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Corno é corno e não tem conversa. As reações diante da consciência do fato é que variam muito.
Tem aquele que fica vermelho que nem um peru, entregando-se ao álcool e ao tabaco, procurando depois a separação na justiça; tem aquele que, bastante irado, busca armar ciladas para matar o amante da traidora; tem aquele que dá uns sopapos na tal, diante de todo mundo, conseguindo com isso, nada mais do que um escândalo e muita briga na justiça; tem aquele que finge que não é com ele e tem também aqueles que substituem a vergonha e a humilhação públicas pela condição de homicida.
Sim, meu querido amigo leitor, há quem prefira trocar toda a sua raiva pela certeza de que a malvada morreu, do que recomeçar um outro bad romance objetivando sublimar a frustração maligna.
Um caso típico de cornitude você vê em Gabriela, novela exibida pela Globo, na qual o Coronel Jesuíno Mendonça (José wilker), é traído por sua legítima esposa a Sinhazinha Mendonça (Maitê Proença), que cansada da grosseria do marido, bota-lhe as galhadas homéricas com o dentista Osmundo Pimentel (Erik Marmo).
Nem todas as frustrações causadas por traições podem virar arte. E saiba que a legítima defesa da honra autorizaria atos extremos contra a vida. Pelo menos é o que prevê o atual Código Penal.
Não é à toa que os legisladores procuram agora, depois de tanto tempo da vigência do Código Penal, (ele é de 1940), adaptá-lo a nova realidade brasileira.
A Lei Maria da Penha é específica para a proteção da mulher que sofre agressões dentro do lar, praticadas por homens bêbados, doentes, e frustrados.
Os desentendimentos diários, a ausência de carinho e muita agressividade, componente também do machismo, levam a agressões contra a mulher que, às vezes, não tendo outra forma de se vingar do agressor, atraiçoa-o como castigo.
Vimos recentemente, pela televisão, o caso célebre do ator de "Crepúsculo’ Robert Pattinson, cuja mulher Kosten Setwart, foi flagrada aos beijos com o diretor Rupert Sanders.
Esse caso hollywoodiano ainda não terminou, e o traído, segundo os sites especializados, deseja agora ter uma conversa de homem para homem com o traidor, que teria lhe ferido a honra.
Já no Rio Grande do Sul uma série de cinco homicídios praticados por homens traídos, chama a atenção da sociedade sobre a gravidade das traições, das provocações e da violência.
Com facadas violentíssimas ou tiros certeiros, os homens que não conseguem sublimar a frustração, o ódio e o desespero suscitados pela dissídia, lavam com o sangue da vítima, a honra ultrajada.
As separações podem hoje ser feitas nos cartórios de notas, com a simples presença dos interessados. Apesar de todas as vantagens de viver com alguém, há sempre quem diga que "antes só do que mal acompanhado", seja a melhor solução.
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