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Já vai longe o tempo em que o Estado de S. Paulo passou por uma escassez de água tão pungente quanto esta que sofre nos dias de hoje.
E perceba meu querido leitor, que essa danosidade toda, essa inclemência do tempo, essa crueldade natural veio fustigar o povo paulista justamente sob os governos tucanos sucessivos.
Pé-frio maior do que o do senhor Geraldo Alckmin, pode não haver.
O sistema de abastecimento de água do Estado de S. Paulo secando inapelavelmente, como um avião descontrolado, rumo ao solo, em tese, não poderia mais negar a sua disfunção, diferente do que acontece em Piracicaba.
Aqui as autoridades municipais pedem à população que economize água, deixando de lavar calçadas, automóveis, os cães da família, e regar plantas. A ordem é economizar.
Contudo, como toda boa tucana incoerente, a administração municipal vende para o município de Saltinho, aos mesmos preços dos cobrados do eleitor piracicabano, a água que pede pra economizar.
Dessa atitude administrativa tira-se algumas conclusões: 1. Não está faltando água em Piracicaba; 2. Busca-se com o tal negócio mais dinheiro, que teoricamente estaria escasso na autarquia municipal.
Ou seja, o SEMAE quer dinheiro, não importando se a água vendida para a cidade vizinha fará, ou não, falta ao cidadão eleitor piracicabano.
Não temos nada contra o povo saltinhense. Mas a água produzida no município deve atender antes a população local. Só depois, com o excedente, permitir-se-ia a comercialização.
Ora, se há o comércio de água, com a cidade vizinha, pode-se concluir que não há falta deste produto em Piracicaba.
O desonesto é pedir à população que a economize a fim de que o SEMAE venda-a a terceiros.
Perceba que a longa permanência dos tucanos no poder enseja alguns problemas e complicações bastante significativos ao povo.
Em Minas Gerais, depois de 12 anos do reinado tucano, o eleitorado assiste, na assembléia legislativa, os discursos demonstradores da real situação calamitosa em que se transformou o estado.
Daí você compara Minas com S. Paulo e nota que além das vicissitudes nas instituições tipo polícia civil, militar, escolas, saúde e cobrança exacerbada nos pedágios, a seca castiga os paulistas, eleitores do Alckmin, com uma punição doloridíssima.
Não gosto de exagerar, mas não dá pra deixar de deduzir que até a natureza se rebela e protesta, opondo-se a essa política tucana.
Geraldo Alckmin poderia cercar-se de colaboradores capazes de prever esses períodos danosos. Ele e a sua equipe tiveram tempo suficiente para isso. E não fizeram nada que pudesse minorar a calamidade pública.
Perceba que não criticamos somente pelo prazer de criticar. Se não houvesse causa, não haveria manifestação contrária.
O governo do senhor Geraldo poderia prevenir-se evitando chegar a esse ponto a que chegou.
Qual comandante de navio não observa a rota a ser seguida, olhando o horizonte, as condições do tempo, a temperatura, as nuvens, o vento, as chuvas, o trânsito das demais embarcações e as ondas do mar?
Todos os comandantes responsáveis fazem isso. Menos aqueles que, para impressionar estas ou aquelas, praticam atos temerários durante o percurso, permanecendo mais tempo nas alcovas do que no timão.
Tem balela mais tosca do que dizer serem os recursos hídricos do planeta limitados?
A maior parte da terra é composta por água salgada, mas quando ocorre a evaporação, há a formação de nuvens de água doce; portanto nada mais falso do que dizer ser finita essa forma da matéria.
O que se finda facilmente são os recursos do poder público, destinados à tornar a água potável, a reciclagem e o tratamento de esgotos.
Os desvios dessas verbas, promovidos por administradores públicos desonestos, ou que os aplicam em pontes e viadutos desnecessários, comprometem a saúde pública, sem dúvida nenhuma.
Sob o efeito do calor solar, as águas dos mares e oceanos evaporam-se, voltando depois em forma de chuva, que ao chegar ao solo, podem formar os rios, os lençóis freáticos, e serem absorvidas pelos vegetais.
Transformadas em seiva, alimento das plantas, tornam a evaporizar-se novamente sob o efeito da irradiação solar. O ciclo não se interrompe por ação da natureza e nem mesmo por vontade humana. O problema é o abastecimento das cidades. Ai sim a maldade, a insensibilidade e a ganância dos homens, responsáveis pela gestão pública, podem causar danos gravíssimos.
Quem não se lembra da SANASA de Campinas? Como os responsáveis pela administração da cidade poderiam cumprir com as obrigações assumidas no dia da posse, se as falcatruas praticadas deixavam os cofres arrasados?
Então, essa conversa de que a água pode acabar não passa de lero-lero pra boi dormir. O abastecimento de água das cidades não pode estar ameaçado a não ser pela ação criminosa das pessoas desqualificadas, eleitas para a administração.
Imagine o absurdo existente na ideia de que a produção de uma simples xícara de café importaria no consumo de milhares de litros de água.
Pode uma coisa dessas?
De conversa fiada o eleitor já anda cheio. É preciso oferecer oportunidade de trabalho pra quem quer se ocupar.
Afinal nem mesmo a criação e a manutenção de coelhos, com todas as suas despesas, pode ser realizada, se o cidadão, sem renda, não pode gastar, consumir.
Político medíocre, mal informado, ou que labora sobre premissas falsas, quando se vê contraditado, gosta de promover choques, colisões. Contra seus opositores eles valem-se usualmente das insinuações de racismo e preconceitos.
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