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Um sujeito foi ao médico por se sentir incomodado com a parte do seu rosto que repuxava. Ele queixou-se ao doutor que de repente, durante muitas vezes ao dia o canto esquerdo inferior da sua boca repuxava.
Depois de examinar o paciente o médico disse a ele que aquele problema só se resolveria com uma cirurgia no cérebro.
E não é que o ingênuo concordou com a aventura? Depois de passado o tempo de recuperação e sob o efeito das drogas poderosíssimas, o paciente engordou de uma forma nunca antes vista por seus familiares.
Internado logo em seguida, num asilo para idosos, o balofo operado, pôde notar que o repuxamento continuava. Queixando-se ao médico responsável, o paciente dizia que a causa do tal transtorno não poderia estar no local atingido pela operação. E que se não tivesse se submetido ao tamanho sofrimento, com certeza, ainda padeceria do mal, mas com menos dor e tantas despesas.
Entretanto o doutor, para não “dar o braço a torcer” garantia, por todos os deuses da medicina, que o tal repuxo era de origem epiléptica e que só se resolveria com a cirurgia no lobo frontal.
- Mas se a gente já operou, por que ainda acontece isso doutor? – indagava o velhinho.
- Olha pelo jeito, nós vamos ter de fazer outra intervenção. Mas não sei não... Com a sua idade e o excesso de peso, eu acredito que teremos poucas chances de sucesso.
- Eu tenho que emagrecer? – perguntou o choroso idoso.
- É claro. Precisa fazer muito exercício, mexer o corpo. – respondeu com categoria o doutor.
- Mas eu tenho uma preguiça danada. Depois que eu tomo aqueles remédios me dá um sono do cão.
- Você está sendo cuidado com neurolépticos. Uma característica dessa medicação é a de provocar uma espécie de indiferença motora. – Explicou o médico.
- Indiferença motora? Isso quer dizer que quando eu tomo isso não posso sentir outra coisa que não seja a preguiça e o sono?
- Exatamente. – Concordou o doutor.
- Mas se eu tenho que emagrecer e o meu sobrepeso é o resultado do efeito do remédio, por que o senhor não retira essa droga? Como é que o senhor quer que eu emagreça se me dá essa bosta que me faz dormir e engordar? – indignou-se o vovô.
- Faz parte da terapêutica. – justificou o médico bastante constrangido.
- Eu não sei não, seu doutor. Das duas uma: ou o senhor não sabe nada dessa merda que está me receitando, ou está querendo curtir com a minha cara de mané. É verdade ou mentira?
- Na verdade... – dizia o médico quando foi interrompido por uma das irmãs do paciente que, chegando ao asilo, entrou abruptamente na sala de consulta.
- Vim buscar o meu irmão. – disse a mulher arregalando os olhos azuis.
- É só a senhora passar na administração e assinar os documentos que lhe serão apresentados.
No carro, de volta pra casa, a irmã do paciente explicava-lhe que o levaria a outro médico que já tinha cuidado de muitas outras pessoas com o mesmo problema.
No dia seguinte depois de saírem do consultório, com as receitas dos medicamentos nas mãos, a irmã do vovozinho afirmava:
- Hipotireoidismo pode muito bem ser tratado sem cirurgia nenhuma. Imagine só o prejuízo material e moral que aquele xarope nos causou.
- Ah, eu quero tchá, eu quero tchu... - cantarolava o vovô batendo palminhas enquanto pensava em emagrecer.
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