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Conferência São Judas Tadeu regulariza situação

por Fernando Zocca, em 31.07.12

A Conferência São Judas Tadeu do Conselho Particular Centro, da Sociedade São Vicente de Paulo, em Piracicaba SP, reuniu-se hoje às 19h30m, na escola paroquial, para dentre outros assuntos, regularizar por meio do voto, a situação da diretoria, uma vez que a atual ocupa o cargo há mais de seis anos.

Segundo a Regra da Sociedade São Vicente de Paulo, o prazo de gestão é de apenas dois anos, tendo a diretoria, comandada pelo confrade Salvador Venit sido eleita em 02 de outubro de 2006 e portanto, excedendo irregularmente o prazo por mais de quatro anos.

Estiveram presentes os confrades Josué Galani, Lázara Cristina Sorsen (presidente do Conselho Particular Centro), Sõnia Boschetti Frias, Ricardo Alves, Elder Wilhians Rossi, Maria Stela Pereira, Maria Carmem Penteado Alonso, Antenor Elias Júnior, Olívio Alonso, Guilherme Moraes Quitolino, Luis Carlos  Pasquot, José Francisco Ambrozano, Salvador Venit e João Batista Forti.
 
Depois de tratados os assuntos usuais da entidade, durante a palavra livre, realizou-se o pleito tendo o confrade José Francisco Ambrozano, candidato único, recebido oito votos.

A presidente do Conselho Particular Centro Lázara Cristina Sorsem, responsável pela aferição das cédulas, contou também os votos obtendo o resultado final.

O presente pleito teve por objetivo a adequação da situação irregular da Conferência ao regulamento da entidade.

Na prática a presidência vinha sendo exercida mais por José Francisco Ambrozano do que por Salvador Venit.

A posse do recém-eleito ocorrerá na próxima reunião (06/08) quando começará também o termo inicial da sua gestão.

Ambrozano escolherá o tesoureiro e o secretário que comporão a sua diretoria.
 
O grupo que conduziu os trabalhos até a presente data foi eleito no dia 02 de outubro de 2006 e era assim constituído: Salvador Venit (José Francisco Ambrozano), presidente; Fernando Antônio Barbosa Zocca, secretário e Antenor Elias Júnior, tesoureiro.

O blog monitornews  e seu responsável Fernando Antônio Barbosa Zocca deseja aos eleitos e aos demais confrades, uma boa gestão norteada pela prática da caridade. 

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publicado às 02:53

Os Bad Romances

por Fernando Zocca, em 30.07.12

 

 

Corno é corno e não tem conversa. As reações diante da consciência do fato é que variam muito.

 

Tem aquele que fica vermelho que nem um peru, entregando-se ao álcool e ao tabaco, procurando depois a separação na justiça; tem aquele que, bastante irado, busca armar ciladas para matar o  amante da traidora; tem aquele que dá uns sopapos na tal, diante de todo mundo, conseguindo com isso, nada mais do que um escândalo e muita briga na justiça; tem aquele que finge que não é com ele e tem também aqueles que substituem a vergonha e a humilhação públicas pela condição de homicida.

 

Sim, meu querido amigo leitor, há quem prefira trocar toda a sua raiva pela certeza de que a malvada morreu, do que recomeçar um outro bad romance objetivando sublimar a frustração maligna.

 

Um caso típico de cornitude você vê em Gabriela, novela exibida pela Globo, na qual o Coronel Jesuíno Mendonça (José wilker), é traído por sua legítima esposa a Sinhazinha Mendonça (Maitê Proença), que cansada da grosseria do marido, bota-lhe as galhadas homéricas com o dentista Osmundo Pimentel (Erik Marmo).

 

Nem todas as frustrações causadas por traições podem virar arte. E saiba que a legítima defesa da honra autorizaria atos extremos contra a vida. Pelo menos é o que prevê o atual Código Penal.

 

Não é à toa que os legisladores procuram agora, depois de tanto tempo da vigência do Código Penal, (ele é de 1940), adaptá-lo a nova realidade brasileira.

