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Minha amiga Cida, naqueles idos de 1962, ali em Tupinambicas das Linhas, era ainda uma adolescente. Apesar de ter os pais supersticiosos, ela não chegou a se tornar igual a eles. Seu objetivo, logo que se conheceu por gente, foi o de estudar e tornar-se uma grande doutora.
Ela tinha alguns conceitos que se não fossem científicos, seriam bem inusitados. Um deles considerava que: “O barulho é sinal da desorganização, doença. A saúde reflete-se na paz e harmonia existentes entre os órgãos”.
Quando ouvi aquele enunciado, lembrei-me de imediato, duma colega nossa, a não menos conhecida Rosalena, a pingueira dos infernos, que vivia cantando loas sobre sua capacidade indutora dos suicídios de parentes desafortunados. O último deles pendura-se numa das treliças sustentantes daquelas telhas quentes de amianto.
Pude então confirmar que o desequilíbrio emocional produzia barulhos horríveis. Talvez Rosalena, a danada, assim o fizesse colimando espantar, da sua consciência, os fatos criminosos que jamais desapareceriam.
Um cunhado daquela mocréia, verdadeira tribufu, ocupava o cargo de influência relevante no Ajuntamento Comercial da cidade; era seu presidente. E como eles todos se engajaram, naquele ano, na campanha que visava eleger o Rei Momo prefeito de Tupinambicas das Linhas, não havia nada mais lógico do que espalhar, entre os comerciantes da localidade, maus conceitos e enganos sobre seus desafetos e adversos.
O presidente do Ajuntamento Comercial chegava às raias do êxtase quando sabia que o adversário perseguido, adquiria equipamentos obsoletos, no comércio local, pagando preços dos de última geração. Aqueles engodos todos eram combustíveis pra muito escárnio e apoucamento.
Quando estava louca, possessa, ou tomada pelo demônio, Rosalena, que se formara saca-molas, andava pela casa, cuspia, e ameaçava as demais pessoas da família, com a morte. Numa ocasião, demonstrando forças incríveis, atirou o sofá, que era pesadão, na janela do apartamento, quebrando seus vidros.
Meio macho, a mulher só sentia-se bem jogando a charqueada, que nada mais era do aquele jogo, cujo objetivo principal é o de deixar os adversários sem dinheiro.
Por ser Tupinambicas das Linhas notoriamente conhecida como a área em que existiam muito mais loucos, por metro quadrado, do que todas as demais regiões do Estado de S. Paulo juntas, não me impressionei muito com aqueles eventos todos. Consolei-me.
A mãe de Rosalene foi uma velhota pimpona, daquele tempo ainda em que, para transporte, utilizavam-se os animais de tração. Naquela época o uso das carroças e bondes, era bem mais moderno, confortável e chique do que as caminhadas a pé.
Dos inconvenientes consistia o fato de que os animais faziam cocô nas ruas e, depois que aquele esterco todo secava, sob a impulsão dos ventos, liberavam partículas voadoras que assentariam dentro das casas dos habitantes, impregnando-lhes as roupas, alimentos e os pulmões.
Esse fenômeno explicou-me a causa da aversão que a velhota, e algumas coetâneas suas, tinham pelos ventos.
Quando Rosalene estava sob os efeitos do álcool não adiantava desejar explicar-lhe que leitão não era um leite grande. E também não adiantava demove-la de sugestionar as pessoas com base no número dos dentes que elas ainda tinham na boca.
Depois que ouvi Rosalene dizer, pra mais duma centena de pessoas, que o cemitério era o único lugar onde havia melhor qualidade de vida ali em Tupinambicas das Linhas, achei que ela estava exagerando e que passava dos limites.
Pude perceber que a largada já não estava bem da cabeça quando repetia, diante das cobranças que lhe faziam, as frases “nem ligue” e “deixe quieto”.
Tive certeza que ela enlouquecera quando soube ter mandado matar o próprio marido. Ela contratara dois pistoleiros que, numa emboscada, atiraram no sujeito; não o mataram por um triz.
