por Fernando Zocca, em 30.04.13
O tabique instalado recentemente no plenário da Câmara de Vereadores de Piracicaba tem causado questionamentos. Foto: Monitornews.blog
Fenômenos estranhíssimos estão acontecendo em Piracicaba. Pelos sinais observados, oriundos das atitudes dos senhores detentores do poder, parece-nos que há muita coisa oculta, prestes a se revelar.
Nem mesmo a nulidade total, do decreto do executivo, que majorou os preços das passagens dos ônibus foi suficiente para fazer as tarifas voltarem aos patamares anteriores.
O executivo, apesar de ter nas mãos a planilha dos custos (receita e despesas) do transporte coletivo, posterga sem razões aparentes, a sua publicação.
Enquanto isso, na Câmara de Vereadores, completamente modernizada com equipamentos de última geração, os eleitores testemunham os embates causados pelas correntes distintas de pensamento.
Para o cidadão piracicabano médio, não representa ofensa nenhuma, às leis religiosas, o negar-se a se levantar durante uma leitura da Bíblica sagrada.
No entanto, para a atual presidência, o assunto é tão sério, mas tão sério, que deve levar o desobediente para fora das dependências do plenário a manu militari.
As revoltas, os protestos públcos promovidos pelo Sindicado dos Bancários, o mandato do vereador Paiva (PT), e outras entidades civis foram intensificados exatamente por não terem os cidadãos interessados obtido informações satisfatórias, fornecidas pelo poder considerado autoritário.
Entretanto, ao contrário de tranquilizar a população, agindo com lisura depois, o poder fecha-se em copas, isolando-se, numa vã tentativa de manter-se incólume, abrigando as arbitrariedades.
A colocação de um tabique separador dos legisladores do público que comparece, para assistir as sessões da Casa de Leis, soa a tentar livrar-se das possíveis consequencias da má condução dos negócios públicos.
Então os interessados na verdade precisam pedir ao Judiciário, com Mandados de Segurança, que o prefeito explique em quais bases fundamentou-se para elevar os preços das tarifas.
Todas estas ações não podem significar outra coisa do que a existência de atos condenáveis, ardentemente desejados de que permanecam ocultos.
Só pode ser.