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Retardatários

por Fernando Zocca, em 26.06.15

 

 

 

 

 

Muitas coisas, mas muitas coisas mesmo, mudaram de uns tempos pra cá.
Esse fenômeno é comum, natural; esquisito seria se isso não acontecesse.
Por exemplo: há algum anos passados não era admissível a permanencia dos cães nas ruas. Quando a administração percebia, fazia entrar em ação a temível "carrocinha" capturadora dos animais.
As crianças que deixavam seus cachorros pelas calçadas desesperavam-se e, esgoelando, corriam atrás dos capturadores, objetivando a soltura dos bichos.
Muitas vezes não tinha choro, nem vela. A cachorrada virava sabão. E o fato servia de lição para os que quisessem ter animais de estima, não se importando, entretanto, em deixá-los abandonados nas vias.
O tempo passou e hoje os cachorros dominam os quarteirões. Há quem mantenha ração e água defronte suas casas para o sustento dos bichos que, inclusive, dormem ao relento.
O pedestre precisa ter o cuidado para não ser atacado pelas feras e também ser delicado ao afastar as investidas, porque pode vir a se complicar sob o pretexto dos maus tratos aos animais.
Outra novidade, que encontra resistência no entendimento de algumas pessoas, é a validade dos alimentos.
O pessoal mais antigo, quando notava carunchos no arroz ou feijão, expunha-os ao sol depois do quê julgavam bons para o consumo.
Mas a mudança mais sensível foi a da não permissão do trabalho infantil.
Indignados com o que veem hoje muita gente exclama: "imagine só... No meu tempo de criança eu tinha de trabalhar pra ajudar em casa... Hoje essa criançada vive pelas praças sem fazer nada, cometendo barbaridades contra os outros..."
Se esse pessoal tem dificuldade para perceber, aceitar e adotar as mudanças comportamentais, imagina o grau de estranheza que causaria a visão da utilidade dos computadores, telefones celulares e tablets.
A indignação dos retardatários da compreensão não impedirá o avanço das mudanças.

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publicado às 13:15

A Urucubaca e a Satisfação

por Fernando Zocca, em 05.02.15

 

 

 

 

 

 

