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Não meu amigo, definitivamente helioterapia não é namorar o tio Hélio.
Helioterapia, na verdade, significa tratar as doenças pela luz solar.
Conheci um veterinário que recomendou, à zelosa dona de um gatinho adoentado, a tal terapêutica e, para isso, ela deveria estimulá-lo a permanecer por algum tempo, durante vários dias, sobre os telhados para que pudesse gozar os benefícios da luz e calor do sol.
A área das bordas das piscinas também seria útil, mas como na casa da cliente do veterinário não havia essa comodidade e indispunha de uma chácara ou sítio que pudesse servir para a terapia, os telhados não seriam tão ruins.
E foi o que aconteceu. O gatinho subia e permanecia sobre as telhas de uma casa da vizinhança, aquecendo-se conforme ensinava a sua proprietária.
Acontece que o dono da casa, um homem irritadiço, não entendeu muito bem a intenção daquele gesto (de ter alguém sobre o seu telhado) e mandou logo, assim de repente, um tiro de revólver, que acertou a coluna do gato.
O bichinho ficou tetraplégico.
A notícia espalhou-se rapidamente no bairro e até mesmo na cidade. O homem malvado, percebendo que cometera um exagero grave tratou logo de reparar o dano.
Ele então providenciou tratamentos especiais para o gatinho que, com adaptações engenhosas, passou a locomover-se usando rodas substitutas das pernas.
Mas não ficou só nisso; muito comovido com o fato e também pressionado pelo zunzunzum das cercanias, o atirador arrependido, passou a patrocinar a todos os gatinhos deficientes concorrentes às eleições de maior beleza ou eficiência que aconteciam, de tempos em tempos, na cidade.
É certo que invadir o espaço alheio não deixa de ser crime. Da mesma forma que defender o espaço, fazendo uso de arma ou até mesmo de um pedaço de pau, não infringe a legislação, desde que não extrapole os limites do tolerado, do bom senso.
Inaceitável é o exagero na reprimenda. Assim matar o animal que invade a casa pode não ser condenável, desde que as circunstâncias do caso assim o admitam.
Mas, mesmo entendendo que não existam condenações morais eternas, as sequelas das agressões permanecerão vivas na vítima e seus parentes.
Bastante censurável também seria estimular a ocorrência de fatos semelhantes para ter desculpas do próprio erro.
Cometer crimes de abusos sexuais contra crianças (especialmente parentes próximos) e depois atribuir por insinuação, a culpa a outras pessoas (falso testemunho), não deixa de ser delito gravíssimo.
Olha, na minha opinião, tanto a invasão domiciliar quanto o abuso sexual devem ser levados ao conhecimento das autoridades.
A sociedade espera que cada um cumpra o seu dever. Não é verdade?
Os Evangelhos afirmam que são bem aventurados, dentre outros, os pobres de espírito, pois deles será o reino dos céus.
Quero entender aqui, como pobres de espírito, os analfabetos, que já no tempo de Jesus, medravam aos milhares.
Imagine as ondas sucessivas de indignação, vindas das vísceras populares, ante os ensinamentos daquela criança, que no meio dos experimentados da lei, falava sobre os antigos profetas.
- Mas como é que pode isso, quem deu autoridade, de onde vem esse conhecimento, dessas coisas? – perguntavam os embasbacados senhores dos templos, daquele tempo.
Jesus queria ser profeta, sacerdote e rei, mas não contava com o apoio dos sacerdotes e nem dos políticos. E foi dessas áreas que vieram as tramas que o levaram à crucificação.
Ainda hoje os pobres de espírito podem ter o reino dos céus. Mas se esse reino depender da lei dos homens, alguns analfabetos não poderão entrar.
É o caso do palhaço Tiririca. Eleito com mais de um milhão e trezentos mil votos, identificáveis consigo, esse personagem da história brasileira, pode não usufruir das benesses do cargo, se a lei for seguida a risca.
Veja você o que está na balança: de um lado as intenções de mais de um milhão de pessoas. Do outro as determinações feitas por políticos também alçados aos cargos eletivos, pela vontade popular.
Na minha opinião o próprio interessado deveria resolver esse conflito entre o coração e a razão, entre as normas morais e legais dizendo, numa defesa por escrito, que é bem alfabetizado, tem interesse em ocupar o cargo e como poderia, com seus dotes circenses, auxiliar o progresso da nação brasileira.
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