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Você sabe muito bem que quando ocorre uma invenção relevante, ela muda o comportamento das pessoas e até alguns costumes sociais.
Foi o que aconteceu com a pílula anticoncepcional. Antes dela milhões de atos sexuais foram evitados pelo temor da gravidez.
Antes da pilula, algumas mulheres não casadas aventuravam-se nos relacionamentos suportando o receio das indubitáveis consequencias negativas que fariam surgir o engravidamento não desejado.
Então, mais comedidas elas, ou casavam-se, ou mantinham-se no celibato, por muito e muito tempo.
Os homens, por não terem outros problemas do que o de suportar os encargos do sustento de um descendente não esperado - aliás, tirados "de letra" -, viam-se livres, leves e soltos, vivendo a "galinhar", com as que se dispusessem a correr os riscos.
Homem "pegador", isto é, que "namorava" muitas mulheres, inclusive casadas, não eram, como ainda não são (nem devem ser), bem aceitos nas comunidades, por promoverem a discórdia e a dissolução da família.
Acontece que depois do advento dessa tal de pílula, a característica aventureira, antes própria somente do homem, passou também a fazer parte do rol do comportamento de algumas mulheres.
E hoje pode-se dizer, sem medo de errar, que há sim mulheres "pegadoras", isto é, aquelas que assumem o papel de conquistadoras, indo à luta, em busca da saciedade dos seus desejos.
Olha, essa história não é de hoje. Há muitos e muitos anos, desde o início da década dos anos 1960, que o atributo "caçadora" é próprio também do gênero feminino.
Acontece que não é incomum a senhora casada, depois de procurar por aventura, e pega em "maus lençóis", explicar o erro para as amigas, parentes e vizinhos, que o culpado de tudo, não foi outro senão o tarado que a "atacou".
E daí? Como explicar que o sujeito estava quieto no seu canto, curtindo as percepções do aporte do pastel de palmito, nos tecidos acolchoados do estômago, quando então, assim, de repente, sem mais nem menos, lhe apareceu aquela tentação, propondo ações libidinosas?
Você acredita que tem até candidato a cargo eletivo que, pra ganhar a eleição, promete ao, - com o devido respeito - "corno", que o sujeito que "namorou" a sua mulher vai se trumbicar?
É mano.
E tem cara que se elege.
O que faz uma pessoa pedir elogios a todo momento? Só pode ser a certeza de que alguma coisa, dentro dela, não está nos conformes.
Os panegíricos seriam compensações para aquela sensação de que algo não está nos parâmetros usuais.
O elogiador procuraria, com seus adjetivos, "tapar o sol com a peneira" e talvez achasse que, repetindo as tais mentiras, as tornariam verdadeiras.
Olha, não seria exagero afirmar que, aquele que gaba, a torto e a direito, visaria mudar a realidade bastante desconfortável.
É claro que pode haver doses e doses de compaixão a inspirar toda a falácia sobre o objeto exaltado. Veja que não deixa de ser bem triste a verdade presenciada diariamente.
Para muitos, o elogiador não passaria mesmo de um enganador, que buscaria, com seus enganos, minimizar frustrações próprias.
Note que é atribuindo realidades falsas, aos objetos ruins, que o vendedor transfere seu estoque. A chamada propaganda enganosa tem muito disso.
Os vendedores de gatos por lebres são mestres nessa técnica. O problema aparece quando, para sustentar as mentiras passadas, cometem outras e outras, cada vez mais insólitas.
Chega então o momento em que o enganador, para manter todo aquele castelo de cartas, por ele construído, precisa cometer crimes. Daí surgem as violações, os furtos, as invasões de privacidade.
E corrói o criminoso, as estruturas familiares, as almas ingênuas, os negócios prósperos e os governos corruptos.
O invasor da privacidade alheia assemelha-se ao vírus da doença mortal que se aloja no corpo são. Em pouco tempo ele destrói a sanidade das vítimas.
E acumula bens o ladrão da privacidade alheia. Entretanto uma coisa é certa, inegável: o invasor da intimidade alheia não deixa de fazer parte de uma triste realidade assimétrica.
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