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O Resgate das Almas Perdidas

por Fernando Zocca, em 26.07.11

 

 

                 Tão ou mais esquisito do que encontrar uma onça defronte sua casa é o comportamento do professor que simulou o próprio sequestro com o fim de extorquir dinheiro do pai.

            É certo que os salários dos mestres não são assim compensadores do jeito que deveriam ser, mas dai a praticar ato criminoso, à traição, visando equilíbrio, demonstraria dentre outras verdades, a condenável deficiência moral.

            A política a vigorar num bairro, que se diz civilizado, seria a de instruir os hipossuficientes em leitura e escrita, ao invés de estimular a agressão aos alfabetizados.

            Quando existe o ajuntamento do analfabetismo com o uso de estupefacientes (álcool e drogas) mais as crendices e as superstições, o resultado não é outro que não o subdesenvolvimento, o atraso, as agressões, os crimes e a deterioração do meio ambiente.

            O convívio social nessa situação torna-se difícil havendo o predomínio das incivilidades, das grosserias, da falta de educação, que muitos e muitos parentes e políticos procuram esconder ou minimizar.

            Nesse estado de selvageria onde há bastante dificuldade de acesso aos agentes bravios, o adestramento torna-se quase que impossível.

            O resgate dessas almas perdidas é missão espinhosa, bastante dolorida e que deixará marcas profundas tanto nos espíritas, quanto nos evangélicos e católicos apostólicos romanos.

 

Mudando de Assunto:

Veja o momento em que um jogador é atingido por um golpe covarde do adversário.


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publicado às 14:47

UM BAIRRO QUE REPELE

por Fernando Zocca, em 22.07.11

 

 

                   A Vila Independência, bairro da região leste de Piracicaba é povoado por aproximadamente oitenta mil pessoas.

                    Está compreendido no quadrilátero formado pelas Avenidas Independência, Alberto Vollet Sachs, Carlos Martins Sodero e Pádua Dias.

                    Apesar da grande concentração de moradores, o local não tem praças públicas, casas lotéricas e somente há bem pouco tempo, o governo federal inaugurou uma agência da Caixa Econômica Federal na Avenida Independência 1991.

                    Por outro lado observa-se a existência de muitos estabelecimentos prestadores de serviço que atuam em desacordo com a lei.

                    Oficinas mecânicas, funilarias, bares e pequenos comércios que, por desconhecimento ou mesmo deficiência em suprir as exigências legais, “trabalham” prejudicando vizinhos.

                     A impotência do poder público em reprimir as infrações das normas legais deve-se à fiscalização ineficiente e também à cumplicidade de alguns agentes, que se valem das situações bizarras objetivando dividendos eleitorais.

                    Então, oficinas mecânicas instaladas na garagem das residências, funilarias que, desnudas dos equipamentos necessários para a pintura dos autos, existem às pencas, sem o menor constrangimento legal das tais ditas autoridades civis.

                    Adicionado o analfabetismo, o alcoolismo, as crendices e as superstições a essa situação econômica subdesenvolvida, você tem um bairro que mais repele do que atrai.

                    Definitivamente a Vila Independência não é um local agradável e muito menos seguro pra se morar.

 

  

Mudando de assunto: veja que vídeo interessante sobre pombos de corrida.

 

 

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publicado às 17:12

LADRÕES JOGAM TIJOLOS NOS MOTORISTAS

por Fernando Zocca, em 18.07.11

 

 

Do Metro, Band e Globo News


Ladrões têm atirado tijolos nos para-brisas dos veículos que seguem pela marginal Pinheiros e Tietê, na tentativa de assalta-los. Os marginais jogam também pedras na pista, obrigando a parada, quando então ocorrem as abordagens criminosas.

Além disso, os motoristas têm sido vítimas dos arrastões que acontecem durante os engarrafamentos.  

Em decorrência desses fatos a Polícia Militar começa a usar hoje, por tempo indeterminado, 28 motos em 54 pontos das vias Pinheiros e Tietê.