Descontente com o fracasso, a maníaca mandou que atirassem nele uma granada. Deveriam atingi-lo quando fosse buscar o filho do casal ali na escolinha.
As ocorrências não pararam por aí. Os rebus foram estonteantes. Porém isso meu amigo, minha amiga e senhoras dona de casa, já são temas pra outras novas e belas histórias.
Adquira e leia o Tamanduá-de-Colete.
Teoricamente os poderes componentes da estrutura dos Estados democráticos são três. O legislativo, cuja incumbência seria a de elaborar as regras norteadoras do agir na sociedade, o executivo cuja proposta é a de praticar as ações determinadas, e o judiciário que se incumbiria de julgar as condutas havidas no meio social.
Em tese haveria independência entre essas três instituições, mas na prática não é bem isso o que acontece. Observa-se que não é incomum a obtenção da disfunção de uma entidade, ao contaminá-la nomeando correligionário.
Numa administração municipal, o prefeito teria grande poder neutralizador da câmara de vereadores, ao nomear legislador para o exercício das funções secretariais.
A hegemonia política representada pela subserviência legislativa é obtida assim, também pela inibição das funções crítica e fiscalizadora.
Em não estando o judiciário imune à corrupção, promovida pelo abuso do poder político e econômico, teria em tese, o tal prefeito, um completo domínio político no seu território.
Nesse cenário sombrio e autoritário seriam frequentes a consumação da injustiça geradora dos vários conflitos graves, conducentes a enfrentamentos físicos e até homicídios.
Os desvios das grandes fortunas públicas conseguidas com as licitações viciadas, a cumplicidade legislativa municipal e a inocuidade judiciária, seriam fatores desencadeadores dos desentendimentos e crimes de morte.
08/03/2010 - O vereador de Águas de Lindóia Edson Âmbar chamou de chifrudo o presidente da Câmara Municipal, Joel Raimundo de Souza, durante a sessão na cidade localizada a 170 km de São Paulo. O insulto ocorreu diante das câmeras de TV. Houve confusão e briga entre os vereadores. A Polícia Militar foi chamada para intervir na questão.
Aníbal depois que chegava a casa, vindo da roça, onde passava a maior parte do dia cortando cana, tomava banho e arreava o burrão, atrelando nele a charrete, usada para comparecer ao bar do Maçarico.
Isso era o que comumente acontecia. Pois foi naquela tarde de terça-feira que Aníbal, cansado da lida no eito, chegou à choupana habitada por ele, a mulher, e os dois filhos.
O homem vinha nervoso, exausto, fedido, mal humorado e ansioso pra beber, junto com os companheiros, o primeiro gole de pinga num dos botecos da cidade.
- Cadê a canequinha pra tomar o banho? - gritou ele, cheio de ódio, à Murtinha. A mulher temerosa com os espancamentos habituais olhou para a porta do barraco; queria-a desimpedida, para no caso de algum influxo de piti virulento, acometer o marido, pudesse ela safar-se com sucesso.
- Não sei. Deve estar perto do poço. - respondeu ela parada defronte ao fogão à lenha, onde enxugava as mãos no avental amarrado na cintura.
- O Nelsinho brincava com a caneca lá perto da fossa. Será que não está lá? - completou Murtinha cheia de boa vontade.
- Na fossa? Mas esse moleque quer mesmo levar uma surra! Será que não aprende? - Aníbal já estava sem camisa, sem as botinas e de calção, queria lavar-se.
Depois que ele vestiu os chinelos, saiu em direção ao local por eles chamado banheiro. Na verdade o chuveiro não passava de uma lata cheia d´água fria, antes retirada do poço, mantida suspensa num poste e, inclinada ao ser puxada por uma cordinha, deixava cair o líquido sobre o banhista. Uma bacia posta sob os pés do usuário, reservava a água que depois era reutilizada para o enxágue com a caneca.
Aníbal lavou-se apressadamente, enxugou-se e de volta pra casa, vestiu-se aproveitando a privacidade relativa do quarto. A casa não tinha forro e as paredes chegando até certa altura, não vedavam completamente o cômodo. Permanecia um espaço grande do limite superior das paredes até o madeiramento que sustentava as telhas.
