Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Informação e entretenimento. Colabore com a manutenção do Blog. Doe a partir de R$ 10 depositando na conta 0014675-0. Agência 3008. Caixa Econômica Federal.
Diferente do que disse Pilatos ("o que eu escrevi, está escrito"), aos judeus que se queixavam do que ele mandara redigir na placa, pregada no alto da cruz, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, quando assumiu o poder, mandou o povo esquecer o que ele havia, durante muito tempo, ensinado.
Os judeus se queixavam que o governador romano mandara grafar, sem razão, as iniciais I.N.R.I. (Iesus Nazarenus Rex Iuderum), que quer dizer Jesus Nazareno Rei dos Judeus.
A queixa dos crucificadores era no sentido de que a frase, equivocada, fosse trocada para "este homem disse que é o rei dos judeus".
Foi quando então o representante do povo romano encerrou a conversa com o "o que eu escrevi, está escrito".
A inflexibilidade do governador imperial contrapõe-se à maleabilidade do governante brasileiro que, para dirigir o pais durante oito anos, precisou renunciar a todas as teorias que esposava quando era professor.
Quero entender a dinâmica do desenvolvimento das teses do ex-presidente como sendo semelhante a do sujeito que, sob ataque, em legítima defesa própria, e a dos seus, revida moderadamente a opressão, afastando o perigo.
Em sendo ou não exatamente isso, os fatos comprovam que os dois mandatos, exercidos pelo ex-presidente, seguiram os ditames do capitalismo, da economia de mercado e de todas as regras econômicas usadas no mundo ocidental.
E foi assim também com os governos de Lula, Dilma ou de quem mais vier. A história recente das nações está vivíssima na memória do mundo para provar quais são as melhores formas de governo e sistema econômico.
Convenha, meu querido leitor, não ser nada saudável que, por não ser simpático ao governo vigente, num determinado local, o cidadão deixe de se defender com o uso de todas as formas garantidoras das prerrogativas, especialmente as expressas na DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS, adotada e proclamada pela resolução 217 A (III) da Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948.
Nem mesmo o mais lesado entendimento das mentecaptas cabeças politicas provincianas pode negar que o Artigo XII da citada declaração vem assim expresso:
Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua correspondência, nem a ataques à sua honra e reputação. Toda pessoa tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques.
Esgotadas pois, as instâncias administrativas, religiosas e judiciais sem que cesse o despotismo, nada mais honesto do que a busca da implosão das embasadoras teorias absurdas, injustas e opressivas.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.