O CPTran (Comando de Policiamento de Trânsito) também  atuará nas marginais, fazendo a fiscalização e o policiamento ostensivo como forma de ajudar os 12 batalhões da PM responsáveis pelas marginais.

Os policiais permanecerão por 12 horas em outros 13 trechos. Já na marginal Tietê, eles terão uma rotatividade maior se revezando em 37 pontos ao longo do dia.  Na marginal Pinheiros a PM terá viaturas 24 horas por dia em quatro pontos da pista.

Os motoristas devem ligar para o 190 e relatar a existência de objetos ou pessoas em atitudes suspeitas na via, ou nos canteiros.

Veja também no vídeo da Globo News uma reportagem sobre a ação dos ladrões.

 

 

 

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publicado às 21:49

O Transplante de Língua

por Fernando Zocca, em 13.07.11

 

 

 

 

                    Hoje é o dia do Rock. Agora, você já imaginou um roqueiro sem língua? Pois olha que isso é difícil de acontecer. Nos dias atuais nada é impossível.

                    Quando eu era criança um dos nossos vizinhos, morador do casarão da esquina tinha três filhas que viviam subindo na mangueira e goiabeira do quintal.

                    Elas não se importavam muito com o que poderia ver o garoto, que ficava em baixo, olhando pra cima enquanto elas, de saia, capturavam as frutas.

                    Não afirmaríamos que havia nelas a intenção de mostrar as calcinhas, porque quando percebiam que as olhava, com muitíssimo interesse, logo prendiam as vestes entre as pernas.

                    Mas numa tarde, uma delas subiu na goiabeira e não se sabe de que jeito, caiu lá de cima, batendo o queixo num dos galhos. Como a menina estava com a língua entre os dentes, no choque quase houve a mutilação.

                    O órgão ficou seguro por um fiozinho que possibilitou a sutura e a total recuperação, meses depois.

                    A cirurgia foi tão bem feita que era quase imperceptível a cicatriz, mesmo quando olhada de perto, no espelho, que havia sobre a pia do banheiro.

                    As suspeitas médicas de que a jovem teria contundido o baço ou fraturado a clavícula foram logo afastadas, pois os danos do embate se concentraram na boca.

                    Além dos cuidados corriqueiros que se deve ter com ferimentos, a moça precisou usar, por algum tempo, uma bolsa de gelo sobre a face.

                    Quanto ao roqueiro sem língua isso não ocorreria, pois se há transplantes de rosto e também de pernas por que não haveria de línguas?

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publicado às 13:44

O Mau Senso

por Fernando Zocca, em 12.07.11

 

 

Claudinho Bambini, o veadinho branquelo que cismou poder espancar o Grogue numa quizila surgida na praia artificial Tupinambiquence disse, naquela tarde, para a turma toda reunida:

- Vê se tem cabimento uma coisa dessas: o sujeito vendeu o carro que tinha e depois se arrependeu, negando-se a entregar a coisa. Esse mau senso ultrapassou os limites negando-se a devolver o dinheiro que havia recebido, por dizer que o gastara.

A rapaziada que, acomodada debaixo dos guarda-sóis, bebericava cerveja e caipirinha, folgando sob o mormaço inclemente, quase não dava atenção ao Bambini, mas mesmo assim ele prosseguia:

- Esse tal Van Grogue pensa que é muita coisa. Pois todo mundo sabe que o ordinário, tem passagens pela polícia, tendo sido detido várias vezes, inclusive por tentativa de incêndio. Pegaram essa “carniça” querendo incendiar um boteco com um coquetel molotov.

Enquanto Claudinho completava sua comunicação, ingerindo uma talagada da engasga-gato, um avião monomotor, arrastando atrás de si uma faixa publicitária com os dizeres VAI QUE DEPOIS EU VOU, passou voando baixo.

Um dos que estavam ao redor do Bambini perguntou:

- É verdade que agora todas as portas do inferno se abrem para o escrofuloso? Vai pras cucuias esse Grogue maligno?