 

A Lei Maria da Penha é específica para a proteção da mulher que sofre agressões dentro do lar, praticadas por homens bêbados, doentes, e frustrados.

 

Os desentendimentos diários, a ausência de carinho e muita agressividade, componente também do machismo, levam a agressões contra a mulher que, às vezes, não tendo outra forma de se vingar do agressor, atraiçoa-o como castigo.

 

Vimos recentemente, pela televisão, o caso célebre do ator de "Crepúsculo’ Robert Pattinson, cuja mulher Kosten Setwart, foi flagrada aos beijos com o diretor Rupert Sanders.

 

Esse caso hollywoodiano ainda não terminou, e o traído, segundo os sites especializados, deseja agora ter uma conversa de homem para homem com o traidor, que teria lhe ferido a honra.

   

Já no Rio Grande do Sul uma série de cinco homicídios praticados por homens traídos, chama a atenção da sociedade sobre a gravidade das traições, das provocações e da violência. 

 

Com facadas violentíssimas ou tiros certeiros, os homens que não conseguem sublimar a frustração, o ódio e o desespero suscitados pela dissídia,  lavam com o sangue da vítima, a honra ultrajada.

 

As separações podem hoje ser feitas nos cartórios de notas, com  a simples presença dos interessados. Apesar de todas as vantagens de viver com alguém, há sempre quem diga que "antes só do que mal acompanhado", seja a melhor solução.

 

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publicado às 14:03

Roubando o Cachorro

por Fernando Zocca, em 26.07.12

 

Criança mimada não deixa de ser um problema. Chega um momento da relação genitora filho, por exemplo, que diante do "emburramento" do guri, a mãe, às vezes, vê-se obrigada a prometer coisas ou a fazer concessões nem sempre legais.


Quando as vontades se opõem, e a fim de obter a anuência do infante, se a mamãe concordar com os desejos feridores dos direitos alheios, sinalizará uma certa fraqueza moral, servindo também de exemplo negativo para a criança que tenderá, no futuro, a repetir o comportamento.


Essas atitudes complacentes da mamãe contribuirão também para a má formação do seu descendente, se diante das situações conscientes de cleptomania, não corrige o filho, no momento exato do deslize.


O senso de justiça da progenitora responsável, certamente rejeitaria, por exemplo, que o filho, tomado pela paixão avassaladora, tentasse levar para casa um cachorro que lhe aparecesse pela frente, na rua, durante um passeio.


E não deixa de agravar a situação, a atitude materna que ao invés de reconhecer o erro, procura atribuí-lo a quem não tem nada a ver com o babado.


É claro que o quadro se complicaria ainda mais se o tal cachorro é mal tratado e ainda por cima abandonado na rua.


Seria muito mais fácil para a mamãe "bondosa" suportar as crises de teimosia do filhote mimado, do que aguentar depois, todas as consequências terríveis da sua benevolência.


Há quem ache que não pagar o café consumido num balcão seja semelhante a levar, “às ocultas”, no porta-malas do carro, o cachorrinho estimadíssimo por seu dono legítimo.


O reconhecimento do equívoco, tanto pela mamãe quanto pelo filhote, e o firme propósito de não cometê-lo novamente, contribuiriam para a vivência de momentos mais livres das influências negativas que certamente procurariam tirar proveito do caso.


Existem mulheres que, para vingar-se das surras dadas por maridos alcoólatras, enfeitam-lhes a testa com galhadas imensas.


Mas isso já é outra história e fica para uma nova oportunidade.  

 

 

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publicado às 12:46

O Auto da Comadre Cida

por Fernando Zocca, em 23.07.12

 

Minha amiga Cida, naqueles idos de 1962, ali em Tupinambicas das Linhas, era ainda uma adolescente. Apesar de ter os pais supersticiosos, ela não chegou a se tornar igual a eles. Seu objetivo, logo que se conheceu por gente, foi o de estudar e tornar-se uma grande doutora.


