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Histórias, fantasias e mitos

por Fernando Zocca, em 20.12.13

 

As rádios AM (símbolo que representa também o estado da Amazônia, onde há índios e ocas) estão, aos poucos, com o passar do tempo, transformando-se em FM.

Esse fato significa o acesso facilitado a sofisticação tecnológica pelas empresas do setor, e demonstra que brevemente todos os ouvintes de rádio desfrutarão as vantagens desta nova tecnologia sobre  a antiga AM. 

O rádio chegou antes da TV no Brasil. Em meados da década de 1960 eu adorava ouvir as radionovelas transmitidas do Rio de Janeiro e São Paulo.

Havia também os programas humorísticos como "O balança, mas não cai", dentre muitos outros; eu particularmente os curtia com o rosto coladinho no aparelho que, naquele tempo funcionava a válvulas. 

Mas antes da popularização do rádio e seus programas, a situação era bem diversa, esquisita e difícil, onde havia muita gente concentrada, sem ter muito que fazer.

Já imaginou o clima, por exemplo, num rancho de pescarias, logo depois do jantar, onde a dezena de pescadores já não tinha mais piadas para contar? 

Transfira para o sertão ou às florestas distantes a mesma ocorrência. Creio que vem dai a insistência de algumas pessoas mais antigas sobre a importância das histórias, fantasias e mitos.

Como todo veículo de transmissão da cultura, o rádio serviu, no passado, para levantar multidões em torno de uma causa; para eleger políticos, criar, manter artistas, e impérios no setor da comunicação social.

Não se pode negar que o rádio foi usado também nas vinganças pessoais contra responsáveis por situações consideradas impossíveis de serem resolvidas com bons diálogos ou no judiciário.

Na década de 1950 foram poucos os que, ao escolherem o rádio para trabalhar, não se inspiraram em Orson Welles; em 1938 ele provocou o pânico na cidade de Nova York com as transmissões radiofônicas de A Guerra dos Mundos.  

O casamento, a junção entre o rádio e o cinema resultou na TV. Perceba que os programas bons das grandes emissoras, hoje são tantos, que fica até um pouco dificultoso acompanhar a todos eles.

Eu me lembro de que o primeiro objeto que comprei, com o primeiro salário, daquele meu primeiro emprego, foi um pequeno rádio portátil a pilhas que era envolto numa estilosa capa de plástico azul. 

A afeição que eu tinha pelo aparelho não foi, entretanto, suficiente para me impedir de vendê-lo, quando juntava numerário, para viajar ao Rio, num daqueles carnavais da década de 1970. 

Quem gosta de rádio não fica sem curti-lo, mesmo nestes tempos de TV em alta definição e internet.


 

   

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publicado às 03:41

Baque e Dano

por Fernando Zocca, em 14.12.13

 

 

Se a conquista do hexacampeonato mundial de futebol, pelo Brasil, for vista única e exclusivamente como dividendo politico petista, ela pode estar seriamente ameaçada.

 

Apesar de a lei ser rigorosamente aplicada nos casos públicos de corrupção, apesar dos avanços das ações politicas favorecedoras das classes menos abastadas, a aceitação dessas orientações, por setores mais tradicionais da sociedade não é unânime.


Ou seja: o reconhecimento da filosofia e politicas petistas não são plenos.

 

Teoricamente a conquista do hexacampeonato pode significar a hegemonia politica do PT, possibilidade completamente negada indesejada e reprimida pelas forças contrárias.


Sem dúvida nenhuma que as seleções adversárias tentarão explorar essa divisão a seu favor.

 

Forçando um pouquinho a barra, veja que interessante: da mesma forma que os Egípcios temiam a adesão do povo judeu (escravizado durante 400 anos no Egito), a qualquer inimigo politico seu, pondo-os por isso a andar pelo deserto, onde caminharam por 40 anos, os que pretendem a conquista deste mundial de 2014, pelo Brasil, precisariam ao invés de dividir, somar as forças politicas antagônicas.


Que baque e dano terríveis, maiores até que os de 1950, não significariam, para o futebol brasileiro, a perda da oportunidade de sagrar-se hexacampeão mundial?


Perceba que em 2014 haverá eleições para a presidência da república. E é claro que tanto a vitória quanto a derrota, no mundial, serão argumentos para os discursos em defesa dos ideais políticos. 


