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Políticos Frustrados

por Fernando Zocca, em 26.09.13

 

 

Os sindicatos, as associações e demais entidades de classe existem, desde a idade média, para defender os interesses dos seus associados.


Isso ocorre porque na sociedade, tal qual como acontece entre os indivíduos, há os conflitos entre as classes.


Citando um exemplo recentíssimo você pode observar, nos jornais, a pendenga costumeira entre os bancários e os banqueiros.


Mas não é somente entre capitalistas e trabalhadores que há os desencontros, os desentendimentos. Eles podem ocorrer entre homens e mulheres, entre jovens e velhos, entre homossexuais e heterossexuais, católicos e protestantes, funcionários públicos e governo, e por aí vai.


Então o agrupamento entre os que têm os mesmos interesses serve, além de dar o sentido de pertencimento a uma categoria, a uma classe, propicia também a certeza de que haverá auxílio mútuo e defesa dos interesses dos associados, quando for necessário.


Neste sentido, você que gosta da mídia e acompanha sempre os noticiários, percebeu que a classe dos psicólogos postulou recentemente, no congresso nacional, o direito de diagnosticar. Esse ato é prerrogativa da classe médica que, combatendo veementemente o compartilhamento do privilégio, derrotou a proposta dos psicólogos.


A classe dos farmacêuticos também tentou obter o privilégio de emitir receitas, prescrevendo aqueles medicamentos, mais usados pelas pessoas, nos casos de automedicação.

 

Mais uma vez o corporativismo médico, protestando contra, venceu a questão, mantendo para ele, este ato considerado exclusivo.


A nação brasileira passa um perrengue desgraçado por causa da ausência de médicos nos locais mais afastados dos grandes centros populosos e economicamente desenvolvidos.


Contrariando os projetos governamentais como a criação de faculdades de medicina, oferta de benefícios aos estudantes, para que depois de formados, dediquem um período de trabalho nos locais mais carentes, estão as entidades representativas dos médicos.


Contra a vinda de profissionais formados no exterior, está mais outra vez a corporação médica.


Os adversários da advocacia têm conseguido aprovar projetos violentíssimos contra os interesses dos advogados e da classe, mas a Ordem dos Advogados do Brasil não faz absolutamente nada que impeça o desmoronamento das prerrogativas.


Então, para fazer inventários, separações judiciais e praticar outros atos antes privativos, por força da lei aos advogados, hoje se prescinde da sua presença.


Mas o advogado não é indispensável à administração da justiça?


Ou não fazem parte da administração da justiça os procedimentos antes privativos?


Com o devido respeito: para que serve a Ordem dos Advogados do Brasil além de fornecer o cafezinho e o uso de alguns computadores nas salas por ela mantidas nos Fóruns?


Para que serve a Ordem dos Advogados do Brasil além de oprimir, com procedimentos fiscais, os associados que não rezam por sua cartilha política, ou que contrariam os interesses daquele deputado famoso por sua capacidade de traficar influência?


Pedimos, com o devido respeito, uma Ordem mais compromissada com os seus associados e menos sensível às manipulações dos políticos frustrados.



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publicado às 05:49

A importância da Comunicação

por Fernando Zocca, em 18.09.11

 

                      

 

Os cristãos sabem que Jesus tinha uma destinação bíblica: ele seria o cordeiro de Deus que tiraria os pecados do mundo. Durante esse período que transcorreu do início da sua pregação até a crucificação, ele passou por provações terríveis.

                        Dentre elas estava a de não ser aceito nos templos e até a de não poder trabalhar como seu pai que era marceneiro. Os Evangelhos desse domingo (18/09) tratam exatamente disso: dos desempregados que viviam nas praças a espera do patrão que lhes contratasse.

                        Veja que o desemprego não é fenômeno social tão novo assim, coisa desses nossos tempos de tecnologia. Já naqueles momentos históricos, havia os que não tinham nada pra fazer.

                        Não havia indústrias e a produção era artesanal. Ou seja, as roupas eram feitas pelas próprias pessoas, bem como os móveis, os utensílios da casa e as roupas que vestia.

                        O funcionalismo público não era tão estruturado como o é hoje, mas já havia a burocracia que servia para o controle das cobranças dos impostos e também das obras governamentais.

                        Se o sujeito não fosse sacerdote, não tivesse pendor para o direito, a medicina, para as artes bélicas, para a música, a oratória, a escultura ou a pintura, não lhe restariam muitas alternativas do que as do pastoreio e o lavrar a terra.

                        Hoje em dia milhões de pessoas dedicam-se às artes. Veja os destaques na música, na pintura e escultura. Estas são atividades às quais muita gente emprega o tempo desocupado pelo trabalho em algo mais produtivo.

                        Assim surgiram os grandes pintores da antiguidade, da idade média e também os atuais.

                        Aqui em Piracicaba tivemos o João Egydio Adâmoli, mais conhecido como Joca Adâmoli, que por sua forma inusitada de expressar a realidade, que lhe era própria, inaugurou uma nova classe de apaixonados, tendo seguidores nas mais diversas partes do mundo.

                        Tarsila do Amaral também é fruto da região de Piracicaba. Nascida no dia 01 de setembro de 1886, em Capivari, (estudou em Barcelona), falecida em 17 de janeiro de 1973, em São Paulo, desenvolveu uma técnica própria de expressar o seu pensamento, as suas emoções.  

                        Aos artistas cabem também, desde os primórdios da raça humana, o registro dos fatos importantes. Algumas passagens da história do Brasil podem ser revividas pelas obras pictóricas, deixadas por pintores ilustres como Victor Meireles, que idealizou A Batalha Naval do Riachuelo.

                        Da mesma forma na música.  Muitas criações ficaram marcadas, por uma longa data, na memória das pessoas. Tanto as clássicas, quanto as populares tiveram autores e intérpretes memoráveis.

                        Uma das composições do período conhecido como o da Jovem Guarda que fez muito sucesso, foi O Passo do Elefantinho, do Trio Esperança.

                        Veja que tanto na pintura como na música há o elemento comunicação. Assim, da mesma forma que o apóstolo Paulo comunicava, com suas cartas, as boas novas aos coríntios, amestrando-os, os artistas têm também essa característica de expressão, levando ao seu público as mensagens de interesse.

                        A comunicação com o eleitor deve ser prioridade fundamental para o bom político. Se ele por timidez, ideologia, orgulho ou afecção mental, não dirige a palavra aos concidadãos, pode ver a sua popularidade e a possibilidade de reeleição ameaçadas.

 

Relembre o Trio Esperança cantando O Passo do Elefantinho, vendo o vídeo abaixo.


 

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publicado às 19:01