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O Carro Voador

por Fernando Zocca, em 01.07.10

                           A gente é boba mesmo. Nós ficamos com esse nhenhenhém tolo, enquanto as coisas acontecem no mundo lá fora.

 

                        Apesar do nosso pessimismo, da nossa incredulidade nas coisas, elas se realizam e nós nos recusamos a ver.

 

                        Nós sabemos que conversa fiada, ao longo das horas, não “dá camisa” pra ninguém. O que resolve a situação é fazer algo de bom, que seja útil pra alguém, ou no mínimo, pra nós mesmos.

 

                        Imagine passar horas e horas falando abobrinhas, enquanto as pessoas lá fora trabalham, ganham dinheiro, compram as coisas e vivem felizes.

 

                        Quando eu era moleque, na década de 1960, meu primo Roque De Lello assinava uma revista que se chamava Mecânica Popular. Era escrita em castelhano, mas tinha também muitas fotografias.

 

                        Numa tarde, ao folhear um daqueles exemplares, vi uma reportagem que falava sobre um sujeito  inventor do carro voador.

 

                         O texto era bastante longo, eu não podia compreendê-lo completamente, mas acreditei que um carro poderia voar.

 

                        Muita gente dizia ser loucura, que o sujeito não tinha o que fazer e desciam a guasca nele, mandando-o ao rol dos desacreditados.

  

                 Como assim? Um carro pode voar? – perguntava a molecada a quem eu contava as novidades.

 

                Ninguém cria e, além disso, zombavam até de quem falava sobre o assunto.

 

                É, meu amigo, o tempo passa e só fica pra trás os que muito falam e pouco fazem. O carro voador, hoje é uma realidade inegável.

 

                Enquanto isso a turma bobinha continua falando abobrinhas.

 

                Veja ai em baixo o vídeo do carro voador.

 

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publicado às 16:04

O Embarque

por Fernando Zocca, em 18.05.10

 

                           - Gente, eu vi! Ela estava prestes a embarcar pra Londres, mas deu um problema com o passaporte e a coisa enguiçou. A mulher do outro lado do balcão insistia pedindo coisas fúteis. Eu percebi que minha amiga ficava nervosa com aquela burocracia toda; mas ela não dizia palavra alguma que ofendesse a funcionária.

 

                   - E daí? Conta, conta mais! – implorava a ouvinte atenta nas palavras do Bafão.

 

                   - Bom – continuou ele – Você sabe que nossa amiga é um amor de pessoa. Ela é incapaz de pisar numa barata, esmagar qualquer mosca ou estapear um pernilongo. Entretanto eu notei que ela, de repente fixou o olhar assim, num ponto vago do espaço, sua respiração tornou-se ofegante e ela, pacientemente, mais uma vez, buscou na bolsa a papelada que a funcionária do aeroporto pedia.

 

                   - Ela foi barrada? Não a deixaram embarcar? – o tom de voz da freguesa do Bafão era de ansiedade. Ela acabara de comprar o leite e o pão no boteco mais frequentado do bairro.

 

                   Bafão alisava o balcão com um guardanapo e percebendo o interesse da consumidora continuou:

 

                   - Quase! Quase que não a deixam pegar o avião. O tumulto estava muito forte. Tinha gente que ia prá lá, gente que vinha prá cá, um vozerio, era o inferno. E havia um camarada que varria, sem cessar, o chão do lugar, assim, bem perto dos pés dela.

 

                   - Estranho! – concluiu a mulher que segurava os sacos plásticos continentes de um litro de leite e seis filões. – Mas e daí? – prosseguiu a vizinha – ela pegou o avião, conseguiu embarcar?

 

                   - Bem, eu não posso dizer que ela não embarcou.  Sei que já faz um tempo que não a vejo. Mas na verdade não vi o embarque. As pessoas comentam, dizem que sim, que ela embarcou. Mas não sei se foi numa boa.

  

                   - Olha seu Bafão se ninguém comentou nada pode até ser que o embarque dela tenha sido pacífico. – concluiu a freguesa dirigindo-se para a saída. – Ah, olha – continuou ela – bota essas coisas na minha conta. O senhor sabe, meu salário vem só no fim do mês.

 

                   - Ah, tudo bem, não se preocupe com isso. – Bafão sabia que sua complacência, um dia, o poria em alguma dificuldade.

 

 

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publicado às 20:29



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