Certamente que o povo brasileiro não gostaria de escolher este ou aquele candidato presidencial, por exclusão, fundamentado na derrota do selecionado.


Cremos que tanto a oposição quanto a situação podem valer-se dos ganhos políticos que trarão a possível conquista inédita para o futebol nacional. 


Tomara, não é?

 

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publicado às 15:15

Corpos Mórbidos

por Fernando Zocca, em 10.12.13

 

 

Mente sã em corpo são. Mentes doentes e consequentes comportamentos criminosos são frutos dos corpos doentes.

 

Não pode ter um corpo são aquele que se dedica ao alcoolismo e ao tabagismo. No mínimo danos morais e materiais decorreriam desta situação nefasta.


Motivando os agressores covardes, no meio daquele substrato composto por muito álcool ruim, drogas e tabaco, pode haver questões não resolvidas relacionadas à propriedade imobiliária.

 

A intranquilidade dos adictos, explorada habilmente por personalidades caracterizadas por muitos complexos, inclusive o de inferioridade e autoestima diminuída, apavora a vizinhança, sem que as autoridades públicas possam fazer alguma coisa.


Os tais portadores dos hábitos conducentes aos vícios, muita vez, têm o respaldo financeiro e até moral de alguns parentes, que desconhecendo a verdade sobre os delitos cometidos diuturnamente, insistem em ajudá-los moral e financeiramente.


Define-se a fé como sendo a crença, em algo inexistente, como já existente. Em outras palavras: a fé seria a existência de algo ou algum fato ainda inexistente.

 

Daí para a criação de falsos testemunhos e boatos danosos por psicopatas contra adversos, o limite é muito pequeno.

 

A crença de que "a mentira repetida mil vezes torna-se verdade" reforça ainda mais as mentes doentias na criação das falsidades contra seus desafetos.

 

Todo ódio, ressentimento e frustrações advindos das situações reais não resolvidas, ou mal resolvidas, podem desencadear represálias contra crianças.


Da mesma forma que, no habitat natural, as manadas de búfalos são atacadas por leões e os filhotes são os mais vulneráveis, sendo as primeiras vítimas, as crianças cujos pais não resolveram satisfatoriamente, por exemplo, questões de herança, seriam os alvos mais fáceis e preferidos dos que se consideram prejudicados.

 

Os agressores covardes das crianças indefesas podem induzi-las facilmente ao cometimento dos delitos contra outras pequenas pessoas, a fim de amenizarem a má consciência que seus crimes provocam.


Não é raro notar mães ou madrastas instigando à prostituição as próprias crianças sob sua guarda, para a obtenção do ganho financeiro.

  

É dúbio que a evangelização e a educação formal ministradas nas escolas atualmente sejam capazes de demover as mentes insanas, e seus corpos doentios, das práticas cruéis que as têm caracterizado.

 

Mas há quem não concorde. 

 

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publicado às 01:59

Estase

por Fernando Zocca, em 05.12.13


 

 

É muito comum a desqualificação do objeto quando o sujeito, que defende posição oposta, já não tem mais argumentos para justificá-la. 

 

Da mesma forma que a agressão física é o comportamento usual daquele que não dispõe de palavras para sustentar seu ponto de vista, são o menosprezo, e o desdém as atitudes daqueles vencidos nas suas razões.

 

Piracicaba é um polo importantíssimo da agricultura, da indústria, do comércio e também da prestação de serviços. 

 

Nestes últimos encontram-se os que se destinam à educação. Temos na cidade universidades reconhecidas no mundo todo. A Universidade de São Paulo (USP) mantém a ESALQ (Escola Superior de Agricultura Luis de Queiroz); A UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas) tem um ótimo curso de odontologia, a UNIMEP (Universidade Metodista de Piracicaba) agrega faculdades como as de jornalismo, direito, psicologia, fisioterapia e dezenas de outras; a Anhanguera possui também uma gama imensa de cursos superiores.

 

Neste princípio de século XXI o Brasil atravessa transformações como a sedimentação da democracia, a possibilidade das manifestações populares livres e legítimas e a consagração do direito da livre expressão do pensamento.

 

É claro que essas características são acompanhadas do adensamento populacional. Ou seja: mais brasileiros nascendo, a vida mais longeva e o consequente desenvolvimento urbano.