Não eram raros os momentos de amor entre Aníbal e Murtinha, cujos gemidos eram ouvidos pelos filhos, deitados no aposento contíguo.
Mas naquela terça-feira, com uma vontade incontrolável de beber a sua pinga necessária Aníbal, já vestido mandou laçar o burro que pastava na redondeza. Ele então preparando os arreios e a charrete, atrelou-os no animal que ruminava.
O lavrador pegou aquele seu rádio enorme e ligando a fiação numa bateria de automóvel mantida no assoalho da viatura, acionou-o podendo ouvir, naquele momento, a história do menino da porteira, cantada pelos violeiros famosos.
Ajeitando o chapéu de caubói no alto da cabeça, por sobre os cabelos que embranqueciam, e espancando o burro com um açoite, pôs-se o Aníbal a caminho da sua mais nova e esperada aventura etílica.
Momentos antes de sair da propriedade, de passar por seus limites, antes mesmo de chegar ao portão, ele parou e voltando-se pra trás gritou:
- Mulher! Ô mulher: não esquece de dar painço pros periquitos! Você ouviu criatura?
Murtinha apareceu à porta da cozinha e acenando pro marido, propiciou a ele a despreocupação que precisava, para beber sem atropelos.
Ao chegar ao bar do Maçarico Aníbal encontrou Van Grogue que sentado numa mesa de canto, lia a seção de esportes do jornal tupinambiquense.
- Ué, mas não houve coleta de lixo hoje por aqui? - perguntou o cortador de cana pro Maçarico, depois de apontar com o queixo o bêbado leitor.
Maçarico sabia que os dois não se davam. Primeiro porque Van Grogue era muito mais novo que Aníbal, segundo porque este não era letrado o que dificultava a compreensão dos ditos pelo primeiro.
Por ser incapaz de entender o que dizia Grogue, Aníbal considerava-o louco. Era o jeito que ele usava para manter a sua autoestima inalterada, geralmente abalada pelos discursos do homem, sabedor de tudo o que publicavam os jornais.
Maçarico abriu uma cerveja servindo o lavrador. E querendo ajudar disse:
- Eu também não tive tempo de aprender a leitura. Precisei trabalhar cedo. Meu pai cortava cana. Minha sorte foi que minha tia veio de São Paulo e me levou pra casa dela onde aprendi o bê-á-bá.
- E se não tivesse aprendido, hoje você seria babá de criança retardada, com certeza. - arrematou Aníbal para o espanto do Van Grogue que se desconectou da leitura.
- Ora, ora, mas vejam quem está aqui. O famoso Aníbal, o homem que gosta de caçar e prender periquitos. Você ainda está viva criatura? O que sucede? - Grogue com a voz pastosa de quem já bebera a cota do dia, levantava-se para se achegar ao carroceiro.
Aníbal evitando qualquer contato com aquela figura detestável, pediu ao Maçarico que lhe vendesse um garrafão de pinga. Depois de pagar a mamãe-sacode e a cerveja, que deixou por terminar, ele saiu dizendo:
- Antes beber sozinho a baronesa quente do que a cerveja gelada, em má companhia.
Ontem assistindo ao último debate entre os candidatos à presidência da república, ocorrido na sede da Rede Globo do Rio de Janeiro, me dominava uma agonia terrível, especialmente quando José Serra e Marina Silva usavam a palavra.
Sabe aqueles momentos em que você fica sem respirar, por um ou dois minutos, quando está debaixo d´água ou quando seu quarto é invadido por fluídos tóxicos, vindos da funilaria do lado?
Não sei porque o candidato Serra estaria associado à essa espécie de agressão contra o meio ambiente. Talvez seja por tratar-se de integrante do PSDB, partido que deseja muito trazer uma fábrica de automóveis para Piracicaba.
Ai você já viu né? Automóvel tem a ver com pintura e pintura com os compressores; e compressores, com empesas descompromissadas com as regras municipais, reguladoras da matéria.