Quase ninguém prestou muita atenção no que dissera o sujeito, primeiro porque todos estavam “pra lá de Bagdá”, impermeáveis a qualquer impressão que lhes pudessem proporcionar os estímulos do ambiente. E segundo porque o Claudinho Bambini ligara o rádio a pilhas, que trouxera, em volume suficientemente alto que dificultava o entendimento das palavras dos confinantes.

- Ouvi dizer que Geraldinho Chuchu, do gabinete do Jarbas, está interessado no projeto daquele circo do prefeito. - afirmou Edgar D. Nal, acendendo um cigarro. - Dizem também que o prefeito vai contratar um engenheiro para construir barcaças que farão passeios turísticos pelo rio Tupinambicas. Será verdade?

Como a praia artificial feita por Jarbas, na margem esquerda do rio, ficava próxima ao prédio que abrigava a prefeitura, puderam os banhistas ver o alcaide quando este chegava naquela tarde, para o trabalho.

Bambini disse:

- Veja lá o homem das licitações. Ele vasculha tudo, remexe a papelada antiga, mas não se importa quando fazem o mesmo com ele. O mundo inteiro sabe que esse prefeito é brejeiro e que acoberta maganões. Ele usa a seita maligna do pavão-louco para conseguir seus objetivos. Mas já não está tão eficiente assim.

- Bambini, ô Bambini, vê se tem um pouco de cajibrina pra mim. Imagine só, com esse calor quem é que aguenta ficar sem tomar cerveja. - clamara, de repente, Mariel zonzo de tanta cana.

Mariel Pentelini que até aquele momento não se manifestara, mantendo um silêncio tumular, levantou-se e caminhando até a margem do rio, puxou de lá um cordel que tinha amarrado na ponta, um recipiente de tela metálica, dentro do qual havia dezenas de latas de cerveja.

- Não desperdice bebida assim. Nós vamos ficar até mais tarde. - esbravejou Aquino Pires, o funileiro que vendera a oficina depois que a polícia o flagrou adulterando vários chassis de carros furtados.

Van Grogue sabia que aquela turma vadia e ameaçadora só podia estar na praia àquela hora, por isso passou devagar com seu carro, observando de longe, o grupamento de desocupados.

- Não é à toa que a maioria desses panacas vive à custa das pensões do INSS. Bando de vagabundos. É o dia inteiro assim: passam o tempo bebendo e dizendo insanidades. Como é que pode um país progredir com gente desse tipo? Olha lá, tem até um caubóiola no meio da súcia.

Bambini e sua quadrilha também desejavam que Grogue sumisse da cidade. Quem mais se interessava por isso era Jarbas, o energúmeno, que deixaria de ter seu eleitorado exposto aos fatos contidos nos processos criminais, que apuravam os crimes por ele cometidos, e proclamados aos quatro ventos, pelo imbatível Van de Oliveira Grogue.

 

 

 

  

 

 

 

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publicado às 19:30

A Complacência dos Julgadores

por Fernando Zocca, em 11.07.11


 

 

      

 

                   O prefeito de Campinas Hélio de Oliveira Santos, diante da descoberta das falcatruas nas licitações da Sanasa, resolveu agora passar a responsabilidade por elas aos secretários municipais.

                    Ou seja, quem fará as licitações, daqui pra frente, são as secretarias municipais que precisam das obras ou das prestações de serviços.

                    Esse ato pode significar que a figura do prefeito estaria, em tese, blindada, no caso de ocorrência de novas fraudes. Entretanto a mera transferência do comando não impede que as burlas ocorram.

                    Na verdade o elemento desestimulador, das práticas prejudiciais à população de uma cidade, é a aplicação da lei penal.

                    Comprovada a existência dos atos ilícitos e também sendo certa a autoria deles, não existiriam motivos para a complacência dos julgadores, a não ser que neles predominem os desejos da pratica dos mesmos crimes.

                    Se há irregularidades na concessão de alvarás para loteamentos, instalação de antenas de celulares, e prestação de serviços junto às autarquias municipais, por que não haveriam também, nos demais atos administrativos pelos quais se processam o recapeamento das ruas, a construção das pontes, prédios públicos e viadutos?