 

Entretanto percebe-se que as velocidades dos fenômenos não são as mesmas.

 

Por exemplo: o crescimento populacional é muito mais rápido do que o desenvolvimento das instituições públicas criadas para o seu amparo. 

 

Então postos de saúde que há dez anos antes atendiam determinado número de cidadãos, com uma equipe especializada formada por certo número de profissionais, hoje já não tem condições humanas para desenvolver o mesmo trabalho.

 

Observa-se a estase no setor de saúde, aliás, não só em Piracicaba, mas também em outras regiões do Brasil.

 

Este fato é tão notório, tão importante, que levou o governo federal a contratar profissionais estrangeiros para atuarem no atendimento das populações das cidades mais afastadas dos grandes centros nacionais. 

 

O Ministério da Saúde além deste programa Mais Médicos já implantado no território brasileiro, busca alternativas que minimizem a carência no atendimento especializado.

 

A criação de faculdades de medicina é, sem dúvida nenhuma, o procedimento mais honesto objetivando o suprimento de especialistas na área tissular indispensável ao progresso brasileiro.

 

Entretanto, apesar de todas as evidências das necessidades e da assertividade das providências tomadas pelo governo brasileiro, os do contra, não deixam de menosprezar e desqualificar as soluções apresentadas.

 

E o pior é que não apontam as soluções exequíveis. De que adianta instalações luxuosas, confortáveis e eficientes se não há o elemento humano para quem foram criadas?

 

Postos de saúde equipadíssimos, especialíssimos e supostamente eficientíssimos teriam a mesma importância dos pontos de ônibus por onde não passa ônibus nenhum. 

 

O progresso e o bem estar da população que paga os impostos são muito mais significativos do que qualquer interesse corporativista limitador. 

 

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publicado às 14:45

Domando cavalos

por Fernando Zocca, em 03.12.13

 

 

Ontem logo depois do almoço estive no Juizado Especial Cível; quando cheguei defronte ao balcão deparei-me com uma bela senhora de olhos azuis, que já esperava, há algum tempo, o atendimento.

Nesses encontros, tal como os que ocorrem nos elevadores, os diálogos que se propõem visam a descontração para momentos de mais conforto.

E não há assunto melhor para a "quebra do gelo" do que o tempo. Então, por exemplo, as observações sobre o calor sufocante que tem feito nestes dias, são as de escolha.

Do calor passamos a falar sobre os sorvetes, das suas marcas, dos seus sabores e a propriedade que eles têm de engordar.

Quando minha interlocutora foi informada que não poderia consultar os autos e, ao ser cientificada sobre os próximos atos processuais a serem efetivados, ela conformou-se, fazendo com que a atendente se voltasse para mim.

Ao se afastar em busca do processo que eu lhe pedira, minha nova conhecida segredou-me que "nunca mais entraria com um processo nesse lugar" e que "preferia a morte, do que esperar tanto tempo assim". 

Eu respondi-lhe que é preciso ter muita paciência para lidar com certos assuntos. 

Aproveitando a oportunidade passei a contar-lhe um caso que presenciei quando era adolescente.

Falei-lhe que, há muitos anos, as pessoas eram mais rudes, grossas mesmo. Havia gente que, acostumada a lidar com burros e cavalos, chicoteando-os e os esporeando, tratava do mesmo jeito as pessoas.

Esse tipo de "domador" de animais propunha-se a ensinar com muita estupidez, grosseria e hostilidades, todos aqueles julgados merecedores da aprendizagem condizente com a vida saudável no bairro.

Quando a má educação, os maus tratos são as formas dominantes da expressão das pessoas, pode ter a certeza de que as colaborações, quando necessárias, não estarão presentes.

Geralmente a estupidez é fruto também dos preconceitos e prejulgamentos.

Então aquele dito "a gente não sabe porque batemos, mas ele sabe porque está apanhando", pode ser a regra cruel vigente em determinados grupos. 

Neste caso, como naquele do Fórum, há quem se proponha a, com muita paciência, tentar desatar os nós causadores de tantos mal entendidos, agressões e injustiças.

Sem dúvida nenhuma que as apurações das possíveis infrações aos artigos do Código Penal que tratam da calúnia, difamação e injúria estarão presentes. 

 

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publicado às 03:24






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