- Van, meu lindinho, cabecinha de corruíra pousada no fio telefônico do poste de ferro, diga-me aqui e agora, nestas filas paralelas pra pegar os ônibus, que nos levarão, a mim pra Vila Mariana e a você para Itaquera: é verdade que perdes os amigos mas não a piada? – questionou a sapiente Ana Menese.
– Sim, minha querida. É verdade.
– Então me conta: por quê você manca desse jeito, me olha só com um olho, e tapa a boca quando sorri?
– É que minha sorte tem me ensinado sobre a paciência. Veja você que quando caminhava, da minha casa até o bar do Bafão, no domingo passado, pela manhã, não percebi que uma das lentes dos meus óculos se desprendeu e desapareceu na calçada. Eu, quando percebi, busquei por ela, mas, é claro, sem a tal, não poderia enxergar quase nada. O resultado é que estou, até hoje, sem ver direito.
– E a história do pé? – Ana, que tinha o rosto maquiado, fazendo biquinho com os lábios, olhava o parceiro por cima das lentes dos seus óculos escuros.
– É o seguinte: durante uma das minhas caminhadas noturnas, depois de perder a lente e só ver com um olho, dei uma topada terrível num tijolo que esqueceram na calçada. O machucado infeccionou provocando-me dores ao andar.
– Mas e o sorriso? Conta pra mim, pingueiro do inferno – Menese, que manipulava o brinco da orelha direita, estava já cansada.
– Foi quando eu andava de bike. Havia um cara sentado na calçada, conversando com uma menina que tinha acabado de chegar. Ela recolhia material reciclável e parou para conversar com o homem. Ele bebia cerveja e fumava, ali, sentadinho no meio da passagem. Quando eu seguia pela rua, bem devagarinho, pedalando assim, numa boa, surgiu um carro esquisito, em alta velocidade e eu então, precisei subir rapidamente na calçada para não me complicar. Daí, pra não colidir com o camarada, que estava naquele local, onde não era aconselhável estar, freei bruscamente, vindo a cair de boca no chão. Ai você já viu, né? lá se foram os meus dentinhos.
– Mas que barbaridade – comentou Ana, dando um piparote no brinquinho.
– Daí então fui ao dentista da prefeitura de Tupinambicas das Linhas. Dizem que o trabalho do pessoal é muito bom e renomado. Pode até ser, mas que é enrolado, ah, isso é.
– Você diria que o bagulho é complicado porque é gratuito ou gratuito porque é complicado? – quis saber a Menese.
– Olha, eu diria que é coisa de rolo, cilindro, bobina. Você entende? – explicou o Van.
– Bobina? Não entendi.
– É assim: o Fuinho Bigodudo – você conhece, é claro… – Ele é vereador na cidade já faz uns 45 anos; mas antes de ser eleito, trabalhava como empregado doméstico. É isso mesmo: o Fuinho Bigodudo, que já foi até presidente da nossa Câmara Municipal, antes da vida pública, trabalhava como doméstico, fazendo faxina, lavando a louça, lavando e passando as roupas dos patrões até que cansou desse tipo de serviço. Então disseram pra ele que numa empresa precisavam de gente pra enrolar os fios dos motores elétricos. Você manja motor de liquidificador, enceradeira, batedeira de bolos, furadeira, serras? Então… Fuinho passou a enrolador oficial da auto-elétrica, que cuidava também da instalação de som, rádios e toca-fitas nos carros, compreende? Como a vida não estava, já naquele tempo, fácil pra ninguém, o Fuinho percebeu que aquela enrolação de fios de cobre não o tirariam do miserê institucional, característico dele mesmo. Então, junto com um outro sócio do empreendimento, depois de saírem de uma rodada de cerveja, no bar do Japa, resolveram enredar uns moleques que viviam pelas ruas do local. De noite, o sócio do Fuinho chamou um dos meninos e dizendo-lhe que se conseguissem pular aquele portão amarelo, pegariam fios de cobre que venderiam ganhando assim bastante dinheiro. Quando o sócio e o menino entraram no barracão, andaram às escuras, e não distinguiam nada que pudessem furtar. Ao saírem da propriedade, Fuinho apareceu de repente e, conforme o combinado, deu o maior flaga no garoto que, assustadíssimo se molhou todo. Fuinho espancou o moleque, (ele devia ter uns nove ou dez anos), de tal forma que se sentiu aliviado de todas as frustrações que carregava até aquele momento. E foi assim que tudo de ruim que acontecia naquela empresa era considerado culpa do moleque ladrão. O incauto virou um bode expiatório, um saco de pancadas. Você entendeu? A história foi se alastrando, criando marolas tão grandes, causando certas reações (diziam que o menino roubava os “fios” e até as “fias” dos casais). Então, o Fuinho que não era bobo, besta e nem nada, resolveu aproveitar a oportunidade lançando sua candidatura à vereança como o mais notável, eficiente educador, punidor, moralizador, caçador e castrador de meninos maus-elementos da cidade. E o resto da história você conhece: Fuinho já tem mais tempo de Câmara Municipal, do que anos de vida, quando nela entrou pela primeira vez.
– Que história complicada, hein seu Van? – Menese estava boquiaberta, segurando os óculos escuros na ponta do nariz.
– Pois é. O bagulho cresceu, se desenvolveu e ficou tão complicado que, durante um bom tempo, chegou a ser comum ver pares de tênis pendurados nos fios e cabos dos postes.
– É… Pra quem não distingue tênis de pênis… – Ana tinha a expressão de que entendia. – Só mais uma perguntinha – continuou ela – Van… Por acaso, aquele menino… Aquele bodinho expiatório… Era você?
– O pior é que era eu mesmo – respondeu o ébrio enrubescendo.
– Ah, tadinho. Mas, agora esquece isso, meu amigo. A vida continua. Olha… Lá vem o meu ônibus. Tchau. Tudo de bom pra você, viu? – disse ela beijando-o no rosto. Havia um tom de consolo na voz da mulher.
Dois ônibus se aproximaram encostando ao meio fio dos locais onde se formavam as filas.
Quando todos começaram a entrar, depois da saída dos que estavam dentro, Van percebeu que nenhum dos carros seguiria para o local onde ele desejava ir.
– E não é que eu fiquei esse tempo todo – mais de uma hora – na fila errada? – choramingou com a voz quase inaudível.
Nosso amigo tinha como consolo a certeza de que não havia urucubaca interminável e nem regozijo que não tivesse fim.