Ela tinha alguns conceitos que se não fossem científicos, seriam bem inusitados. Um deles considerava que: “O barulho é sinal da desorganização, doença. A saúde reflete-se na paz e harmonia existentes entre os órgãos”.


Quando ouvi aquele enunciado, lembrei-me de imediato, duma colega nossa, a não menos conhecida Rosalena, a pingueira dos infernos, que vivia cantando loas sobre sua capacidade indutora dos suicídios de parentes desafortunados. O último deles pendura-se numa das treliças sustentantes daquelas telhas quentes de amianto.


Pude então confirmar que o desequilíbrio emocional produzia barulhos horríveis. Talvez Rosalena, a danada, assim o fizesse colimando espantar, da sua consciência, os fatos criminosos que jamais desapareceriam.


Um cunhado daquela mocréia, verdadeira tribufu, ocupava o cargo de influência relevante no Ajuntamento Comercial da cidade; era seu presidente. E como eles todos se engajaram, naquele ano, na campanha que visava eleger o Rei Momo prefeito de Tupinambicas das Linhas, não havia nada mais lógico do que espalhar, entre os comerciantes da localidade, maus conceitos e enganos sobre seus desafetos e adversos.


O presidente do Ajuntamento Comercial chegava às raias do êxtase quando sabia que o adversário perseguido, adquiria equipamentos obsoletos, no comércio local, pagando preços dos de última geração. Aqueles engodos todos eram combustíveis pra muito escárnio e apoucamento.


Quando estava louca, possessa, ou tomada pelo demônio, Rosalena, que se formara saca-molas, andava pela casa, cuspia, e ameaçava as demais pessoas da família, com a morte. Numa ocasião, demonstrando forças incríveis, atirou o sofá, que era pesadão, na janela do apartamento, quebrando seus vidros.


Meio macho, a mulher só sentia-se bem jogando a charqueada, que nada mais era do aquele jogo, cujo objetivo principal é o de deixar os adversários sem dinheiro.


Por ser Tupinambicas das Linhas notoriamente conhecida como a área em que existiam muito mais loucos, por metro quadrado, do que todas as demais regiões do Estado de S. Paulo juntas, não me impressionei muito com aqueles eventos todos. Consolei-me.


A mãe de Rosalene foi uma velhota pimpona, daquele tempo ainda em que, para transporte, utilizavam-se os animais de tração. Naquela época o uso das carroças e bondes, era bem mais moderno, confortável e chique do que as caminhadas a pé.


Dos inconvenientes consistia o fato de que os animais faziam cocô nas ruas e, depois que aquele esterco todo secava, sob a impulsão dos ventos, liberavam partículas voadoras que assentariam dentro das casas dos habitantes, impregnando-lhes as roupas, alimentos e os pulmões.


Esse fenômeno explicou-me a causa da aversão que a velhota, e algumas coetâneas suas, tinham pelos ventos.


Quando Rosalene estava sob os efeitos do álcool não adiantava desejar explicar-lhe que leitão não era um leite grande. E também não adiantava demove-la de sugestionar as pessoas com base no número dos dentes que elas ainda tinham na boca.


Depois que ouvi Rosalene dizer, pra mais duma centena de pessoas, que o cemitério era o único lugar onde havia melhor qualidade de vida ali em Tupinambicas das Linhas, achei que ela estava exagerando e que passava dos limites.


Pude perceber que a largada já não estava bem da cabeça quando repetia, diante das cobranças que lhe faziam, as frases “nem ligue” e “deixe quieto”.


Tive certeza que ela enlouquecera quando soube ter mandado matar o próprio marido. Ela contratara dois pistoleiros que, numa emboscada, atiraram no sujeito; não o mataram por um triz.


Descontente com o fracasso, a maníaca mandou que atirassem nele uma granada. Deveriam atingi-lo quando fosse buscar o filho do casal ali na escolinha.


As ocorrências não pararam por aí. Os rebus foram estonteantes. Porém isso meu amigo, minha amiga e senhoras dona de casa, já são temas pra outras novas e belas histórias.


