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Bens públicos

por Fernando Zocca, em 29.10.14

 

 

 

Excetuando os casos evidentes de idiotia, é bastante difícil acreditar que ainda existe quem nunca tenha ido ao cinema.

Você pode não acreditar, mas há sim, quem não consiga ler e compreender notícias simples de jornal. 

Os que tiram proveito econômico, ou politico, desse tipo de fenômeno garantem que a ausência de entendimento dos noticiários da TV, ou do rádio, não passa do resultado da concentração das imensas doses de preguiça.

Sim, mas a preguiça, - dirá meu astuto e preclaro leitor - pode ser muito relativa. Ou seja, a sua conceituação depende do ponto de vista de quem a conceitua. 

Por exemplo: para o cortador de cana, vagabundo é todo aquele que não trabalha como ele o faz. 

Assim, para o sujeito que usa os músculos para ganhar a vida, todos os demais como artistas, professores, cientistas, médicos, advogados e engenheiros, não deixam mesmo de ser os verdadeiros "braços curtos". 

Entretanto acredita-se que a educação - apesar de ser impossível fazer funcionar corretamente um bólido de fórmula 1, com motor de fusca 1600 - possa ser o caminho para a pacificação de certos trechos do bairro turbulento.

Dessa ideia surge a noção de que "quem nasceu goiabeira nunca será videira" não é muito correta, e tudo pode se acomodar.

Sim, nada contra, mas a escola e os professores devem ser especialistas. 

Afinal, os componentes dessa turma de educandos carecem do entendimento propiciador dos comportamentos sociais condizentes com a paz.  

Longe de nós qualquer tipo de preconceito, mas a paz, a tranquilidade, a harmonia são bens públicos passíveis de exigência do poder público. 

As autoridades não podem negar-se a cumprir a legislação pertinente ao assunto, sob a alegação de que "a culpa" de todas as perturbações seja das "vitimas". 

Aceitar essa tese é o mesmo que validar o crime do exercício arbitrário das próprias razões (linchamento).

Em todo caso, apesar dos esforços da parentela e da comunidade em tentar fazer funcionar programas avançados de computador em suportes físicos inadequados, ou de outorgar a gerência dos negócios comerciais a pessoas habituadas aos trabalhos de reciclagem, a cidade torce para que todas as quizumbas tenham bons termos. 

Eu também.

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publicado às 12:06

Agarrando a chance

por Fernando Zocca, em 23.10.14

 

 

 

 

Parece mentira, mas ainda tem gente que não acredita que o Estado de S. Paulo passa por um período de estiagem quase nunca antes visto em toda a sua história.

Digo quase porque, falta de chuva desse jeito, só aconteceu há mais de meio século atrás. 

Em 1969 quando astronautas pousaram na lua pela primeira vez, muitas pessoas não acreditaram, e até hoje ainda tem quem creia que aquelas imagens todas, feitas pelas câmeras, eram o resultado de montagens e efeitos especiais. 

E quando os telejornais mostram represas, rios, lagoas, locais destinados à captação e reservatórios de água, completamente secos ou em vias de seca completa, você ainda acha quem diga que não passam de efeitos especiais da televisão. 

Então mesmo com as autoridades pedindo para as pessoas economizarem água, ainda tem aqueles que teimam em lavar calçadas, os carros, as garagens não se importando com o tempo e nem mesmo com a quantidade do líquido que empregam nas tarefas.

Mas há também quem fique bem confuso com algumas decisões administrativas malucas como aquela da "autoridade" que pede ao povo que economize, mas vende a água para um município vizinho. 

E, quando o eleitor pergunta "Afinal, senhora dona autoridade, a senhora pede pra gente não gastar, mas a senhora mesmo vende o resultado da economia a outros", ele não ultrapassa nenhum limite.  

Não são poucos os que dizem ter a tal decisão administrativa o objetivo de "fazer caixa" pra pagar as dívidas das campanhas dos candidatos correligionários derrotados.

Mas mudando o assunto, de pato pra ganso, gostaria de falar sobre a dúvida que algumas pessoas têm sobre aquela passagem específica dos Evangelhos, que dizem ser Jesus um causador de divisão. 

Pra gente entender esse momento evangélico, devemos nos situar naquele contexto histórico em que aconteceram esses fatos. 

