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O efeito causado foi o de crianças esgoelantes voando escada abaixo e desembestando pelo quintal afora até a rua
Eu tinha um primo (Deus o tenha em bom lugar), que gostava de tomar Biotônico Fontoura (quem não se lembra?), fazer exercícios puxando elásticos, e socar a mesa da cozinha, de vez em quando.
Ele dormia bastante durante o dia. Além de consertar aparelhos de rádio, eletrolas e TVs, o cidadão praticamente não se preocupava com mais nada.
Um dia quando a molecada fazia a maior zoeira na cozinha da casa da minha tia (irmã do meu pai), o primo saiu do quarto vestindo uma camiseta regata branca, short azul e dando um grito tipo "banzai", esmurrou o centro da mesa.
O efeito causado foi o de crianças esgoelantes voando escada abaixo e desembestando pelo quintal afora até a rua.
Crianças são sugestionáveis e esse gesto foi repetido por mim em algumas ocasiões. O soco na mesa de ping-pong, depois de não se sabe o quê ter acontecido, causou um edema feio na mão direita, havendo a necessidade da imobilização com faixas.
Na segunda ocasião, durante uma aula de processo civil, na universidade, um zunzumzum promovido por tagarelas reunidas e sentadas no corredor, do lado de fora da sala de aulas, obteve uma pancada forte numa das carteiras onde a traquinas chefe zunia.
O susto reduziu o volume da fofoca, possibilitando o entendimento da aula do professor.
Você sabe que uma batida inesperada na mesa da cozinha acompanhada de um palavrão tipo corno, por exemplo, dito com muita ênfase produz um efeito devastador. Este pode ser mais terrível ainda se a vítima é um parente visitante demonstrando calma, que aguarda a sua presença.
Tudo pode ficar mais chato ainda se esse seu parente tentar, num desdobramento do fato, durante muito e muito tempo, fazer você sentir-se o verdadeiro corno.
A pancada na mesa de vidro não é producente a não ser que o punho esteja equipado com um machado.
O gesto de espancar algo pode deixar de ser negativo quando, por exemplo, é usado nos programas de TV, como no The Voice Brasil.
Lá o cantor experiente, espalmando com certa força o botão, faz voltar a cadeira para o candidato que o agrada.
Legal, né?
Você já reparou como é fofinho esse vosso monitornews.blog? Entretanto há quem diga ser ele barrigudo, mal ajeitado, caipira e que teria calcanhares rachados.
E tem também, aquelas línguas pretas, insistentes em afirmar que ele apoiaria os maledicentes, aquelas pessoas que vivem a fofocar na vizinhança, denegrindo a pessoa alheia.
Não é nada disso. Apesar de não ser muito versado em política, em televisão, cinema, literatura e artes, esse vosso companheiro, de todos os dias, faz questão de que seja visto e apreciado.
Não precisa dizer nada. Nem mesmo um bom dia ou aquele oi. Basta que ele saiba que você o está vendo e pronto. Isso é o suficiente para deixá-lo satisfeito.
E saiba que o danadinho faz muito barulho. Ele não é nada fácil. Esse vosso transmissor chegou primeiro aqui no trecho e por isso deseja ser reverenciado.
Acusado de falar asneiras, de ter o palavreado fácil, vazio e inútil, ele tem a sua função. E qual seria ela se não fosse a distração, o entretenimento da garotada, não é mesmo?
Longe de ser ele um analfabeto. Pode até ter o vocabulário limitado, repetitivo, preguiçoso, mas não é burro.
Quando à barriga abaulada e os calcanhares rachados, ele promete que fará exercícios para reduzir a primeira e manter lixados os segundos.
Bom dia!
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