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O sujeito era tão mandão, mas tão mandão que se não controlasse até mesmo as palavras dos outros, se sentiria bem ofendido.
Por causa dessa disposição litigante, reivindicativa, o tal não admitia que mais ninguém abrisse o bico ali na sua casa.
Mas como é que pode isso? Onde já se viu um lar, doce lar, onde somente uma pessoa pode falar o que deseja o que quer?
Então a luta era constante, não havia trégua. O bate-boca, apesar de bem comportado, atravessava os dias e as noites. O gênio inquieto, incansável, acreditava que se parasse, por minutos que fosse, poderia sofrer alguns males, assim como sofrem os ciclistas, que desabam ao parar o movimento.
A ausência de humildade era também característica bem notada no algoz soberbo. Ou seja: seu orgulho desmedido o impedia de ver que ia contra a correnteza do rio, que trafegava pela contramão na via expressa.
A teimosia, esse equívoco que o obstava de enxergar que desferia murros em ponta de faca, fizera-o inserir, tal qual os gregos e o cavalo de Tróia, alguém na instituição secular, que por sua vez o destituía paulatinamente do trono.
Os bate-bocas singulares, mais prazerosos do que o emprego do tempo numa loja de roupas, na oficina mecânica, ou no boteco do meio do quarteirão, mantinham-no imobilizado.
O tom comum da quizumba era de ressentimento, contrariedade, frustração de quem não podia descarregar num são-paulino qualquer tanto ódio contido.
Médicos, psicólogos e teólogos já haviam sido alertados sobre os arranca-rabos constantes naquela humilde residência. Mas todos garantiam que nada podiam fazer sem que algo de relevante ocorresse modificando o estado atual das coisas.
Tal qual os circuitos internos defeituosos num computador, a rede neurônica do quizumboso, apesar de relativamente nova, apresentava defeitos estruturais, que por sua vez, propiciavam a tal dinâmica inapropriada.
Sofriam as crianças que por não poderem se defender com eficácia, submetiam-se aos caprichos do primitivo rancoroso.
Que as boas almas do universo se apiedassem dos puros e ingênuos receptáculos de tanta maldade insensata.
O blog O Farol publicou quarta-feira, (07/12), um texto interessantíssimo sobre a compulsão do falar descontroladamente.
Trata-se de uma afecção mental semelhante a outros transtornos obsessivos compulsivos como o vestir somente uma cor de roupa, bater no batente das portas quando passa por elas, ou voltar depois de ter iniciado o trajeto, para confirmar o travamento das fechaduras da casa.
Segundo a matéria, o doente sofre com a tensão emocional proporcionada pelo ambiente familiar, em que permanece a maior parte do tempo.
A forma com que o paciente, impotente no controle dos seus impulsos, das suas emoções, procura para aliviar-se, é a de falar muito palavras desconexas, sem sentido e repetitivas, que podem perturbar seriamente as outras pessoas do lar.
As crianças indefesas são as mais suscetíveis de neurotização; seriam as mais vulneráveis dentre aqueles que não responderiam às provocações.
Esse tipo de psicopata tem algumas peculiaridades tais como a grande parte do seu tempo livre, estar rodeado por crianças (geralmente enteados), vícios do tabagismo, alcoolismo e drogas pesadas.
Quando criança o obsessor teve no pai negligente, a grande fonte de inspiração; era um sujeito criminoso, punidor, violento, cruel, impiedoso, viciado em drogas, álcool e tabagista.
O governo federal tenta agora criar um programa de recuperação de milhares de pessoas, jovens e adultos, viciados em crack.
Dessa intenção consta a possibilidade do internamento involuntário do viciado. É bom lembrar que o recolhimento contra a vontade do sujeito, promovido pela autoridade legalmente constituída, não é nova entre nós.
A legislação, se não me engano, da década de 1930, já previa a segregação, em manicômios, das pessoas que, por transtornos psiquiátricos, promovessem desordens, tumultos, depredações e patenteassem reiteradamente, a inconformidade com as boas regras do viver em paz.