Na Judéia o poder político era exercido por Herodes. Sobre ele pairavam as legiões romanas, que impunham suas regras, impostos e muita opressão. 

Nas sinagogas Anás e Caifás (genro e sogro) conduziam as cerimônias mais no sentido de adaptar-se ao momento politico existente e fazendo cumprir as tradições religiosas.

Faziam partes dos costumes sacros daquele tempo, ali naquele local, os sacrifícios de animais com objetivo de purificação dos pecados. 

Perceba que há um comércio direto entre o templo e os fiéis quando ocorrem as aquisições das vítimas das imolações. 

Então quando Jesus propõe a substituição dos sacrifícios pela misericórdia aos pecadores, Ele simplesmente inova uma tradição, que vinha de muitos e muitos séculos e tinha a aceitação de todo um povo. 

Ora, quando Jesus começa a ter seguidores, é claro que ele instala uma divisão entre os que professavam os sacrifícios, como forma de purgação, e todos aqueles que perceberam estar na misericórdia, a verdadeira salvação da alma, tanto do pecador quanto da sua suposta vítima.  

Então é sim verdade que, num determinado momento, Jesus foi o marco divisor. 

Entre nós cristãos aqueles que não professam o espírito de Jesus, contido nos Evangelhos, não são ainda portadores das boas novas inspiradas pelo Cristo. 

Faz parte do nosso rumo ao progresso espiritual, pessoal e profissional, a chance da obtenção da graça de podermos ver em Jesus Cristo o verdadeiro modelo de vida. 

É bom não perder a oportunidade. 

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publicado às 19:24

As alcovas e o timão

por Fernando Zocca, em 18.10.14

 

 

Já vai longe o tempo em que o Estado de S. Paulo passou por uma escassez de água tão pungente quanto esta que sofre nos dias de hoje. 

E perceba meu querido leitor, que essa danosidade toda, essa inclemência do tempo, essa crueldade natural veio fustigar o povo paulista justamente sob os governos tucanos sucessivos. 

Pé-frio maior do que o do senhor Geraldo Alckmin, pode não haver.

O sistema de abastecimento de água do Estado de S. Paulo secando inapelavelmente, como um avião descontrolado, rumo ao solo, em tese, não poderia mais negar a sua disfunção, diferente do que acontece em Piracicaba. 

Aqui as autoridades municipais pedem à população que economize água, deixando de lavar calçadas, automóveis, os cães da família, e regar plantas. A ordem é economizar.

Contudo, como toda boa tucana incoerente, a administração municipal vende para o município de Saltinho, aos mesmos preços dos cobrados do eleitor piracicabano, a água que pede pra economizar.

Dessa atitude administrativa tira-se algumas conclusões: 1. Não está faltando água em Piracicaba; 2. Busca-se com o tal negócio mais dinheiro, que teoricamente estaria escasso na autarquia municipal.

Ou seja, o SEMAE quer dinheiro, não importando se a água vendida para a cidade vizinha fará, ou não, falta ao cidadão eleitor piracicabano. 

Não temos nada contra o povo saltinhense. Mas a água produzida no município deve atender antes a população local. Só depois, com o excedente, permitir-se-ia a comercialização. 

Ora, se há o comércio de água, com a cidade vizinha, pode-se concluir que não há falta deste produto em Piracicaba. 

O desonesto é pedir à população que a economize a fim de que o SEMAE venda-a a terceiros.  

Perceba que a longa permanência dos tucanos no poder enseja alguns problemas e complicações bastante significativos ao povo. 

Em Minas Gerais, depois de 12 anos do reinado tucano, o eleitorado assiste, na assembléia legislativa, os discursos demonstradores da real situação calamitosa em que se transformou o estado.

Daí você compara Minas com S. Paulo e nota que além das vicissitudes nas instituições tipo polícia civil, militar, escolas, saúde e cobrança exacerbada nos pedágios, a seca castiga os paulistas, eleitores do Alckmin, com uma punição doloridíssima.  

Não gosto de exagerar, mas não dá pra deixar de deduzir que até a natureza se rebela e protesta, opondo-se a essa política tucana.

Geraldo Alckmin poderia cercar-se de colaboradores capazes de prever esses períodos danosos. Ele e a sua equipe tiveram tempo suficiente para isso. E não fizeram nada que pudesse minorar a calamidade pública. 

