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Eu sabia que era impossível a inexistência de uma "treta” tão grande, grave e riquíssima, por trás daquele zunzunzum inquietante.
O PSDB é a cristalização da chamada livre iniciativa, do empreendedorismo, das ações que formam grandes latifúndios, fazendas e empresas particulares.
Durante a vigência do estado de exceção, quando os militares assumiram o governo central, a ideologia tucana era expressa pela sigla ARENA que significava Ação Renovadora Nacional.
Contrapondo-se aos proprietários empreendedores, há os trabalhadores que nada mais teriam do que a força do trabalho.
Estas duas vertentes sociais estão no poder há algum tempo. Os trabalhadores, representados pelo PT, ocupam o governo central, enquanto que o partido dos patrões governa São Paulo há décadas.
Contra os trabalhadores houve a comprovação de crimes em desfavor da administração pública. Punições exemplares foram executadas e os culpados sofrem as consequências.
Mas, como ninguém é perfeito, surgem agora revelações na Europa e também para as autoridades judiciais brasileiras, sobre a existência de crimes de formação de cartel e outras irregularidades nas licitações para a construção de metrôs e trens de várias cidades brasileiras.
Todos os crimes cometidos durante a administração do PSDB, e que lesaram os cofres públicos em bilhões de dólares, saciaram a poucos, bem poucos, empobrecendo, por outro lado, milhões de brasileiros.
Corrupção semelhante você, meu querido leitor, pode notar no governo deposto da Ucrânia. Lá Viktor Yanukovich e seu gabinete, com tendências pró-Rússia, enriqueceu empobrecendo o povo, até o momento em que este reagiu depondo-o.
Viktor Yanukovich pediu ajuda à Moscou e Putin, presidente Russo, invadiu com suas tropas a Criméia, parte do território ucraniano.
O presidente norte-americano Barack Obama e os representantes da União Europeia, aparentemente derrotados neste cabo de guerra, não puderam impedir a grave perda de território, sofrida pela Ucrânia.
Perceba que a perda do domínio sobre uma vasta extensão de terras está relacionada à corrupção de um grupo de traidores.
Viktor Yanukovich, sua quadrilha e o governo Russo gozarão as delícias das riquezas roubadas, enquanto que o povo ucraniano sentirá na pele, durante longos anos, os gravames da escassez.
Tanto aqui no Brasil, quanto lá, na Ucrânia, as coisas são parecidas.
É o jogo.
Diante do espelho do quarto, Márcia fixou a peruca de cabelos castanhos sobre os louros que prendera habilmente. Retirou as sobras da maquiagem, o piercing da língua, ajeitando logo em seguida, o restante do figurino que usaria naquela noite.
Marília que a acompanhava, naquele princípio de aventura da terça-feira, esperava-a pacientemente, sentada no sofá branco, do apartamento imenso.
- Já são oito horas. Tem alguém te esperando. Você se lembra? – avisou Marília, retocando o batom vermelho e admirando-se no espelhinho portátil.
As amigas saíram juntas do apartamento, desceram à garagem onde entraram no Mercedes GLK 300 e partiram para mais outro feito considerado extraordinário.
Minutos depois, em meio a um trânsito intenso, Marília que observava a amiga exibindo-se para si mesma, diante da câmara fotográfica, estacionou a alguns metros do boteco, em que os enamorados se encontrariam mais outra vez.
- Olha, já estou vendo ele. Está sentado de frente pra rua lá dentro do bar. Consegue ver? – indagou a motorista.
- O quê? De peruca loura? Ele está loiro! E de bigode preto? Eu não acredito! – explodiu Márcia numa gargalhada frenética.
- Vai bebê, vai pra tua felicidade. – arrematou Marília parando o carro.
Marcia desceu e caminhando lentamente adentrou ao botequim. Edir não notou a presença da amiga; bebendo a cerveja mostrava-se inquieto. Olhava o relógio de pulso, mais outra vez, quando se surpreendeu com Márcia que ao chegar, inclinou-se beijando-lhe o rosto.
O homem, que já passara dos cinquenta anos, fez menção de levantar-se para, num gesto de gentileza, puxar a cadeira para a amante.
- Deixa. Não precisa. – apressou-se a garota sentando-se.
- Demorou hoje. – reclamou Edir pressionando o bigode falso.
- Você sabe como é o trânsito. Estava horrível. Márcia sentou-se e, por causa da orientação médica, que a impedia de ingerir bebidas alcoólicas, expressou seu desejo de beber uma Coca-Cola.
Depois de servida pelo garçom solícito, ela indagou:
- Ficou boa pra você essa peruca loura. Seus cabelos brancos desapareceram. Nossa que bigodão hein? Mas, falando sério, e os papéis do apartamento?
- A escritura já está quase finalizada. Talvez na semana que vem eu te dou tudo pronto.
- Olha por mim eu não me importo. Você sabe: é a minha mãe e o padrasto que questionam isso. – justificou-se Márcia.
- Eu sei meu bem. – Não tem problema. Demora um pouco por causa das certidões. Você entende? –reforçou Edir. Logo em seguida ele indagou:
- Vai croquete ou linguiça?
- Ah, não sei. Não posso engordar. Quero uma coisa bem leve.
- Que tal alface com tomates? Olha, tem uma salada supimpa com azeitonas pretas e cebolas roxas. Topa?
- Tem quibe?
Edir chamou o garçom que anotou o pedido da jovem afastando-se em seguida.
- E o nosso caso? Quando é que você vai se definir? – quis saber a namorada.
- Não é tão fácil assim. A pinácea já desconfia. Ela está ligadíssima em tudo o que rola na mídia. Você conhece, você sabe, não é? Veja que pra conseguir o apartamento foi uma luta. A liberação de verba do templo está complicada. Há um processo na justiça federal que acusa o “pastor” de usar o dinheiro do dízimo para doação de prêmios do meu programa. Você me entende?
- Ai que chato!
- As coisas se complicaram um pouco. – explicou Edir.
- Foi por isso que você reduziu em uma hora o meu patrocínio? – quis sabe a moça inteligente referindo-se ao seu programa de rádio.
- É… Veja bem…
- Nós já estamos nesse rolo há mais de um ano. Pra mim está difícil ficar sozinha durante tanto tempo no apartamento. Quero mais presença.
- Olha, tudo vai se resolver. Quem sabe até o fim do ano a “árvore” concorde…
- Como assim? Você está sugerindo que ela fique sabendo de nós e aceite? É isso? – Márcia estava indignada.
- Se for para o bem de todos nós, talvez ela até concorde.
- Mas eu não quero. – decretou a jovem que sentia, com as palavras do amigo, apertos e dores no peito, como as provocadas pelas setas envenenadas.
- Não vamos estragar a nossa noite. Vamos deixar esse assunto pra outra hora, outro momento. E a nossa madrugada não vai ser legal então?
Diante da possibilidade de que o imenso prazer que sentiria nas próximas horas, lhe amenizasse a tristeza, daquela existência vivida às escondidas, Márcia calou-se.
Só se abriu novamente mais tarde, na cama do motel, nos braços do amante, que a fazia gemer com os prazeres do orgasmo.
A propósito, veja como atua o pastor Tim Tones (personagem de Chico Anýsio) diante dos seus fiéis.
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