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O bicudo federal

por Fernando Zocca, em 30.04.14

 

 

 

 

 

Você já foi confundido com alguém enquanto caminhava pela rua? 

Às vezes, isso acontece.

É muito comum uma pessoa, ao ver outra, de certa distância, achar que seja sua conhecida e esboçar o cumprimento que se transforma em frustração, depois que chega perto.

Pode ser que o confundido esteja procurando algo que lhe subtraíram como, por exemplo, uma bicicleta ou fios de cobre. 

Já imaginou o cidadão conquistar um emprego dependendo do bem, que lhe é furtado, logo depois da assinatura do contrato?

A situação é semelhante ao do Estado que, para produzir alimentos, ou assentar seus cidadãos, precisa do território ocupado por estrangeiros. 

Ou do grupo de herdeiros que, ansiando pela venda dos imóveis do espólio, frustram-se ao ver um deles ocupado por quem não poderia fazê-lo.

Ou do "atordoado" fisgado pela beleza da moça previamente industriada - pela "pedagogia" de um deputadozinho e sua quadrilha - a lhe dar o maior "toco", jamais visto em toda a história do imbecil. 

Mas há os encontros em que o reconhecimento é imediato; rendem bons papos como naquele em que se soube do suposto bloqueio da sexualidade da moça, originado nas consequências da separação dos pais - causada pelo adultério da mãe - que  poderia diluir-se com a vivificação da situação existente nos conflitos precedentes da ruptura do casal. 

Mas não é que a mãe zelosa, justificando sua aversão ao marido, não deixaria de permitir que a filha compartilhasse, por alguns momentos, a cama, com alguém considerado agressivo, objetivando exemplificar o que o pai dela fazia à esposa tão sofredora?

Mas vá saber o meu querido leitor, se a intenção do quadrilheiro bicudo federal não seria a de confrontar, para fins "terapêuticos" e "pedagógicos", um suposto pedófilo e uma vítima dessa afecção? 

Pra manter um mandato regiamente pago pelo povo, durante tanto tempo, vale tudo, até vender a mãe.

Dizem as más línguas, que político "turco", para ganhar a eleição vende sim, a própria progenitora. Mas que não a entrega por ser a promessa descumprida a verdadeira questão de honra pro bom homem do povo. 

 

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publicado às 04:13

Bulindo com o silêncio alheio

por Fernando Zocca, em 02.07.13
Balanços parados. Foto: Monitornews.blog





Em meados da década de 1960 quando frequentávamos as aulas do antigo curso ginasial, no Jerônimo Gallo, na Vila Rezende, íamos e vínhamos de ônibus.
 
Para isso, quando era possível, recebíamos uma cartela de passes comprada mensalmente e que garantia o transporte diário, sem o uso direto do dinheiro.

Esse passe economizava muito tempo eis que não era necessário parar na catraca, efetuar o pagamento ao cobrador e esperar pelo troco.

A tecnologia avançou tanto que, hoje em dia, você utiliza os ônibus e ao passar pela catraca, o faz sem a intervenção do cobrador. Os cartões magnéticos substituem o dinheiro.

Antes as empresas de transporte coletivo empregavam dois funcionários por ônibus. Hoje empregam somente um.
 
Mas chegará o tempo em que os veículos utilizados no transporte de pessoas se movimentarão automaticamente, controlados à distância, com o auxílio de computadores.

Essa tecnologia já existe, empregada nos aviões não tripulados, e avança rapidamente para a adaptação aos carros e demais veículos terrestres.

A economia conseguida, queremos crer, reverterá para o barateamento das tarifas e quem sabe, até na sua supressão.
 
A substituição gradativa do emprego da mão de obra e força muscular é tão notória que só não vê quem não quer. Ou não pode. 

Quem imaginaria, há alguns anos antes, que máquinas venderiam refrigerantes, jornais e atuariam nos bancos, substituindo caixas bancários?

As pessoas não precisam temer o desemprego. Devem antes habilitar-se como empresários.
 
O cidadão empreendedor, que obseva as normas de segurança, as técnicas corretas da sua atividade comercial ou de prestador de serviço, não encontrará muitos dissabores pela frente.

Mas os que não estão aptos ao exercício das atividades lucrativas, sem dúvida, mexerão inadivertidamente com silêncios fundamentais. E aquela máxima "Não bula com o silêncio alheio se não puder com o barulho dele" tem tudo a ver.
 
O empreendedorismo é fundamental para o capitalismo. Mas as regras estabelecidas pela sociedade via câmara dos vereadores, dos deputados estaduais, federais e senado, devem ser obedecidas.

Se assim não o for instala-se a balburdia e aì, meu amigo, salve-se quem puder.
 
Sem as regras, as normas, as leis e a observância delas todas, não é possível organizar-se como Estado, como empresa, como família. Quase ninguém desconhece isso.
 
Ao poder executivo cabe, indiscutivelmente, a função de fiscalizar e fazer cumprir as leis em vigor. A omissão  sujeita o incumbente às penas da lei.
 
Nem duvide. 

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publicado às 13:30