Perceba que não criticamos somente pelo prazer de criticar. Se não houvesse causa, não haveria manifestação contrária.

O governo do senhor Geraldo poderia prevenir-se evitando chegar a esse ponto a que chegou.

Qual comandante de navio não observa a rota a ser seguida, olhando o horizonte, as condições do tempo, a temperatura, as nuvens, o vento, as chuvas, o trânsito das demais embarcações e as ondas do mar?

Todos os comandantes responsáveis fazem isso. Menos aqueles que, para impressionar estas ou aquelas, praticam atos temerários durante o percurso, permanecendo mais tempo nas alcovas do que no timão.

 

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publicado às 20:36

Atos de Império

por Fernando Zocca, em 18.10.14

 

 

 

Por mais má vontade que possa ter uma oposição, ela jamais contrariará o governo, se não houver motivos reais para os alertas. 

A má-fé que busca a supressão do contraditório no legislativo é indício do desapreço pelas instituições republicanas, pela democracia e liberdade.

O pior não acontece, num governo, quando o mandatário do voto popular, desnaturando toda a ideologia e as promessas que o levaram ao cargo, governa objetivando sua ascensão a um posto maior. 

O pior ocorre quando o legislativo e o judiciário deixam de cumprir as determinações, a que estão sujeitos, para demonstrar a subserviência lucrativa. 

Quando isso ocorre, o Estado empobrece; falseia-se a verdade sobre os fatos; fala-se uma coisa e faz-se outra; demonstram-se incoerências danosas, úteis somente ao soberbo.

O desrespeito às leis revela a ausência da liberdade, da democracia, do apreço aos valores e instituições republicanas. Isso é muito próprio dos autoritários, dos descendentes dos senhores de engenho escravagistas. 

Isto é muito feio. 

Quem perde com os atos de império, são os eleitores que, pelo voto, confiaram o mandato àquele que agora deixa de cumprir as regras, por não serem elas propícias à sua eleição ao próximo cargo.

Aos ditadores é comum a perseguição à imprensa, o constrangimento aos jornalistas, o fechamento dos veículos de comunicação.  

O tucanato que vemos hoje é a fotocópia daqueles que compuseram o regime de exceção, incitador das crueldades castradoras  no Brasil.

Mas nem por isso deixam eles de ter seus direitos assegurados de votarem e serem votados. Entretanto o povo sabe, conhece quem conduz políticas que lhe sejam favoráveis. 

A Constituição Federal determina a aplicação mínima de verbas anuais para a manutenção e desenvolvimento da educação, saúde e segurança no Estado, mas a política egoísta, ególatra e ambiciosa, profana as orientações constitucionais, suprimindo esses direitos do povo, trazendo para si todo o destinado ao contribuinte.

Não pode ser ruim o governo que cria universidades, cursos de medicina, reforça os programas financiadores da educação universitária, elabora o vale cultura, investiga os mal feitos, colabora com a apuração da verdade, a ampla defesa, e faz valer a lei. 

Não é sensato trocar o certo pelo temeroso. Quem garante que o Aécio não fará com o Brasil, o mesmo que fez com Minas Gerais?

 

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publicado às 03:26

Os bicudos emplumados

por Fernando Zocca, em 16.10.14

 

Em 1962 meu pai associou-se ao Clube de Regatas de Piracicaba, que tinha sua sede principal na esquina da Rua Morais Barros com a Avenida Beira Rio.

O clube tinha um pequeno campo de areia, quatro quadras de basquete/Volei/Futebol de Salão, uma piscina de 25 metros de cumprimento (a parte menos rasa tinha três metros de profundidade), outra - piscina - bem menor para crianças, dois vestiários com chuveiros, armários, uma sede administrativa, um departamento de remo, composto com vários barcos de competição, de recreação, uma marcenaria equipadíssima, um salão de festas, e uma academia de musculação.

Os estatutos da entidade não permitiam a venda, o empréstimo, o comodato ou qualquer outro negócio que significasse a alienação do patrimônio, tanto físico quanto cultural do clube.
Alguns anos mais tarde, por volta de 1965, o Regatas iniciou a construção de um anexo (que nunca foi concluído), e comprou uma pequena chácara no bairro Ipanema.

