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Apontando o dedo

por Fernando Zocca, em 23.12.14

 

É feio, muito feio, pra não dizer completa falta de educação, ao falar nas reuniões, apontar o dedo para os que dela participam.
A função do professor, do padre, do pastor é a de educar. Educar é transformar atitudes antissociais em comportamentos possibilitadores da boa convivência no bairro.
Para educar bem, evangelizar bem, é preciso ter conhecimento. O evangelizador teria, como prioridade, dentre outras, conduzir o casal que vive amancebado, a participar do curso de noivos preparatório do casamento, conforme determinam as regras da Igreja.
O pastor, o padre evangelizador e o professor, ao invés de apontar o dedo aos presentes na missa, no culto, na sala de aulas, deveria, antes de tudo, estimular os pais "amigados" dos filhos adulterinos e naturais, a levá-los aos cursos de catecismo ministrados na paróquia.
O padre precisa conhecer bem a filosofia e identificar quais os "intelectuais" que teriam as supostas tendências anticlericais.
Durante a ocorrência dos conflitos na circunscrição da Igreja, o padre/pastor/professor antes de posicionar-se tendenciosamente com o chamado "mais fraco", poderia inteirar-se, ouvindo a todos os envolvidos.
Afinal, a pobreza e a falta de educação não livram os que cometem crimes.
Os criminosos devem sofrer as penas aplicadas pelo judiciário. Quando Jesus opta pelos pobres, doentes, os pobres de espírito, criminosos, assim o faz com objetivo de santificá-los, socializá-los, tornando-os "normais" para a vivência na comunidade.
Se o padre, o educador ou pastor "passam a mão" na cabeça do violador das normas, do bom comportamento, da boa educação, das boas atitudes, eles estarão reforçando a impunidade e a impossibilidade do amadurecimento dessas pessoas.
O padre, o professor, o pastor e todos aqueles responsáveis por gente que carece de amadurecimento, devem ter na consciência de que a tecnologia, fruto da ciência, está presente na vida do ser humano com o objetivo, dentre outros, de proporcionar facilidades, comodidades, e a vida mais plena.
Desta forma, todos aqueles que condenavam a invenção do automóvel, do avião, do telefone, do rádio, da televisão, dos computadores e da Internet, hoje não vivem sem esses confortos.
Portando, é tolice e das grandes, dizer que a Internet separa as pessoas. Algumas individualidades já são separadas por natureza. A timidez, o analfabetismo e as próprias limitações impostas pela deficiência intelectual são verdadeiros abismos entre alguns.
O padre, o pastor e o professor deveriam, ao invés de apontar o dedo nas reuniões, incentivar o comparecimento às missas, aos cultos, às aulas, às ações de caridade.
Os crimes cometidos no quarteirão devem ser apurados, investigados e os responsáveis julgados.
A impunidade do corrupto que lesa o povo em bilhões de dólares nas licitações como nas dos trens e metrôs de São Paulo e Brasília, começa com a absolvição dos delinquentes que cometem - por exemplo - as "amenas" infrações do Art. 147 do Código Penal.
As normas são feitas para serem cumpridas; ao contrário, por que gastar tanto dinheiro - pagando salários aos vereadores, deputados estaduais, federais e senadores - se as leis que fazem não servem para nada?
O seguro de vida - gerado pelo trabalho com o cimento e o alumínio - disputado pela esposa abandonada e a concubina, pode cair numa ou noutra conta, conforme a cabeça do julgador.
Mas a condenação do criminoso que atormenta um quarteirão inteiro, durante tanto tempo, não poderia produzir nada mais do que a tão esperada paz.

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publicado às 00:46






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