Compressor também tem a ver com a omissão das autoridades municipais que deixam de promover as fiscalizações necessárias.
Uma funilaria carece, para funcionar, do alvará municipal e, para recebê-lo, o tal empreendimento necessita adequar-se às regras de uso dos equipamentos.
O tal empreendimento, prestador de serviços, precisa também estar em dia com o pagamento das taxas de poder de polícia, das taxas de iluminação, e do Imposto Sobre os Serviços de Qualquer Natureza.
Em não ocorrendo isso, o tal “serviço” estaria a violentar as normas feitas para esse tipo de atividade.
E se não estiver, a tal prestadora de serviços, em dia com as obrigações fiscais, trabalhistas e demais encargos, ficaria sujeita às penas da lei.
Entretanto se o município não coloca os departamentos criados para fiscalizar o cumprimento das leis, incorre em crime de responsabilidade.
Mas é aí? Quem é que se habilita a exigir da prefeitura o cumprimento das leis?
Minha amiga Marlene, grande funcionária pública, me disse certa ocasião:
- Deixa pra lá esses assuntos. Aqui todo mundo se conhece. Nem ligue. Respirar tinta de automóvel não faz mal nenhum. Hoje em dia até câncer de pulmão estão curando.
Isso até pode ser verdade, minha querida Marlene. Mesmo assim a agonia e o terror que as imagens de José Serra do PSDB e Marina Silva do tal PV despertam em mim, quando aparecem na TV, não deixam de ser uma constatação legítima.
É meu amigo, a vida tem dessas coisas. Você passa quatro, oito anos, pedindo às autoridades do município, que fiscalizem as atividades incivilizadas, hostis, violentas, que tornam a vida na comunidade, bastante desconfortável, e nunca é atendido.
Em resposta eles – os eleitos - minimizam o problema, desmerecem a sua pessoa e o convidam, com muita sutileza, a mudar-se de cidade. O lema que os embasa é: “Os incomodados que se retirem”.
Esses senhores, que hoje ocupam os cargos públicos eletivos, agora batem às portas do eleitor, solicitando mais tempo de permanência, junto aos gordos vencimentos, que lhes garantem a paz, a saúde, o bem estar e – é claro - o distanciamento dos assuntos da periferia.
A incapacidade para resolver os problemas relacionados à saúde, em determinadas áreas da orla, é justificada com a desculpa de que não seriam questões de competência do poder público, e nem sequer dos chamados centros religiosos.
Acontece que toda a população da cidade está atenta às ocorrências. Graças a Deus. E a omissão dessas chamadas autoridades responsáveis, patenteia o descaso, o desprezo aos envolvidos. A função do governante não seria a de “botar mais lenha na fogueira”, ao contrário: governante bom é aquele que procura apaziguar os ânimos, promover a reaproximação entre as partes rixosas.
O progresso de uma região não acontece quando os eleitos priorizam somente o desenvolvimento material das urbes. Há de se atentar para os problemas sociais, geralmente produtos da educação ineficiente, e sem dúvida nenhuma, também da saúde pública, hoje completamente lesada.
A má educação, o grau elevado de incivilidade, a grosseria e a estupidez das pessoas, destacam muito mais intensamente uma região do que algumas pontes e asfalto desnecessário nas ruas.
Você já imaginou residir numa casa há algum tempo e perceber que começou a funcionar, bem ao lado, um empreendimento bastante nocivo à saúde?
Muito indignado você procura os responsáveis pelos tormentos e sabe o que eles lhe dizem? “Os incomodados que se retirem!”
Então, pacientemente você procura um vereador e lhe explica o problema: “Olha, seu doutor, os caras pra fazer o que vêm fazendo, precisam utilizar equipamentos especiais do tipo estufa, a fim de que os resíduos tóxicos não vazem, fazendo mal aos vizinhos”.
O nobilíssimo edil ao responder-lhe, via e-mail, afirma, entretanto que aquelas pessoas estão trabalhando e que não pode impedir ninguém de ganhar dinheiro.
E aí como é que fica?
O fato de serem os tais empreendedores pessoas pobres, ou mesmo muito deficientes, não os impediria de seguir as determinações das leis, das normas técnicas e do bom senso.