 

Adquira e leia o Tamanduá-de-Colete.

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publicado às 15:35

Usando a Máquina Administrativa

por Fernando Zocca, em 20.07.12

 

Não é só meu amigo Van de Oliveira Grogue que, de vez em quando, confunde tudo causando o maior alvoroço.


O procurador jurídico do município de Piracicaba Dr. Sérgio Bissoli também, tomado pela ansiedade de ver o seu candidato à prefeito  Gabriel Ferrato, livre de concorrentes, ingressou no Cartório Eleitoral, com um pedido de impugnação da candidatura de Jairo Ribeiro de Matos (DEM).


O advogado, funcionário da prefeitura, alegava que Jairo, por ser presidente do Lar dos Velhinhos, estaria impedido de concorrer ao pleito municipal, como vice na chapa do pastor Dilmo dos Santos (PV).


Nas suas razões, o ilustre causídico argumentava que para estar apto a concorrer, Jairo deveria licenciar-se do cargo que ocupava.


Atento aos acontecimentos políticos na cidade, o Jornal de Piracicaba, num editorial equilibradíssimo, alertou que o doutor Sérgio Bissoli também, por ser servidor do município e ter os seus salários pagos com os impostos arrecadados da população, não poderia, de forma alguma, defender os interesses partidários.


Ou seja: o advogado do município deve trabalhar na defesa dos interesses negociais da cidade, e não na dos seus correligionários.


Portanto nosso querido doutor Sérgio Bissoli deveria escolher entre abdicar do cargo público, a fim de advogar para o seu partido, ou abrir mão das representações, objetivando a manutenção do cargo que ocupa.


O candidato petista à prefeitura de Piracicaba Roberto Felício veio a público, num vídeo, para dizer exatamente isso: não se pode confundir os papéis. As duas funções são incompatíveis.


Jairo Ribeiro de Matos (DEM) é vice na chapa encabeçada pelo pastor Dilmo dos Santos (PV) e, segundo o entendimento jurisprudencial vigente, ele deveria mesmo desligar-se das funções no Lar dos Velhinhos para concorrer.


Essa situação é aplicável também no caso do candidato Gabriel Ferrato (PSDB), que ocuparia o cargo de Conselheiro do Lar dos Velhinhos.


Existem fortes possibilidades de que, tanto a candidatura de Ferrato quando a de Jairo Ribeiro de Mattos sejam impugnadas.


A instituição filantrópica Lar dos Velhinhos recebe incentivos financeiros inclusive da Prefeitura Municipal de Piracicaba e isso, em tese, configuraria o uso defeso, da máquina administrativa na campanha eleitoral.

 

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publicado às 14:46

Moço Bonito

por Fernando Zocca, em 18.07.12

 

 

Muitas coisas podem proporcionar satisfação efêmera, que no entanto, produzirão arrependimento para o resto da vida.

Maria da Graça Xuxa Meneguel estrelou, em 1979, o famoso filme Amor Estranho Amor, considerado na época como alternativa para impulsionar-lhe a carreira que principiava a decolar.

Hoje, passados tantos anos e depois de ter amadurecido bastante, ter tido uma filha maravilhosa, ter-se dedicado de corpo e alma a benemerência, ela não deixa de tentar impedir, nos tribunais, que a tal produção seja exibida ou divulgada.

Se por um lado os motivos, que a levaram a participar do filme, eram muito fortes e prementes, hoje a tal obra, indiscutivelmente deporia contra ela e a todos os seus próximos.

Lutando contra uma espécie de "teu passado te condena" Xuxa e os demais que praticaram atos, hoje considerados constrangedores, vêem-se desgastados, tentando apagar ou suprimir aquilo que lhes deu muito prazer.

Teria sido necessário e prazeroso posar nua para fotos e participar de filmes considerados eróticos ou pornográficos?

É claro que a resposta positiva e todas as consequências posteriores não podem agora simplesmente desaparecer do passado.