Houve um movimento recente de desativação dos hospitais psiquiátricos, por terem eles perdido as funções principais, que eram as de recuperar, reeducar e ressocializar os ali inseridos.
Os algozes precisam saber que a falta de educação, de civilidade e de bons modos, têm limites. E que estes, podem ser os dos muros, daquele velho manicômio.
Os cientista e pesquisadores do mundo todo afirmam que logo a terra terá sete bilhões de pessoas. Isso implica em questões que envolvem a ocupação de espaço, produção de alimentos e também de trabalho.
As crianças que virão ao mundo precisarão de cuidados básicos, sem os quais o amplo desenvolvimento físico e mental delas tornar-se-á deficiente.
Numa família sadia, harmoniosa, ordeira, o progresso do novo ser é facilitado, ao contrário do que ocorreria, se naquele ambiente familiar prevalecesse a crueldade, a violência e a insensatez.
A imaturidade dos pais contribui também para a formação psicológica do neném que chegará mudando, de uma vez por todas, os hábitos dos seus antecessores.
A criança é formada com o material genético dos pais. Terá as feições de ambos, mas pode prevalecer a de um deles. Não é rara a ocorrência da predominância dos genes dos antepassados.
Assim, se um dos avós tem olhos azuis, a criança poderá nascer com essa característica. Se na parentela da mãe há a ocorrência da síndrome de Down, durante a formação do feto, essa entidade pode se manifestar.
Logo depois do nascimento, o neném terá sua estrutura psicológica básica formada pelo ambiente comportamental dos avós, pais, tios, e irmãos. Não é a toa que se diz, há muito tempo que “filho de peixe, peixinho é”.
A criança terá um conjunto de valores e poderá responder aos estímulos da vida, praticamente da mesma forma que os pais.
É a vida social que se inicia no relacionamento com os vizinhos, na igreja e na escola, que as tendências psicológicas são realçadas. Se os mestres não forem felizes em burilar o espírito, de forma a socializá-lo, com certeza as disposições instintivas familiares prevalecerão.
Dessa forma a parentela dos que aprenderam a ganhar dinheiro recolhendo lixo, tentando “endireitar” tudo com marteladas ou tijoladas, pode presenciar a repetição desses gestos incivis.
27/10/11
Apesar da evidência dos esforços da administração de uma cidade em promover-lhe o progresso e o bem estar da população, sempre existe os “espíritos de porco” que destroem tudo.
Assim, basta o departamento especializado do município terminar o plantio de mudas arbóreas ornamentais nas calçadas, para que as “cabeças de bagre” iniciem a degradação.
É suficiente o asfalto perfeito, numa determinada rua, para que essa gente do mal principie o processo de desfazimento.
Observe que as ações destrutivas não são praticadas somente contra o bem público. Propriedades particulares, na ausência dos proprietários, são muitas vezes invadidas e vandalizadas.
Se alguém, ao se mudar para a rua, tem um carro que lembre aos marginais situações de crime, eles logo providenciam uma forma de empurrar o veículo ladeira abaixo.
A agressão contra menores, a violência impune contra crianças indefesas é tão notória, perceptível, mas ninguém se atreve a interferir.
Essas pessoas cruéis, que não têm sossego, não trabalham construindo, mas destruindo. Eles agem com as coisas públicas e particulares alheias, da mesma forma que agem consigo, ao se aniquilarem usando drogas, tabaco e álcool.
Então, além do progresso material de uma cidade, sempre é bom investir na educação; a alfabetização pode levar a evangelização que, cremos nós, é a melhor pedagogia para a promoção da vida pacífica na comunidade.
28/05/11
O pai era um bêbado e tabagista. Tinha a cara de louco e durante o dia, durante o serviço, quando sentia sede, ao invés de beber água mandava alguém ao bar comprar cerveja.
O maluco fumava dois maços de cigarro por dia. Tinha alguns parentes envolvidos com drogas e outros na cadeia.
