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Egolatria

por Fernando Zocca, em 15.11.12

 

 

Vladimir Putin, presidente da Rússia. Foto: Internet

É condenável o governo que usa a força militar contra sua população.

O mundo testemunha, há algum tempo, as agressões feitas pelo atual presidente da Síria Bashar al-Assad que utiliza material bélico contra o seu próprio povo.

Sabe-se que a soberba dos saciados, o orgulho desarrazoado, e um conjunto imenso de preconceitos barraria o estabelecimento dos diálogos que, em tese, resolveriam metade, ou mais, de todos os motivos das discórdias, dos conflitos.

Não haveria nada mais inglório do que mudar a insatisfação popular com violências. Isso não seria o mesmo que espancar os filhos por chorarem em decorrência dos inúmeros desconfortos no lar e desmandos do seu pai?

O governo agressivo da Síria tem recebido apoio bélico da Rússia. E esta é governada, de novo, por Vladimir Putin cuja administração resolveu enquadrar a cantora Madonna por ter ela feito uma exibição de protesto numa Igreja ortodoxa. 

Veja que uma das características dos gabinetes autoritários seria não responder ás manifestações populares contrárias, com ações do mesmo nível, isto é, com atuações semelhantes.

Ou seja, aos protestos feitos com a música, encenações teatrais, artigos pela mídia e outros, os opressores respondem com armas de fogo. Isso autoriza a classificar a ideologia orientadora da tal política como primitiva, tosca e bastante subdesenvolvida.

É claro que essa ideologia opressora proporciona, com a proliferação das fábricas e o comércio de armas, o acúmulo de riqueza para quem está no poder, em prejuízo da maioria da população.

Veja que Bashar al-Assad justifica o uso da violência com as alegações de que grupos contrários ao seu governo tentariam destituí-lo do poder utilizando também a agressão bélica.

Se a paz é o fruto da justiça e esta é dar a cada um o que é seu, não haveria algum desequilíbrio material por baixo de tanta revolta?

Não seria mais proveitoso para o progresso da Síria o oferecimento de oportunidades de desenvolvimento pessoal, profissional e afetivo aos seus cidadãos?

É claro que sim. Mas enquanto prevalecerem as orientações ególatras, as situações descompensadas continuarão por muito e muito mais tempo.

E, em assim sendo meu amigo, salve-se quem puder.

 

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publicado às 01:22






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