Tudo bem que se deve esquecer as coisas de outrora e partir para as conquistas futuras, mas será que todas as demais pessoas envolvidas naqueles projetos salvadores, também pensariam assim?

Não é à toa que a sensatez, a boa moral, prega a digamos... santificação, das pessoas. Mas por quê esse interesse?

Não se pode negar que as atitudes condenáveis tornariam os sujeitos vulneráveis, e quando menos esperassem seriam invariavelmente fustigados a não mais poder.

E perceba o desgaste.

Então você poderia notar, nesses momentos, a veracidade da assertiva "o pecado escraviza". Mas não é?

Na verdade o sujeito estaria criando um "telhado de vidro" pra si mesmo. E a consequência é que isso o limitaria muito. Você com certeza não poderia mais "jogar pedras" no telhado alheio, sem sofrer revides devastadores.

"Amarrando-se" ou tendo o "rabo preso", muito pouco o sujeito poderia fazer ou ter do que participar.

Veja o vídeo em que Xuxa fala sobre o filme Amor estranho amor.

 

 

 

Leia também A História do Pato.

Clique aqui.

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publicado às 18:58

Os Mesmos Descarados

por Fernando Zocca, em 16.07.12

 

A diferença entre os países civilizados e os ainda deficientes você observa também na observância das leis.


Nas nações imaturas existem normas, regras e leis regulando tudo, mas nem sempre elas funcionam quando necessário.


Por exemplo: uma determinada câmara municipal promulga a lei que coibe a perturbação do sossego público depois das 22 horas.


Isso inclui ensaios de bandas nos quintais ou garagens, churrascos comemorativos, funcionamento de bares onde a algazarra perturba a vizinhança, e tudo o mais que possa impedir o bem estar público durante o horário noturno.


Entretanto os mais imbecis ou alcoólatras incorrigíveis, mesmo sabedores das tais determinações, fazem de conta que isso seria inexistente, violando assim, as avenças feitas, na maior cara de pau.


Levado o problema ao judiciário e percebendo que as consequências do desrespeito lhes poderia custar muito caro, buscam os tais insanos, por meios inclusive das crenças e práticas religiosas, demover a vitima do seu pedido de reparação.


Conseguido o intento tornam, os malucos, a vida daquele que supostamente estava amparado pela lei, num verdadeiro inferno, digno dos regimes mais injustos e violentos da face da terra.


Por outro lado você perceba que, numa situação praticamente semelhante, o pessoal do Rock, ao comemorar certa efeméride em Londres, teve o microfone cortado depois que a festança passou do horário prescrito na lei.


Ou seja, os políticos numa determinada comunidade, mais lenta, mais devagar, em troca das promessas de voto, que lhes garantirão outros quatro anos do bem-bom, atuam contra as próprias normas aprovadas pela instituição que os abriga.


Isso infelizmente significa que mais vale as vantagens pessoais que lhes dão o cargo, do que a aplicação da lei que, em tese, solucionaria um conflito social.


E você veja, meu querido leitor que é exatamente nesse exato momento em que se aproximam as eleições, que os mesmos descarados se apresentam novamente, pedindo a sua concordância para que continuem a praticar as loucuras mil que os caracterizam.


A Constituição da República deveria consagrar o direito do cidadão demonstrar o seu desagrado, com os políticos, instituindo o voto facultativo.


Eu particularmente, com o devido respeito, não contribuirei com o meu voto, para que as injustiças e maldades continuem acontecendo.


16/07/12

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publicado às 18:01

Usurpação

por Fernando Zocca, em 14.07.12
Os "espertinhos" não vacilam quando o momento se apresenta favorável a um proveito, principalmente se isso causará dano a alguém.

Os tais "mais ligados" fundeados sobre premissas equivocadas, ou muita maldade mesmo, não perdem tempo  "passando a perna" no próximo.

Esse assumir o que pertence a outrem acontece em situações de herança, nos negócios, na política e também nos relacionamentos afetivos.