Ou seja, as misérias materiais e espirituais que compõem o ser dessas pessoas, não podem justificar as ações incivilizadas.
Trocando em miúdos: a incapacidade financeira impeditiva da aquisição dos equipamentos necessários, para o desempenho de uma determinada atividade, não pode ser motivo justo que permita à tal ocupação, prejudicar a terceiros.
Os camaradas poderão ganhar o dinheiro, não resta a menor dúvida, mas desde que não violem o direito alheio.
As pessoas têm direitos assegurados à saúde, ao bem estar, a viver em paz. Quando uma atividade econômica invade esses direitos ela deve ser limitada.
“O meu direito termina onde começa o do outro”. Não posso impedir ninguém de respirar. Mesmo que eu precise ganhar dinheiro pintando automóveis.
É nessas horas que o cidadão eleitor conhece a eficiência duma administração municipal.
Alguém já parou para tentar explicar porque ocorrem antipatias e violências assim, gratuitas, entre as pessoas?
É claro que os livros de psiquiatria, psicologia e psicanálise estão cheios de explicação; destacamos a que atribui ao analfabetismo uma importante causa das desavenças.
Segundo alguns teóricos, o analfabeto por ter o vocabulário limitado, desenvolve síndromes paranóicas.
A compreensão do iletrado não ocorre da mesma forma que a do alfabetizado. O primitivo pensa com símbolos, imagens e cores. Não há a lógica, prevalece a intuição, a emotividade. Daí podem surgir a antipatia e a violência.
Dessa forma se numa casa, por um motivo ou outro, há a ausência da pia do banheiro, pode esse fato significar, para o rixoso iletrado, que seu proprietário precisa de terapia.
É sério!
Com as afecções mentais gravíssimas surgem a perseveração, as estereotipias e a agitação psicomotora, que promovem o consequente desassossego da família, dos amigos e dos vizinhos.
Esse tipo de doente mental pode se utilizar de várias formas para desestabilizar a vida alheia, como o incessante latir dos cães, provocar fumaça nos horários das refeições, ou mesmo encher a casa contígua, diuturnamente, com a tinta spray, daquelas que se usam pra pintar automóveis.
Respondendo ao velho preceito “os incomodados que se retirem” dizemos que o analfabetismo ou a miséria, não eximem ninguém de seguir as normas.
Ou seja: não é porque o cara é analfabeto, pobre ou louco, que ele não deva usar os equipamentos necessários na sua funilaria.
Cadê os fiscais e a vigilância sanitária? São nessas horas que você conhece a eficiência duma administração municipal.
Por Geraldo Bandeira
Geralmente os assassinos em potencial de uma comunidade, agem provocando a vítima, tentando obter dela uma reação, que justifique a matança.
Hospedeiros de psicoses várias, os matadores podem verberar por muito tempo, perturbar as vítimas com ruídos, fumaça ou outro elemento químico, objetivando o confronto direto.
Os matadores de um bairro podem tentar a consumação do crime, usando tijolos ou paus. A miséria material impediria a aquisição de armas para a consecução dos intentos criminosos.
As ocupações desse tipo de criminoso limitam-se àquelas em que despendem grande esforço físico, tais como a coleta de lixo nas ruas, funilaria e pintura de autos.
Observa-se entre esse tipo de criminoso o uso de drogas, tanto as aceitas socialmente como o cigarro e o álcool, quanto as de uso proibido, como a maconha e o crack.
Não é rara a constatação de doenças cárdio-respiratórias dentre os viciados que, nos finais de tarde, se aglomeram nos botecos, onde satisfazem as necessidades mórbidas.
A irritabilidade provocada pelo uso continuado dessas drogas viciantes, redundará em ações provocativas a parentes, vizinhos e animais domésticos. A ação de incitar o próximo serve como aliviadora das tensões neurológicas e do local onde habitam.
A moradia desses tipos demenciados é geralmente muito suja, apinhada de gente, onde imperam o analfabetismo, as superstições e muita crueldade.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.