                    Veja no vídeo abaixo o que acontece quando o dinheiro público, que deveria ser aplicado no atendimento à população, vai para o bolso dos políticos.

 

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publicado às 18:40

 

                     Mas falando ainda dos tempos em que predominavam a falta de compromisso e a relativa responsabilidade, as horas de alienação eram vividas também no balcão da lanchonete Daytona, que ficava na esquina das ruas Moraes Barros e Boa Morte.

                    O que destacava o ambiente era a decoração feita com uma réplica de carro de corrida tipo Fórmula 1, vermelho, fixado no alto, na parede dos fundos.

                    Os mais bêbados chegavam logo depois das 8 da noite para beber muita cerveja, stanheguer e, de vez em quando, comer batatas fritas.

                    De lá, muitas vezes, só saiam após a meia noite, completamente nocauteados nos assentos traseiros dos carros, sob as vibrações do rádio em alto volume.

                    O DJ da moda era o Big Boy, da Rádio Mundial AM 860 KHz (Rio de Janeiro), que iniciava suas apresentações com o clássico “Hello Crazy People!!!”

                    Em Piracicaba, Atinilo José comandava o programa Varandão da Casa Verde, na Rádio Difusora, onde também trabalharam meus primos Roque De Lello e Arthêmio De Lello.

                    Para quem não sabe, Roque e Arthêmio eram filhos de Olanda e João De Lello, irmã e cunhado do meu pai; ambos foram preteridos numa questão de herança.

                    Aos desavisados como eu, era então surpreendente, mas muito surpreendente mesmo, ouvir no rádio, as músicas que se referiam ao que fazíamos em alguns momentos.

                    Assim, por exemplo, quando criança, depois que eu e alguns colegas chegávamos de um passeio pelo matagal, existente no final da Rua Ipiranga, era bem esquisito escutar “O que você foi fazer no mato Maria Chiquinha?”.

                    E no ônibus, a caminho do Ginásio Jerônimo Gallo, era desconfortável sentir que aquelas músicas e notícias, emanantes do rádio portátil do motorista, postado entre o para-brisa e o painel, tinham algo a ver conosco.

                    As questões mal resolvidas de herança começaram logo depois do falecimento do meu avô José Carlos Zocca, em 1943.

                    Mas nem tudo era sofrimento. Uma das gratas recordações que trago da infância é a de quando tomei a minha primeira limonada.

                    Isso aconteceu na casa da vizinha da minha avó Amábile Pessotto Zocca. O menino Paulo Zaia era um daqueles que brincavam conosco nas ruas. E um dia, quando chegamos suados à sua casa, a mãe dele, dona Lídia Zaia, tirando da geladeira uma vasilha com água, fez uma inigualável e inesquecível limonada.

                    Dona Lídia deve hoje estar com quase cem anos.


 

 

Veja no vídeo abaixo uma homenagem ao DJ Big Boy.

Homenagem a Newton Alvarenga Duarte, o eterno Big Boy DJ, que mandou ver nas pistas dos bailes durante a primeira metade da década de 70. Introduziu um jeito irreverente de mostrar sua competência nas ondas da rádio Mundial AM 860 quando as FM's ainda engatinhavam.

 
"Ritmos de boate", "Cavern Club" foram alguns dos programas comandados pelo DJ criador do lendário "Baile da pesada", falecido em 1977.

 

 

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publicado às 18:54

O Mundo é Pequeno, Piracicaba Menor Ainda

por Fernando Zocca, em 06.07.11


 

                   Em 1969 o Bar Noiva da Colina, que fica na esquina das Ruas 13 de Maio com a Alferes José Caetano (foto) pertencia à família Casale.

                    Eles tinham acabado de chegar do bairro Dois Córregos e eram pessoas bem simples. Os pais da Neile, Genésio, João José e Rosalina já tinham idade avançada, portanto quase não participavam das atividades comerciais dos filhos.