A chacarazinha tinha dois campos gramados de futebol, um vestiário para dois times, uma pequena piscina, uma sede onde morava o caseiro, várias mangueiras, jabuticabeiras e goiabeiras.

É claro que, por fazer parte do patrimônio do clube, a administração desta área estava sob as normas estatutárias da entidade.

Passados mais alguns anos, isto é, por volta do final dos anos 70, o Clube de Regatas de Piracicaba teve todas as suas instalações físicas e culturais alienadas ao Clube Palmeiras (Palmeirinha).
Este clube, o Palmeirinha, também iniciou obras que até hoje não foram concluídas.

Quem passa pela Rua São José, esquina com a Bernardino de Campos, vê um enorme esqueleto feio, da tal obra inacabada.

Mas, além desses problemas advindos dos equívocos (ou má-fé) administrativos, o Palmeiras alienou, para empreiteiras (propriedade dos bancos financiadores das campanhas tucanas na cidade), a chácara localizada no jardim Ipanema.

Mais alguns anos depois os sócios do então Clube de Regatas de Piracicaba puderam observar, boquiabertos, o surgimento de um enorme condomínio de casas luxuosas, caríssimas, onde antes era a chacarazinha da entidade.

A sede do clube, na Rua Morais Barros, esquina com a Avenida Beira Rio, foi vendida para um grupo milionário que hoje a explora comercialmente.

O Clube Palmeiras situado na Rua Bernardino de Campos, 835 cidade alta, há algum tempo, foi açambarcado pela prefeitura municipal.

Alguns eleitores questionam se o que teria feito a prefeitura com o Palmeiras/Regatas não foi semelhante ao que fez o então presidente do Esporte Clube XV de Novembro, Romeu Ítalo Rípoli, que pagou salários atrasados, bichos e contas sem fim do time, obtendo anos depois, em pagamento, o campo da agremiação, situado na Rua Regente Feijó, entre as Ruas Governador Pedro de Toledo e Santo Antônio. 

No local, onde antes era o campo do XV, hoje há o supermercado Extra. 

Há quem diga que, na espera do momento eleitoral oportuno, os 10 mil metros quadrados de área central (100m x 100m), um quarteirão inteiro, transformar-se-ão, sob o domínio das empreiteiras, sócias dos bancos, financiadores das campanhas, num complexo e luxuoso condomínio que, comercializado a peso de ouro, fará retornar aos cofres dos banqueiros, a dinheirama toda empregada nas campanhas dos tais bicudos emplumados. 

Há ainda quem garanta que a área do Parque do Piracicamirim seja equivalente à área da chácara do Regatas, alienada pelo Palmeirinha. O que havia naquela há nesta. Ou quase.

Só faltou a piscina.

Em assim sendo, seria esta obra do Piracicamirim uma ação para desencargo de consciência? Quem sabe?

É preciso muita inteligência, esperteza e tino comercial para ganhar dinheiro desta forma, durante tanto tempo. Certos negócios não são tão simples quanto a apropriação de heranças, ou para serem realizados por amadores.

(Texto aumentado e revisado).

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publicado às 17:56

Carta aberta à MariMoon

por Fernando Zocca, em 14.10.14

MariMoon.jpg

MariMoon. Foto: facebook.

 

 

Pega bem

 

 

Não poderia dizer qual seria o melhor gato da lista da Scarlett Johansson. Mas pelo jeitão ela pega geral, e pega bem. Ela é lindona, deve ter um bom papo atraindo assim a rapaziada.

Quero aproveitar a oportunidade para reiterar a minha opinião de que o site está interessantíssimo, dispondo agora de uma equipe eficientíssima.

Entretanto não posso deixar de alertar sobre o evento que se aproxima no dia 26 de outubro.

Olha, pode parecer chato esse assunto aqui, mas não tem como evitá-lo. Tudo o que as pessoas têm e são, decorrem das leis e seu cumprimento. A comunicação social é importantíssima para o desenvolvimento, espiritual, e social das pessoas. A comunicação é fundamental até mesmo para o desenvolvimento de um país.

Entretanto a gente não pode deixar de ver o que o ex-governador de Minas Gerais fez com a imprensa, quando geria o Estado.