Com ajuda de padrinhos, velhos funcionários públicos, que não tinham mais o que fazer com todo o dinheiro que recebiam, tentou construir um sobrado, numa esquina de um bairro novo, na periferia da cidade pequena.
O infeliz não conseguiu nada, além de outro número, na estatística das suas derrotas. A construção parou na metade. Por causa da intempérie a obra transformou-se em ruínas e, mais uma vez, se não fosse o auxílio dos parentes abonados, estaria hoje demolida.
O homem, meses antes de morrer já não tinha mais fôlego. O simples varrer da calçada ou da rua, defronte sua casa, ofegava-o e causava-lhe palpitações.
Mas como era teimoso, ou como querem alguns, bem mais estúpido do que o comum, não buscava ajuda médica.
Por sua própria conta, o louco (já passava boa parte da noite e do dia, murmurando maldições), achou que se curaria comendo feijoadas.
Então ele passou a consumir diariamente quantidades imensas de feijoada enlatada.
O resultado? Quer saber no que deu aquela loucura toda?
Não é preciso ser vidente, mágico, profeta ou médico pra adivinhar: morte por AVC (acidente vascular cerebral).
E qual seria o ensinamento que se tira disso tudo?
Um deles, (partindo-se do princípio de que as mesmas causas provocam os mesmos efeitos), consiste em que se você faz tudo igual ao falecido, certamente terá o mesmo fim que ele.
27/05/11
Se as autoridades civis e religiosas não interferirem em alguns casos de violência contra crianças, praticadas por familiares, certamente muitas delas não chegarão à idade adulta gozando da plena saúde física e mental.
Podemos entender que a não intervenção dos padrinhos, tios, e avós, tanto dos enteados quanto dos padrastos, tenha como fundamento, o desejo de que os problemas surgidos sejam resolvidos por eles mesmos.
Os conflitos entre um padrasto adulto e um enteado, com aproximadamente 10 anos, portador de certa deficiência, podem não terminar bem para o menor se o padrasto tiver um nível nulo de escolaridade, fizer uso abusivo do álcool e acreditar que tudo o que está amassado deve ser consertado à marteladas.
Os modos grosseiros do padrasto insensível sujeitam o enteado desprotegido, aos terríveis sofrimentos desnecessários. A desculpa de que esse crime de maus tratos é um carma a ser experienciado pela vítima indefesa, serve para manter as testemunhas responsáveis a certa distância.
O analfabetismo cerra as luzes morais e religiosas que poderiam amenizar a situação. Tomado pela circunstância na qual o próprio agressor sofreu também na sua infância, a violência do pai bêbado, usa ele agora o mesmo método aprendido.
Alguém poderia alegar que um pai alcoólatra batendo na própria filha adolescente, tentando conter nela os impulsos da idade, seria até mais trágico do que o padrasto desejoso de controlar o enteado com a violência moral e pancadas.
Em ambos os casos as autoridades e os responsáveis mais próximos deveriam intervir. Tanto na situação horrenda em que o pai espanca a filha e a esposa, quanto na do padrasto que subjuga o enteado.
Durvalina, a barra pesada do bairro, será procurada hoje por Fátima que está grávida e deseja fazer um aborto.
Na verdade as duas já se encontraram antes, mas Fátima ficou assustada com o preço do “serviço”; prometeu batalhar para conseguir o dinheiro e poder voltar.
A moça, que engravidou por descuido, enganou a mãe dizendo que ia ao médico. Pegou o dinheiro da consulta e volta agora para pagar a Durvalina.
No primeiro encontro ocorrido na sala da casa da dona Durvalina a conversa foi assim: "Ai, meu docinho, sem dinheiro não dá, coração... Cê sabe, eu tenho as minhas despesas, não posso fazer 'de grátis'... Caridade é só na Igreja, meu anjinho, mas acho que lá eles não vão resolver o seu problema...".
Por ai já se pode ver que essa tal de dona Durvalina não é muito fácil; não é flor que se cheire. Ela fará o aborto em Fátima?
Veja no flagrante abaixo o momento em que a dona Durvalina pede R$ 1.200 para fazer o aborto na Fátima.
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