                    Genésio e Neile, na parte superior do sobrado, recebiam apostas do jogo do bicho, enquanto que João José e Rosalina mais atendiam à freguesia do boteco.

                    No carnaval de 1971 ou 72 João José e eu nos dispusemos a viajar de carona para o Rio de Janeiro. Saimos daqui com algumas coisas somente e de caminhão, que pegamos perto da ESALQ, chegamos até a Dutra. Antes eu havia vendido um rádio portátil ao Genésio a fim de que com a importância recebida, pudesse ao menos pagar alguns maços de cigarros.

                    Não nos demos muito bem na excursão ao Rio. Quase sem dinheiro nenhum, passamos a primeira noite na praia de Copacabana, onde com um cobertor improvisamos uma barraca tosca.  

                    No dia seguinte seguimos para ver o Cristo Redentor e com muito esforço, chegamos lá no topo, com praticamente todas as forças exauridas.

                    João José, por ter a personalidade um tanto quanto que incongruente, achava que podia queimar toras e toras da canabis sativa Linus sem se alimentar e por isso e também por outras, acabamos nos desentendendo.

                    Ainda lá em cima do morro conversei com um grupo de travestis, que num fusca branco, desceria para o asfalto. Chegado da descida parti imediatamente para a estação rodoviária, onde tomei um ônibus para São Paulo.

                    João José teve problemas e do Rio telefonou para a irmã Neile que, se não me engano, pagou um táxi para buscá-lo.

                    Bom, eu sei que daqueles momentos em diante não mais nos vimos e o fim de João José não foi dos melhores. Por causa da toxicomania esteve internado por várias e várias vezes em hospitais psiquiátricos.

                    Anos depois soube que ele se envolveu num latrocínio, praticado contra um motorista de táxi em Santa Maria da Serra, tendo sido condenado a muitos anos de prisão.

                    Mas voltando ao Bar Noiva da Colina, ele ficava vizinho de uma agência dos correios, onde hoje funciona, se não me engano um restaurante.

                    Naquela pequena agência de esquina trabalhava, na função de carteiro, um senhor que se chamava Hermínio Harder, pai do falecido Carlos Augusto Bottene Harder.

                    E foi esse senhor, Carlos Augusto Bottene Harder, que residia à Rua Napoleão Laureano 164, que no dia 27 de Dezembro de 2007, tentou nos matar a tijoladas, na esquina das Ruas Fernando Febeliano da Costa e Napoleão Laureano.

                    Hoje em dia é o moço Gabriel Donizete Bottene Harder, (filho do finado Carlão), residente no mesmo endereço do pai, recebedor de auxílio material e proteção dos parentes funcionários públicos, que tem a função de nos infernizar a vida.  

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publicado às 14:40

Ministro diz que homossexualismo é doença

por Fernando Zocca, em 05.07.11


O ministro da Saúde da Índia, Ghulam Nabi Azad disse em uma conferência sobre a AIDS, nesta segunda-feira (4), que o homossexualismo é uma "doença" que atinge cada vez mais pessoas.

"A doença dos homens que praticam sexo com outros homens é antinatural e não é boa para a Índia. Não somos capazes de identificar onde está ocorrendo", afirmou o ministro.

"É fácil encontrar as trabalhadoras do sexo e conscientizá-las sobre o sexo seguro, mas é um desafio encontrar os homossexuais", acrescentou Azad, cujas declarações foram publicadas pela agência indiana Ians nesta terça-feira.

Na Índia, onde há cerca de 2,5 milhões de pessoas contaminadas pelo vírus da Aids, até 2009 o homossexualismo podia ser punido com  dez anos de prisão. Apesar de não mais existir esta lei, grande parte da sociedade alimenta preconceitos e discrimina a classe.

"É surpreendente que o ministro da Saúde deste país faça um comentário assim", declarou à Ians o ativista Mohnish Malhotra, um dos organizadores do "Dia do Orgulho Gay" na Índia.