Não são incomuns os casos, daqueles que, movidos por ciúmes, procuram apoderar-se do afeto da mulher do próprio irmão. A história está repleta de casos assim.

Ora se a usurpação ocorre inclusive no plano da sucessão hereditária, por que não ocorreria também nos casos envolventes dos cargos de chefia e liderança?
 
Nem duvide que o egoísmo, somado a um desapreço muito forte, comporiam o combustível daqueles que tirariam até as incubências do presidente da república.

Não é preciso ir muito longe: veja o que acontece em algumas  empresas consideradas bastante sólidas e atuantes no mercado há um bom tempo. Basta atentar para o noticiário diário da mídia.

A "puxação de tapete" faz parte daquele enunciado maquiavélico de que os fins justificam os meios. Daí aparecem o tráfico de influência, a corrupção, as mentiras, o adultério e as sandices todas podem chegar até aos crimes contra a vida.

É claro que diante dessas desgraças todas mais vale o pouco com muita honra e tranquilidade do que o poder e a fortuna imensa atribulados por escândalos mil e precariedade na saúde.

Mas não é? 
  
  

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publicado às 21:24

A Rotina Interiorana

por Fernando Zocca, em 10.07.12

 

 

Assistindo hoje pela manhã ao mais novo programa da Rede Globo, o Encontro com Fátima Bernardes, um dos temas me chamou mais a atenção.

Foi o das blogueiras que criaram um espaço na internet para noticiar as viagens que faziam com os filhos.

Eu particularmente não tenho tanta experiência nos deslocamentos pela geografia, entretanto posso dizer que haveriam dois tipos de incursão,  fora do território próprio.

O primeiro seria aquele com os objetivos determinados, baseados em compromissos sérios e que importariam em bastante responsabilidade.

O segundo tipo seria aquele em que se passeia sem a preocupação com horário da chegada, com os roteiros ou objetivos muito especificamente definidos.

Por falar em viagem, no domingo passado (8/7) fui à São Paulo onde tinha algo muito sério pra fazer.

Sai de Piracicaba ás 07h30min, ou melhor, a partida do ônibus seria nesse exato momento, mas por um imprevisto qualquer, saímos 15 minutos mais tarde, sem que esse pequeno atraso, pudesse causar sérios prejuízos aos demais passageiros.

A temperatura, tanto dentro quanto fora do ônibus, era baixíssima. Todos, apesar de muito bem agasalhados, não deixaram de sentir o desconforto pela ausência do calor.

Você veja que nessa época do ano - inverno - o amanhecer é mais tardio. Passa-se mais tempo às escuras, ocorrendo a chegada do anoitecer bem antes do horário que isso ocorre no verão.

Mas sacolejando muito, logo chegamos à estrada e, sem muitas complicações posteriores, estávamos na Estação Rodoviária do Tietê, na capital paulista.

A vantagem que se tem quando se chega a um compromisso, com bastante antecedência, é que as chances de não perder a oportunidade, são maiores, em caso da ocorrência de imprevistos.

Então, é bem melhor que sobre, do que falte o tempo, para estar presente no lugar certo, naquele momento exato, previamente definido.

Assim sendo, tendo chegado bem antes do que o necessário, para o cumprimento da obrigação, restou a dúvida de como usar as horas sobrantes.

Uma das alternativas que se apresentavam era a de explorar o local perambulando pela Rodoviária, conhecendo o que ficava onde. Outra era a de sentar-se confortavelmente concentrando-se na leitura de um livro.

Quando me acomodei, num daqueles assentos de espera, na manhã fria de domingo, notei que já havia um senhor de cabelos brancos, muito bem vestido, que se destacava por seu cachecol exuberante de seda, e que me disse, abrindo o caderno de esportes do Estadão:

- A gente não "somos" o Tufão, mas também curtimos umas letras, é ou não é?

É claro que nem todos os que gostam de livros e leitura teriam a mesma sorte do que o personagem Tufão, vivido por Murilo Benício, na novela Avenida Brasil, que tem apaixonado muita gente. Mas a observação alertou as demais pessoas do entorno que iniciaram comentários sobre o marido da Carminha.

