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Na terra da pamonha, também conhecida como o fim da linha, a câmara municipal, inovando, dará um curso supletivo para os vereadores novatos.
Sem dúvida que, por essa e outras razões, uma parcela bastante representativa da população de Piracicaba, não está nada satisfeita com a atuação dos senhores legisladores.
Tanto é assim que durante a reunião ordinária ocorrida ontem (18), um grupo de manifestantes, expressou a sua indignação, vaiando vigorosamente os parlamentares.
O grupo protestou ruidosamente, exibindo cartazes e bandeiras, contra o aumento dos salários dos legisladores, promovido por eles mesmos.
O enriquecimento conseguido pelos políticos, que lhes será agregado a partir do ano que vem, pode até ser legal, mas é totalmente imoral.
Convenhamos que não seria à toa, que essa decisão administrativa, fez ebulir tanto descontentamento e revolta entre os cidadãos de bem desta cidade.
Elogios fáceis como “Atenas Paulista”, “Paixão” e dezenas de outros, manifestados por comunicadores nas rádios e jornais da urbe a torto e a direito, não teriam outro motivo razoável do que a provável compensação pela mediocridade evidente, que buscam não ver.
O município coleciona milhares de leis reguladoras de todos os assuntos imagináveis. Não haveria, em tese, nada que não tivesse alguma norma que lhe regulasse o dever ser.
Portanto, aos senhores parlamentares, pouco trabalho restaria, em termos de elaboração de projetos de lei necessários, além das sessões solenes, discussões sobre moções elogiosas e questões de ordem infindáveis.
E é exatamente por esse motivo, a discrepância entre o tempo empregado pelo parlamentar e a sua produção, em troca dos vencimentos, considerados excessivos, que se revolta parte da população.
Trocando em miúdos, transformaríamos a questão na seguinte pergunta: por que tanto dinheiro, por tão pouco?
Apesar de toda essa turbulência, provocada pelas decisões do legislativo, queremos crer que a notável insatisfação popular, possa ser passageira.
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