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publicado às 23:41

A galera internacional

por Fernando Zocca, em 30.11.14

 

 

Algumas observações sociológicas nos dão conta de que a era industrial, iniciada por volta de 1750, chega finalmente ao fim.

Nesse espaço de tempo - entre a metade do século 18 até o advento da Internet - quem não tivesse uma colocaçãozinha produtiva que fosse, numa fábrica qualquer, era logo diagnosticado como deficiente. 

E se antes o trabalhador braçal julgava ser vagabundo o servidor sedentário, hoje em dia, com o desenvolvimento dos equipamentos substituidores da força muscular, - as colheitadeiras de cana, por exemplo - ele pode falar o mesmo de si próprio. 

Sabe-se que até nos casos em que a morfologia não favoreceu plenamente os componentes do grupo turbulento, na grande maioria das situações de conflito, pode haver a acomodação, com a aplicação das penalidades legais.

Considero, no presente momento, os maiores vilões da paz social, a ausência da educação, da cortesia, da solidariedade, agravados com o analfabetismo, uso abusivo do álcool, drogas e tabaco.

Esses elementos, mais a omissão das autoridades, são os ingredientes do desassossego de uma rua, de um quarteirão, de um bairro inteiro.

Não é possível manter a opinião "os incomodados que se retirem", quando a efervescência antissocial é produzida contra as leis. 

Como pode a sâ consciência de um deputado federal, de uma "dirigente espiritual", e outras mentalidades legislativas/executivas municipais, fazerem crer que todos os que se incomodam - por exemplo - com os ensaios de uma banda se mudem do local, mesmo sabendo que o tal grupo invade as madrugadas, espargindo o pandemônio, confrontando a legislação existente? 

É claro que o conflito não terminaria bem para os que, afrontando as disposições legais antes aceitas, renega-as no momento considerado oportuno, em benefício próprio e em detrimento dos outros. 

O suprassumo da incoerência, do contraditório, da injustiça dos dois pesos e das duas medidas, não podem nunca sobrepor-se sob pena do arrepio geral da galera internacional atenta.

Mesmo por serem os turbulentos, infratores do sossego público, tidos como carecedores dos bons substratos fisiológico/morfológico, bases da boa saúde mental, não haveria ausência da compreensão do que seria certo ou errado, razão pela qual a impunidade serviria como estimuladora de mais e mais distúrbios. 

Como progridem as personalidades se não recebem, plenamente, o que lhes proporcionam as suas más obras?

A alegação do desconhecimento da lei não exime os infratores das penas a eles cominadas. 

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publicado às 16:52

O Exercício Arbitrário das Próprias Razões

por Fernando Zocca, em 07.08.13


Para quem pintava automóveis sem atender aos padrões da boa técnica, causando com isso a poluição ambiental, o desconforto inegável aos vizinhos, e que agora pinta unhas, até que a mudança foi bem significativa.

É bastante interessante notar que nestas duas atividades um componente comum faz-se distinto: o pintar.

Com base nas atitudes e comportamentos das pessoas pode-se saber perfeitamente sobre suas intenções. Os desejos de maltratar, de oprimir e de machucar brotam com frequência dos cérebros doentes, equivocados, de gente que julga, condena e pune o semelhante por conta própria.

Psicopatas autossuficientes, convencidos erroneamente sobre supostos atos condenáveis de alguém, não raro, exercem a loucura de aplicar a justiça pelas próprias mãos.

Daí não haver outra alternativa satisfatória, para as vítimas dos opressores, do que a de valer-se do amparo das leis. 

A aplicação das penas previstas na legislação existe também para ensinar os sociopatas a se comportarem na sociedade. Sem o castigo, especialmente o pecuniário, acredita-se que a reiteração dos atos lesivos seria tão certa quanto o retorno do porco à lama, logo depois de banhado. 

A paz é um fruto da justiça e esta não deixa de ser a imposição das penas das leis aos comportamentos delitivos.