Você sabe: palavras combatem-se com palavras, leis, com leis, armas com armas. Mas Aécio Neves segue o exemplo do que fez o ditador Getúlio Vargas que procurava combater todos aqueles que não gostavam dele, com a destruição, cerceamento e morte.

O ditador Getúlio Vargas invadiu o jornal O Estado de S. Paulo, empastelou a redação, destruiu máquinas e ocupou a sede da entidade, com os capangas dele, durante cinco anos entre 1940 a 1945.

Na Argentina você pode notar a mesma loucura na Cristina Kirchner que busca conter as opiniões, que não lhe agradam, com a dificultação por todos os meios, da veiculação dos jornais, rádios e TVs.

Essa mesma política você encontra nos países onde não há a liberdade, tipo China, Coréia do Norte e outros. Já imaginou como seria difícil para um comunicador tentar descobrir qual assunto, jeito de expor, agradaria ou não agradaria ao presidente?

Aécio fecha jornais e persegue jornalistas. Isso não é bom para a democracia. Isso não é bom para todos os que se realizam com a comunicação social.

Parabéns pelo seu site, esperamos que ele tenha muitos e muitos anos de vida.

PS: Redigi novamente por não ter feito antes a revisão do texto. De afogadilho as coisas não saem muito bem.   

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publicado às 23:47

Lotado

por Fernando Zocca, em 09.10.14

 

Você sabe que mantive no ar por mais de cinco anos o blog monitornews, fundado no dia 1º de abril de 2006.

Ele foi o veículo de mais de 1000 publicações; sua capacidade original não suportava mais nem uma vírgula, sem que houvesse a eliminação dos textos mais antigos.

Eu relutava em apagar as matérias anteriores até que no dia 30 de setembro ele foi cruel e irremediavelmente defenestrado do portal Terra.

Dentre os fatos interessantes, que aconteceram durante estes anos todos, eu me lembro que nas eleições de 2010 apoiamos a candidata Dilma Rousself, que veio a ser eleita presidente do Brasil.

 Ninguém que emite opinião pode dizer-se incólume às opiniões contrárias e às críticas que as acompanham. Recordo-me de alguns e-mails interessantes que recebi na ocasião. Um deles dizia mais ou menos assim: “Prezado senhor editor: gostaria de saber de quem vou receber a grana que botei na campanha do candidato a deputado federal que não se elegeu. De quem cobro os prejuízos que me deram o pangaré?”

É claro que tive o maior cuidado em responder ao missivista. Afinal além de curtir a frustração depressiva de tamanha derrota, caberia ainda ao consulente o pagamento das dívidas contraídas junto aos bancos e até aos familiares, para o pagamento dos serviços daqueles que produziram o material de campanha.

São os ossos do ofício. Coisas da vida. Paciência, fazer o quê? Quanto ao meu blog me disseram pra escrever ao Terra, ir ao judiciário ou promover o pandemônio que geralmente se espera de alguém moralmente lesado. Mas pensei bem e resolvi relevar.

 Afinal diante de quem deixou de mamar por mais quatro anos os 48 salários pagos pelo povo e ainda tem dívidas enormes a serem pagas, a perda de uns blogs até que foram salutares.

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publicado às 21:43

Espancando o Judas

por Fernando Zocca, em 07.10.14

 

 

 

 

Escolhido o "Judas", pelos políticos locais, pretendem vencer as eleições, os candidatos que mais nele baterem ou destruí-lo.

Os pretendentes aos cargos públicos que garantem a danação dos adversários dos seus eleitores assemelham-se a Pilatos e a Herodes que, para agradar os seguidores de Anás e Caifás, determinam a crucificação do Cristo. 

Nessa briga insana pelo poder vale tudo: o alarmismo médico ganha volume e até os carrapatos, que por serem estrela, recebem destaque negativo.

Geralmente caem nas próprias armadilhas aqueles que as armam contra os que não simpatizam. 

Estranham os comentários indignados contra os que votaram no Collor ou no PT dizendo terem eles cometidos atos contrários às leis e que por isso não mereciam ser eleitos. 

É preciso dizer que tanto o ex-presidente Fernando Collor quanto os integrantes do PT que "derraparam" saindo fora dos ditames das leis, cumprem ou cumpriram suas penas. 

É estranho, esquisito mesmo, manter a noção do castigo eterno. Se o sujeito cumpriu com as determinações do judiciário, não há que se questionar sobre seus delitos passados. 