A conferência na qual Azad deu as polêmicas declarações teve a presença do primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, e da líder do governamental Partido do Congresso, Sonia Gandhi. Do G1, com agências internacionais.  (Foto: AP) Gays e simpatizantes celebram o aniversário da descriminalização do homossexualismo na índia em Nova Délhi neste sábado (2).

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publicado às 14:24

A Micro Terapia

por Fernando Zocca, em 04.07.11

 

 

                                              - Eu não contradito quem afirma existir lugares bem melhores pra se morar do que aqui em Tupinambicas das Linhas. – Disse convicto Allan Bança ao se aproximar da mesa onde Van Grogue solitário, degustava a sua primeira cerveja, naquela manhã de sábado.


                    - É claro que tem lugar muito melhor do que aqui.  Só de estar longe do Jarbas, Tendes Trame e desse Fuinho Bigodudo já é uma glória inenarrável. – Respondeu Van de Oliveira, sorvendo um gole generoso da cerveja geladíssima.


                    - Dizem que a sensação de culpa no Tendes Trame, o deputado infiel, é tão intensa que ele faz agora uma nova terapia. – Informou lá de trás do balcão o Maçarico, abaixando o som do rádio.


                    - Ele consultava um doutor que lhe amenizava o remorso, causado pela cobiça, mas logo desistiu, por considerar o sujeito pior do que ele. – Completou Allan Bança, sentando-se à mesa e pedindo, com um gesto, uma cerveja igual a do Grogue.


                    - Ouvi falar que ele pratica agora a tal Micro Terapia. – Continuou Bança. – Ele descarrega suas neuras nos spans, correntes, piadas e pegadinhas, que manda pela internet. Às vezes ele tenta invadir e apagar os arquivos dos seus adversários. E o pior é que apaga mesmo. Deleta até blogs da oposição. O Tendes é fogo!

                    - Mas olha, já que você está falando da educação nessa cidade, deixe que lhe conte o que me aconteceu ontem, sexta-feira. – confidenciou Grogue ao amigo que já ingeria com prazer a bebida.


                    - Fala que nós te escutamos. – Incentivou com ironia o Maçarico, atendendo outro freguês que chegava.

                  - Pois eu vinha caminhando pela Rua Governador Peter King, quando passou por mim uma caminhonete preta que levava, na carroceria, seis crianças. O motorista subiu com o veículo na calçada, facilitando o trânsito para os demais carros na rua, mas travando o fluxo dos pedestres. O camarada desceu, entrou num sobrado, ingeriu o vinho tinto de uma taça cheia, subiu pela escadaria e desapareceu lá dentro. Quando um velhinho passou, se esgueirando entre o para-choque e a parede, uma das meninas disse para as demais crianças: “Esse aí é estuprador. Ele é o Gengis Khan.” Ao ouvirem isso os demais guris soltaram um oh de surpresa. É claro que à noite, durante os telejornais, as notícias sobre Dominique Strauss-Kahn as fariam lembrar o vovozinho que não tinha nada a ver com a história perversa da maluquinha. - Concluiu Grogue, pedindo uma porção de salame fatiado.

                    - Sabe o que acontece seu Van Grogue? – preparou-se para uma palestra o Allan Bança – Acontece que numa família, os problemas de alcoolismo, adultério, loucura, e violência contra as crianças precisam, pra cessarem, de um bode expiatório. E no caso, escolheram o pobrezinho que passava por ali de bobeira. A paz num lar tumultuado poderia, em tese, ser conseguida quando alguém, que não tem nada a ver com a sacanagem daquela gente toda, paga o pato.

                    Enquanto conversavam uma chuva muito forte caiu sobre a cidade. Houve inundações e desabamentos. Depois de algumas horas a visão do caos entristecia a quase todos.

                    - A todo o momento os políticos se vangloriam dos votos que receberam. Mas nessa hora não conseguem fazer nada. – Lamentou o Maçarico, incontestavelmente apoiado pela freguesia.

 

Mudando de assunto:

Você conhece Silas, o taxista das famosas?

Veja no vídeo uma atuação do Marco Luque.

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publicado às 19:48






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