Se os pais não ensinam, se a escola não consegue adestrar corretamente, se a Igreja não tem como conduzir ao bom caminho as "ovelhas desgarradas", cabe ao Judiciário a aplicação dos corretivos.

O julgamento é a melhor oportunidade para o bairro todo, a comunidade, os vizinhos, parentes e os próprios equivocados, de inteirarem-se de como proceder quando encontrarem-se diante de situações semelhantes.

Hostilizar pessoas, por "saber" serem elas "merecedoras" de castigos não só incorre os agressores nos enquadramentos penais como os caracterizariam como pretensos poderosos superdotados autossuficientes justiceiros do quarteirão.

O sujeito equivocado, o "dono do quarteirão", o "xerife do pedaço", o mandachuva, o tranca-ruas, o pelintra, geralmente agride cães, gatos, crianças e não raro, o tio gay. 

É comum ouvir dos agressores criminosos a frase: "não sei porque estou batendo, mas ela sabe porque está apanhando".

Os vizinhos não se envolvem, ou frequentemente apoiam os sociopatas, mais por medo das represálias do que por senso de justiça.

É chegada a hora de mudar essa escrita: punição institucional para quem merece. 

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publicado às 14:35

Estou bem. E Você?

por Fernando Zocca, em 15.02.13

 

 

 

A gente passa por momentos e situações dificílimas durante os quais devemos decidir.


São os instantes do sim ou do não que farão a diferença no futuro, que mudarão os ângulos de visão, as perspectivas da vida.


Eu particularmente não me arrependo nenhum pouco das que tomei. Estou com o que sempre tive, não troquei o certo pelo duvidoso.


Nenhum arrependimento pelo que fiz, ou deixei de fazer, me perturba. Minha consciência está tranquila.


Se tive qualquer tipo de prejuízo, eles foram bem menores do que os de alguns bancos, que têm perdido muito mais, com as explosões de agências e caixas eletrônicos.


Sou casado há 33 anos com a mesma mulher; há 19 não bebo, não fumo, e não ingiro qualquer tipo de medicamento. Quem sabe de mim sou eu. Estou muito bem assim.

 

Acho engraçadíssimo, me divirto muito, com o jeito que os milionários, que mandam em Piracicaba, reagem às críticas aos seus governos.


Um festival imenso de besteiras tem marcado a orientação politica desta cidade. O amadorismo vem expresso em cada gesto, ato ou consequência, apesar destas excelências ocuparem os cargos profissionalmente, há muito e muito tempo.


A inabilidade política, a condenada hipocrisia religiosa, dificultadoras da resolução de conflitos simples, são fatores determinantes na descrença nesses homens.


Nunca deixei de ter a certeza de que os nivelamentos das diferenças são feitos por baixo. Ou seja: prioriza-se a ignorância, a estupidez, o mau caratismo, com os quais se manipula, do que se incentiva o aprimoramento pessoal, a civilidade e a inclusão da tecnologia.


As constantes vitórias da síndrome da Gabriela (“eu sou assim, eu nasci assim”), representam o fracasso inegável do modelo educacional empregado hoje nas escolas. A educação tem de reaprender, se reeducar, reciclar-se.


A repressão e a condenação, contra os que se destacam, não deixam de ser a regra do que sempre foi.


Reforçando: a educação tem muito o que aprender e a aprimorar. Não podemos deixar de dizer, mais uma vez, que o ensino é um fracasso retumbante, quando milhares e milhares de pessoas mal sabem escrever o próprio nome.


Não podemos também deixar de dizer que a segurança é omissa quando os maus tratos diários, contra crianças, prosperam sem repressão nenhuma.


É quase que impossível não criticar as atitudes governamentais que tratam negligentemente os embaraços administrativos no transporte coletivo.


Como não denunciar a inabilidade do poder para suprir as vagas de médicos existentes nos postos de saúde?


As autoridades todas ganham muito bem para, em tese, resolver estes problemas. 

 

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publicado às 11:58

Um Punhado de Votos

por Fernando Zocca, em 03.01.13


 

E prossegue a mesma lenga-lenga politica cansativa na velha cidadezinha interiorana.


O senhor João Manoel dos Santos foi reconduzido à presidência do legislativo, como das outras vezes, demonstrando assim a mentalidade mediana ávara, imperante neste pequeno trecho do globo.


