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Ação e Omissão

por Fernando Zocca, em 11.02.15

 

 

O que você faria, meu querido leitor, se estivesse na sala de espera do atendimento odontológico e testemunhasse uma jovem grávida de seis meses, com um outro filho (de mais ou menos um ano), no colo, tendo ainda na sua companhia, outra menina de aproximadamente 15 anos, furtando as páginas de receitas gastronômicas das revistas?

Você, que assiste diariamente as publicações das descobertas dos crimes, especialmente comettidos por políticos, contra a administração pública, chamaria a atenção da ladra, ou abrangido pelo clima de medo, que envolve os moradores das áreas de risco, dominadas por delinquentes, ficaria quieto, na sua?

Pesaria na sua decisão, por um lado, o fato da moça (revoltadíssima), chegar reclamando muito da ausência do pronto atendimento, que julgava ter direito, por ter - para chegar ali - de tomar dois ônibus, estar com fome, sede, e muito calor. 

Do outro lado, estaria a certeza de que as regras devem ser seguidas, especialmente aquela de ter prioridade quem chega em primeiro lugar, ou a que determina o horário do almoço dos funcionários.

Se do seu entendimento faz parte a noção do conjunto, da unidade, da familiaridade, de tudo o que seja de uso comum, público, pertencente a todos, componente do seu bairro, sua cidade, seu estado e seu país, que deve ser respeitado e mantido, então aquela sensação de Judas Iscariotes ou Joaquim Silvério dos Reis, não preponderará. 

Mas, se você optar por não admoestar a ladra, estará permitindo que seu exemplo seja observado também pelos filhos dela, que com certeza, terão a mesma conduta. 

Entretanto onde ficariam a compaixão, os ensinamentos de que você deve dar também, além do que o ladrão te leva, algo mais que ele nem cogitava roubar?

A omissão é também um delito. Se os bandidos da sua rua atormentam diuturnamente a região e você não se importa com isso, estará sendo conivente, isto é, contribuindo para a manutenção da desordem, desassossego e mal-estar geral.  

No mínimo, cabe ao cidadão comum, a obrigação de levar ao conhecimento das autoridades, da Igreja, da sociedade toda, os fatos contribuintes  da desagregação. 

Se as autoridades, especialmente o judiciário, não forem suficientes para o estabelecimento da paz, então meu amigo, não podemos avaliar desarrazoados todos aqueles que consideram o exercício arbitrário das próprias razões como a forma mais correta de proceder. 

 

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publicado às 13:53

Quando um não quer, dois não fazem

por Fernando Zocca, em 22.11.14

 

 

 

Você sabe muito bem que quando ocorre uma invenção relevante, ela muda o comportamento das pessoas e até alguns costumes sociais.
Foi o que aconteceu com a pílula anticoncepcional. Antes dela milhões de atos sexuais foram evitados pelo temor da gravidez.
Antes da pilula, algumas mulheres não casadas aventuravam-se nos relacionamentos suportando o receio das indubitáveis consequencias negativas que fariam surgir o engravidamento não desejado.
Então, mais comedidas elas, ou casavam-se, ou mantinham-se no celibato, por muito e muito tempo.
Os homens, por não terem outros problemas do que o de suportar os encargos do sustento de um descendente não esperado - aliás, tirados "de letra" -, viam-se livres, leves e soltos, vivendo a "galinhar", com as que se dispusessem a correr os riscos.
Homem "pegador", isto é, que "namorava" muitas mulheres, inclusive casadas, não eram, como ainda não são (nem devem ser), bem aceitos nas comunidades, por promoverem a discórdia e a dissolução da família.
Acontece que depois do advento dessa tal de pílula, a característica aventureira, antes própria somente do homem, passou também a fazer parte do rol do comportamento de algumas mulheres.
E hoje pode-se dizer, sem medo de errar, que há sim mulheres "pegadoras", isto é, aquelas que assumem o papel de conquistadoras, indo à luta, em busca da saciedade dos seus desejos.
Olha, essa história não é de hoje. Há muitos e muitos anos, desde o início da década dos anos 1960, que o atributo "caçadora" é próprio também do gênero feminino.
Acontece que não é incomum a senhora casada, depois de procurar por aventura, e pega em "maus lençóis", explicar o erro para as amigas, parentes e vizinhos, que o culpado de tudo, não foi outro senão o tarado que a "atacou".
E daí? Como explicar que o sujeito estava quieto no seu canto, curtindo as percepções do aporte do pastel de palmito, nos tecidos acolchoados do estômago, quando então, assim, de repente, sem mais nem menos, lhe apareceu aquela tentação, propondo ações libidinosas?
Você acredita que tem até candidato a cargo eletivo que, pra ganhar a eleição, promete ao, - com o devido respeito - "corno", que o sujeito que "namorou" a sua mulher vai se trumbicar?
É mano.
E tem cara que se elege.

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publicado às 21:37

LADRÕES JOGAM TIJOLOS NOS MOTORISTAS

por Fernando Zocca, em 18.07.11

 

 

Do Metro, Band e Globo News


Ladrões têm atirado tijolos nos para-brisas dos veículos que seguem pela marginal Pinheiros e Tietê, na tentativa de assalta-los. Os marginais jogam também pedras na pista, obrigando a parada, quando então ocorrem as abordagens criminosas.

Além disso, os motoristas têm sido vítimas dos arrastões que acontecem durante os engarrafamentos.  

Em decorrência desses fatos a Polícia Militar começa a usar hoje, por tempo indeterminado, 28 motos em 54 pontos das vias Pinheiros e Tietê.

O CPTran (Comando de Policiamento de Trânsito) também  atuará nas marginais, fazendo a fiscalização e o policiamento ostensivo como forma de ajudar os 12 batalhões da PM responsáveis pelas marginais.

Os policiais permanecerão por 12 horas em outros 13 trechos. Já na marginal Tietê, eles terão uma rotatividade maior se revezando em 37 pontos ao longo do dia.  Na marginal Pinheiros a PM terá viaturas 24 horas por dia em quatro pontos da pista.

Os motoristas devem ligar para o 190 e relatar a existência de objetos ou pessoas em atitudes suspeitas na via, ou nos canteiros.

Veja também no vídeo da Globo News uma reportagem sobre a ação dos ladrões.

 

 

 

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publicado às 21:49