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Quando temos os braços curtos, as pernas ainda frágeis, pouco podemos fazer diante das situações que não controlamos.
Dessa forma, à mercê dos acontecimentos, não restaria o que fazer a não ser engolir aquilo tudo e, se não vomitarmos, mostrarmos a insatisfação com, no máximo algumas caretas.
Nessa relação, bastante desequilibrada, em que se sobressai o abuso do poderio pessoal, parental, econômico e político, as injustiças são bem graves.
Não existe pra quem reclamar. Nem o bispo resolveria a questão. O que ofertariam as autoridades eclesiásticas em consolo, às vítimas das sandices desbragadas, praticadas por malucos que se valem da maior estatura e peso corporal, na subjugação?
A covardia é um dos componentes formadores da personalidade desses agressores. Pudessem as vítimas reagir prontamente e os aproveitadores afastar-se-iam ainda com as frustrações.
Estar a sós com o bandido, e em franca desvantagem, pode não ser nada confortável. As marcas durarão por toda a vida. Pode até ser que o tempo se incumba de soterrar os mal-estares dos malefícios, mas eles serão inegáveis presenças nas cacholas violadoras.
E depois, quanta safadeza durante o resto da vida, não haveriam de suportar os passivos imberbes, portadores das loucuras dos desnaturados?
Só Deus sabe.
Veja que quando as consequências principiam a surgir na sociedade, correm os "bombeiros" procurando ou "abafar o caso", com promessas vãs, ou buscando compensações de resultados bem incertos.
E o que mais se poderia fazer além de dar graças por ainda estar vivo?
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