Sem considerar a possibilidade da existência de fraudes nas eleições, pode-se dizer que a população aceita esse tipo de politica medíocre, de grupo primário, que agindo mais por impulso do que pela razão, manda prender a quem ousa discordar das suas determinações.


Para exercer cargos públicos, em que o candidato lida com direitos, deveres e o patrimônio dos cidadãos, é necessário estudar muito desde o grupo primário, passando pelo ginásio, e depois concluindo o curso superior.


Se assim não for, os “foras” vergonhosos, que podem danificar os bens ou até mesmo a moral de terceiros, serão a regra do agir e não a exceção.


Contudo, para exercer as funções de vereador basta ter um punhado de votos autorizadores e lá está o tal semianalfabeto a ditar regras. Ele pode inclusive, mandar prender e arrebentar a todos os que ousam não dizer-lhe amém.


O episódio em que o presidente do legislativo mandou retirar do plenário, à força, o eleitor que recusou a levantar-se diante da leitura da Bíblia é bem característico.


Esse ato de ignorante poderia lesar o patrimônio público em alguns milhares de reais se o ofendido buscasse a reparação dos danos morais no judiciário.


Infelizmente é assim que funciona. Não espere graça alguma aquele que estudou e se preparou muito. O máximo que pode conseguir é, talvez, livrar-se das armadilhas preparadas por esses orelhudos.

 

  

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publicado às 10:26

Falta de Educação tem Cura?

por Fernando Zocca, em 02.10.12

 

Governo ruim é um problema. E isso você constata pela capacidade que ele tem de resolver as pendengas.

Tem orientação política que, não sabendo como lidar com o emaranhado da problemática, simplesmente nega a existência dela.

Outras ainda aceitam a vigência de pontos conflituosos numa cidade, mas apresentam soluções inexequíveis, deixando a coisa toda do jeito que está, ou até piorada.

Mas há administrações tão atrapalhadas, confusas e desorientadas que ao lidarem com os conflitos torna-os crônicos, em prejuízo do bom conceito da localidade que gerem.

Os governos municipais péssimos não deixam de ser aqueles que priorizam as tais obras voluptuosas de concreto, em detrimento da alfabetização de adultos, por exemplo.

Como é que você pode negar que as atitudes hostis, incivilizadas e toscas, não sejam mais produtos da ausência do conhecimento da palavra escrita, do que de outros fatores como os genéticos?

Uma cidade com índices muito expressivos de pessoas mal comportadas, desrespeitosas, reflete o nível da orientação politica medíocre, voltada para a socialização dos seus cidadãos.

Na verdade, queira saber, o meu nobilíssimo leitor, que os senhores ainda hoje ocupando os rendosos cargos públicos, não estão nem um pouco preocupados com a incivilidade, a grosseria ou os maus modos das pessoas.

O que os caras querem é, antes de tudo, apresentar serviços que não sejam muito vulneráveis às críticas, e se possível, forrar as malas, com os pacotes imensos de dinheiro arrecadado com os impostos.

Não tem, no presente momento, e nesta localidade, instituição municipal eficiente, que se dedique a transferir conhecimento socializante, a pessoas comprovadamente portadoras de deficiência intelectual.

Os maus administradores, ao invés de apaziguar as regiões em conflito, vangloriariam-se da habilidade própria de "botar lenha na fogueira" pra "ver o circo pegar fogo".

"Ninguém está nem aí com ninguém”, me disse numa ocasião, um dos responsáveis pela reeleição dessa corrente política que está no poder hoje em Piracicaba.  

Quem teria tempo e saúde para, despertando o interesse, por exemplo, pelas sagradas escrituras, fazer baixar espíritos amenos e concordes, nas regiões críticas da cidade?

Falta de educação tem cura?

Você pode amenizar os comportamentos psicóticos com a educação?

 

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publicado às 12:27

Deficiência e Educação

por Fernando Zocca, em 04.09.12

 

 

A língua descontrolada não deixa de ser uma tremenda chateação. E tudo fica mais angustiante ainda quando o portador dessa característica é analfabeto e crente nas superstições.

Há quem entenda o fenômeno como transtorno obsessivo compulsivo, hiperatividade ou que haja a ocorrência de lesão significativa na região do cérebro responsável pela fala.