Bom, passados os 60 minutos, ou mais, de leitura você já fica com os quartos doentes. Ou seja: ou você se movimenta, iniciando uma caminhada, ou os glúteos manifestam-se desalentados.

Tomando então um taxi, lá fui eu em direção ao nosso objetivo, mas não sem antes de o motorista ver garantida a validade do cartão de crédito que eu lhe apresentava.

Bem desconfiado da existência do numerário, o profissional, num procedimento investigativo, parou o carro no meio de uma via, não se importando muito com os demais motoristas.

Confortado pela autenticidade do documento, seguimos viagem trocando algumas palavras.

Aborrecido com a vitória do Anderson Silva, o taxista apostaria que o Ministério Público logo entraria com uma ação para proibir esse tipo de esporte, garantindo que o que tinha mesmo graça, eram as lutas livres da década de 60.

Sem entrar no mérito da questão e desejando evitar polêmicas, abstive-me de comentar o assunto, mas afirmei, entretanto, que a vitória do lutador brasileiro, sobre o norte-americano Chael Sonnen, foi merecida.

Tendo chegado ao destino e depois de horas seguidas, cumprindo com as obrigações, logo vi-me na rua novamente quando a noite já dominava o cenário da Avenida Liberdade.

Por volta da meia-noite, em casa, apesar do frio terrível, o banho bem quente, seguido de uma refeição leve, teve a propriedade de nos reconduzir à velha rotina interiorana.

 

 

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publicado às 20:46

As Sementes de Tomate

por Fernando Zocca, em 04.07.12

 

 

Van de Oliveira Grogue, Zé Cílio Demorais e Ary Ranha estavam, na tarde de quarta-feira no bar A Tijolada, legitima propriedade do Maçarico, degustando a primeira cerveja, quando Van, olhando de repente, pra porta de entrada disse quase gritando:

- Ih, fica quieto. Para tudo!

- Nossa! O que foi Grogue. Está louco? Você assusta a gente, desse jeito pombas! - queixou-se o Zé Cílio, proprietário do Diário Tupinambiquense.

- Ah... Para com esses chiliques. Ô Grogue, manera aí caramba!!!!! - ralhou Ary Ranha.

- É o bi. - disse em voz baixa o Grogue, depois de levar a mão direita em concha a boca.

- Que bi? - inquiriu Ary Ranha. - Bimotor?

- Bivolt, bissexual? - quis saber o Zé Cílio.

- Não, seus burros. É o Bily Rubina, chefe do gabinete do Jarbas. Ocupa o lugar da vovó Bim Latem. Dizem que ele está namorando a irmã do Donizete Pimenta, o boca de porco, e que está meio pancadão.

- Imagina! - disse Bafão entrando na conversa. - O cara está legal, só exagera um pouquinho demais da conta nas biritas, nada mais que isso.

- Mas, me diga... Quem é mesmo essa vovó Bim Latem? - quis saber o Ary Ranha.

- É só você que não sabe, ô Ranha do inferno. - gritou Maçarico lá do fundo, onde tinha ido buscar mais garrafas de cerveja.

- A vovó Bim Latem foi a criadora do primeiro homem bomba tupinambiquense. - informou o Zé Cílio Demorais. - Nosso jornal fez várias matérias sobre o assunto. Está tudo documentado.

- É sim, seu zé arruela, saiba que o jornalismo é o rascunho da história. - afirmou Van Grogue, olhando o Ary bem nos olhos.

Enquanto confabulavam, Bily Rubina, caminhando lentamente, aproximava-se do grupo.

- Eu quero saber quem é o lazarento que tá espalhando pra cidade inteira que a polícia apreendeu os computadores do gabinete! - intimou o Bily, que chegava bufando feito uma maria-fumaça.

- Aqui ninguém mexe com política. - defendeu-se Van de Oliveira.