Se Marina Silva vem, em adesão a qualquer das partes disputantes da presidência, com a intenção de, para agradar setores descontentes, prometendo castigo, pode ter a certeza de que ela não obterá sucesso. 

Os eleitores não precisam de "Cristos". Precisam do amparo, orientação e favorecimento dos governos, para que suas atividades e suas vidas sejam mais plenas.

Tenho percebido (e quem não vê?) as ações sociais do governo federal. 

Tanto nos setores da educação com a criação de programas custeadores dos cursos universitários, instalação de faculdades, como os da saúde com o mais médicos e da segurança, o minha casa minha vida e as bolsa família e escola, tem produzido mudanças sensíveis na sociedade brasileira. 

Tudo bem que os setores empresariais sintam-se enciumados ou preteridos na apresentação de soluções para os problemas brasileiros. Mas o PT é mais povo, mais gente humilde.

Não pode sentir, pensar e dirigir ações às pessoas mais pobres aqueles que nunca foram pobres, nunca viveram como eles, não sentiram o que eles sentem. 

Por isso, um Aécio Neves, por mais bem intencionado que seja, jamais terá um tirocínio direcionado acertadamente ao eleitor mais pobre.

Patrões e empregados são diferentes, pensam diferentemente, sentem e agem de forma diversa.

Lula foi empregado e sabe como é ser pobre. Por isso a sua política é coerente com os mais humildes. Foi Lula quem indicou a Dilma para a presidência. No governo dela quem fez mal feitos, foi julgado, condenado e preso.

Não é porque alguns petistas praticaram delitos que todos os demais não são honestos.   

 

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publicado às 18:13

Anos e anos a fio

por Fernando Zocca, em 02.10.14

 

 

Ao contrário do que a cantora Cássia Eller pedia a Deus, nós gostaríamos de pedir, ao senhor deputado, um pouquinho mais de vergonha na cara. 

Não resta a menor dúvida sobre a origem de todas as injustiças, opressões e violências cometidas em Piracicaba, nestes anos em que o PSDB reinou. 

O deputadozinho federal desonesto, para garantir os seus 48 salários da próxima legislatura, não titubeia na prática das ações objetivando a destruição moral daqueles antipatizados por seus eleitores. 

A influência danosa do homem, calejado nas chicanas, envelhecido nos cargos eletivos, é tão abrangente que dizer ter ele o poder de comprar, ou barganhar, matérias específicas nas rádios e jornais, das cidades interioranas, soa a piada ingênua, sem graça.    

A perenização da tal figura no poder, alicerça-se também na sua ascendência - via crenças religiosas - nas repartições públicas, notadamente no executivo e judiciário onde as frustrações repetidas, dos desafetos dos seus eleitores, são garantidas. 

Desta forma, os contrários do seu eleitorado, não teriam muita alternativa de escolha na região abrangida pela competência do mandato infame.

A eleição estará sempre garantida, ao tal mandatário, desde que os inimigos, dos seus eleitores, tenham a pior sorte do mundo. 

É desnecessária a comprovação dos motivadores originários das querelas paroquiais para o ensejamento de toda a gama de reiteradas frustrações aos antipatizados. 

Basta que haja a esperança de castigo perene às supostas "vítimas" dos rejeitados, para o florescimento de mais uma gestão gloriosa. 

Enquanto locupleta-se o espertinho, durante anos e anos a fio, no cargo público, conseguido com as promessas de danação, dos supostos autores dos supostos crimes, (na verdade armadilhas contra crianças), o povo sofre para resolver seus problemas nas entidades da saúde, segurança e educação.

A nomeação dos simpatizantes do demiurgo, do seu mandato e das suas causas, aos cargos de mando, nas instituições municipais e até estaduais, é garantida desde que o agraciado "reze pela sua cartilha", ou que siga as determinações dos "planos superiores".

É vergonhoso o atraso educacional do povo nestas regiões dominadas pela política de gente semelhante ao senhor deputadozinho. 

Nós não somos, nem nunca fomos contra a sua eleição. Nós lhe pedimos, senhor deputado, com o devido respeito, só mais um pouquinho de respeito e vergonha na cara.

Nada mais. 

 

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publicado às 10:16






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