Quando o paciente tem o vocabulário limitado, por desconhecer o alfabeto, ele repete as mesmas palavras da mesma forma que a impressora de uma gráfica, repete os impressos ao longo do tempo.

Há os que defendem e mistifiquem os portadores, bem como a própria anomalia.   

O obsessor, falador compulsivo, busca o controle numa interação, não havendo lógica no seu "discurso"; o alívio da possível tensão minimizar-se-ia com a abstenção da ingesta do álcool, do tabaco e dos estimulantes. 

Perceba que o ciúme, atuando como combustível, do portador da doença, torna-o cruel, maldoso e totalmente desprovido de compaixão. 

Note que o paciente possuidor dessa afecção, objetivando impressionar as pessoas do seu convívio, controlando-as e obtendo delas o respeito, procura "influenciar" e "dominar" os vizinhos.

Não se pode deixar de admitir que os portadores desse tipo de transtorno sejam deficientes muito mal educados.

Não é incomum, de forma alguma, o aproveitamento dessas situações anômalas por políticos desprovidos de boas intenções. Geralmente as omissões na área da saúde pública e prevenção, ocorrem como retaliação à discordância das opiniões que interessam a eles.

O auxílio de especialistas pode trazer mais conforto para o doente e as pessoas que o circundam.

 

 

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publicado às 13:10

A Rejeição

por Fernando Zocca, em 30.09.11


 

            Quando uma chamada “Líder de Quarteirão” mostra-se refratária às boas novas, pode sentir-se profundamente ofendida pelos que lhe anunciam a existência do alfabeto, dos jornais, dos noticiários nas rádios, TVs e da interpretação correta das escrituras sagradas.

            Esse sentimento ao ser comunicado aos parentes mais próximos, aos integrantes das igrejas e centros, arregimentar-se-ia de tal forma que seria notado pelas “lideranças” políticas do local.

            Perceba que as pessoas ocupantes dos cargos eletivos não teriam, em tese, qualquer diferenciador dos grandes portadores dos preconceitos, limitações e cargas supersticiosas, formadoras da mentalidade mediana dos moradores da zona.

            Dessa forma o sentimento de rejeição pode alastrar-se pela cidade inteira e nem mesmo os trabalhos voluntários, verdadeiros milagres demonstrativos da boa vontade, seriam capazes de mudar a repulsa.

            E não há quem faça os “cabeças-duras” trocarem a opinião, abandonando os próprios erros, demonstrando arrependimento. Dai então as comparações: em outros locais mais salubres as boas ações seriam reconhecidas.

            A rejeição não causa compaixão aos rejeitadores e nem aos lugares onde vivem.



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publicado às 14:36

O Resgate das Almas Perdidas

por Fernando Zocca, em 26.07.11

 

 

                 Tão ou mais esquisito do que encontrar uma onça defronte sua casa é o comportamento do professor que simulou o próprio sequestro com o fim de extorquir dinheiro do pai.

            É certo que os salários dos mestres não são assim compensadores do jeito que deveriam ser, mas dai a praticar ato criminoso, à traição, visando equilíbrio, demonstraria dentre outras verdades, a condenável deficiência moral.

            A política a vigorar num bairro, que se diz civilizado, seria a de instruir os hipossuficientes em leitura e escrita, ao invés de estimular a agressão aos alfabetizados.

            Quando existe o ajuntamento do analfabetismo com o uso de estupefacientes (álcool e drogas) mais as crendices e as superstições, o resultado não é outro que não o subdesenvolvimento, o atraso, as agressões, os crimes e a deterioração do meio ambiente.

            O convívio social nessa situação torna-se difícil havendo o predomínio das incivilidades, das grosserias, da falta de educação, que muitos e muitos parentes e políticos procuram esconder ou minimizar.

            Nesse estado de selvageria onde há bastante dificuldade de acesso aos agentes bravios, o adestramento torna-se quase que impossível.

            O resgate dessas almas perdidas é missão espinhosa, bastante dolorida e que deixará marcas profundas tanto nos espíritas, quanto nos evangélicos e católicos apostólicos romanos.

 

Mudando de Assunto:

Veja o momento em que um jogador é atingido por um golpe covarde do adversário.


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publicado às 14:47