- Eu nem sabia que tinha polícia na cidade. - reforçou Ary Ranha. - Meu pai alugava uma casa pros "home", que faziam escuta telefônica e invasão de computador, de uns vizinhos, uma certa ocasião. Mas isso faz muito tempo. Naquela época meu pai bebia muito. Eu nem sei. Mas e daí, Bafão a polícia está investigando o Jarbas?

- Está nada. Esses bocudos inventam cada uma que eu vou te falar. Não é fácil, viu?

- O que é que vai ser seu Bily? - quis saber o Maçarico segurando uma garrafa de 51.

- Me dê um Campari.

Zé Cílio, Ary Ranha e Van Grogue entreolharam-se surpresos. Maçarico procurou na prateleira uma garrafa da tal bebida. Ele sabia que tinha, mas não lembrava onde a guardara. Por demorar mais tempo na localização, recebeu a solidariedade dos fregueses, que o ajudavam, olhando também as garrafas enfileiradas mais no alto.

- Serve Menta? - arriscou Maçarico sem muito ânimo para as procuras demoradas.

- Lá em cima. Estou vendo. Aquela ali com o rótulo amarelado. - Gritou Ary Ranha apontando o objeto.

Enquanto todos permaneciam atentos na busca do pedido do Bily, entrou no recinto a Luísa Fernanda ostentando todo o seu charme contido naquele 1,64m de altura.

- Seu Maçarico! Tenho pressa. Quero um litro de leite, um maço de cigarros, cinco filões e 500 gramas de mortadela. Por gentileza, quero ser atendida o mais rápidamente possível. Meu marido o Célio Justinho está nervosíssimo. Ele deu até um pontapé violentíssimo na Magna, a nossa cadela de estimação.

Os homens pararam e olharam a figura estranha, que desejava ser atendida, antes mesmo do que todos os que chegaram primeiro.

- Mas, como eu estava dizendo... A polícia não encontrará nada de errado na prefeitura. - disse o Bily Rubina procurando reatar a conversa.

- Ah, mas o Jarbas é um poço de honestidade. - garantiu o Zé Cílio Demorais. - E olha, não digo isso só porque a prefeitura publica frequentemente, editais imensos no Diário. O cara é caxias mesmo.

- O quê? Jarbas não tem culpa no cartório? - reagiu indignada a Luísa Fernanda. Pois saibam que eu e meu marido Célio Justinho fizemos a maior queixa contra esse homem. Ele será cassado. Quem viver verá. Ninguém pinta como eu pinto. Alguém aqui pinta do jeito que eu pinto? E a minha mortadela? Sai ou não sai... Caramba!

- Mesmo que mal lhe pergunte, minha nobre senhora: o seu Célio ainda tem aquele teclado velho? - perguntou à meia voz, o Van Grogue.

- Deve estar naqueles dias. - cochichou Ary Ranha pros amigos.

- O senhor prefeito não tem nada a temer. Saiba a senhora e seu marido também. O seu Célio Justinho é um gerente bancário que vive tentando tirar, de ouvido, o hino do Corinthians, que eu bem sei. - afirmou, com voz empolada, o Bily Rubina.

Num ataque de fúria incontida, Luísa Fernanda não esperou para pegar as coisas que havia pedido. Soltando vários palavrões, ela saiu do bar pisando firme e sem olhar pra trás.

Quando passou a pé, defronte a casa do Maçarico, ela tirou, de uma pequena bolsa, um pacotinho de sementes de tomate; rasgando-o com muita violência, jogou todo o conteúdo - numa espécie de simpatia - no jardim da casa do comerciante, dono do boteco A Tijolada.

- E o doutor Silly Kone, o nosso querido psiquiatra, por onde anda? - quis saber o Zé Cílio.

- Ele vai ter muito trabalho. - garantiu Van Grogue.

- Com certeza. - confirmou o dono do botequim.

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Mudando de assunto:

Você já viu o filme O Galo Corintiano?

Curta o vídeo.


 

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publicado às 13:45






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