os adversários.

 

 

                    Entretanto, se com base nas provas tanto testemunhais quanto documentais, colhidas pela polícia e Ministério Público, a acusação não desistir nunca e permanecer pedindo a aplicação da lei, então Arthur Orsi, o atual presidente do legislativo, ocupará a vaga do prefeito.

 

                    Isso é o que também desejam milhares de eleitores de Campinas.

 

 

15/06/11

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 16:40

Dividendos Sinistros

por Fernando Zocca, em 09.06.11

 

 

                     A inveja, o ódio, o inconformismo, o medo de perder a mamata, que durou décadas, podem levar o sujeito oportunista a cometer barbaridades.

 

 

                    Imagine o estado emocional da pessoa que deve tudo o que tem à opressão que praticou durante vinte, trinta anos, contra ingênuos indefesos e que de repente, percebem que, sobre suas próprias costas, o tal fulano, amealhou fortunas imensas.

 

 

                    Aterrorizado, pressionado pelos dependentes, vendo-se incapacitado de promover o progresso, o elemento explorador entra num ciclo involutivo; então, como se estivesse tomado por uma fúria destruidora, inicia uma espécie de degradação punidora.

 

 

                    O mau elemento atua com os bens, da mesma forma que a babá covarde, sozinha com a criança, agride-a descontando nela as suas frustrações.

 

 

                    Não seria bom descrer que a ilustre figura oportunista tenha participação acionária nas companhias de seguros, e que receba dividendos por cada sinistro que ocorra.

 

 

                    Afinal se há profissionais que recebem comissões para receitar determinados remédios, de laboratórios específicos, por que negar a hipótese do envolvimento desse tipo de gente oportunista, com os dividendos eleitorais proporcionados inclusive por internações hospitalares?

 

 

                    O amigo leitor pode quantificar o crédito político amealhado pelo candidato que consegue, pelo tráfico de influência, internar os desafetos dos seus eleitores, nos hospitais psiquiátricos?

 

 

                    Tem muito político que deve, à desgraça alheia, os mandatos e a fortuna que juntou para a velhice.

 

 

09/06/11

                      

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 17:40






subscrever feeds