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Trava. Bloqueio. Confronto. Flagrante. Esta é a história do gatinho amarelo que, ainda sem juízo, "entrou na conversa" do gatinho cinza e se deu muito mal.
Os fatos ocorreram há algum tempo, numa cidade não tão muito grande, mas bem famosa.
Foi assim:
Numa noite tranquila do interior o gatinho amarelo resolveu passear. Ele percebera que a ausência de movimento ali na sua casa era bastante chata e por isso, depois de lamber as patas dianteiras, pôs-se a caminho da calçada.
Ele andou lentamente pelos lugares conhecidos e, achando que não encontraria nenhuma novidade naquela incursão, parou na esquina, onde estava um outro gatinho. Este era cinza e, sentado sobre as patas traseiras aguardava, há algum tempo, com o olhar sereno, o semelhante que se achegava.
Ao se aproximar o gatinho amarelo informou:
- Que marasmo. Tudo parado, sem novidades. Onde estão as gatas deste lugar?
O gatinho cinzento lambendo a pata dianteira esquerda respondeu:
- Estão todas lá no clube, no centro da cidade.
- Vamos então pra lá - retrucou o gatinho amarelo.
- Imagine! Você sabe quanto custa o ingresso? Só pra entrar é uma nota preta. E depois tem o consumo no bar. Você vai ficar de bobeira com a gata do lado e não vai comer nem beber nada?
- É. Tem que ter algum dinheiro. Eu estou sem nenhum. E você, gato cinza, tem com o que entrar no clube? - quis saber o amarelo.
- Eu não tenho nada. Estou liso feito um sabonete. Mas podemos fazer um serviço que nos renderá algum dinheiro. É meio complicado, mas se der certo a gente vai ver as gatas, na próxima semana.
- Ah, é? Como assim? - interessou-se o gatinho amarelo.
- É o seguinte: está vendo aquele portão marrom ali, bem ao lado daquela sapataria?
- Hã-hã. Quase no meio do quarteirão?
- Exatamente. Lá dentro é uma “auto elétrica”. Sabe esses caras que consertam rádios e toca-fitas dos carros? Então. Lá tem um monte de fios, mas uma montoeira mesmo de fios de todas as cores, enrolados.
- Sim, mas e daí? - quis saber o gatinho amarelo.
- E daí que a gente entra lá, pega os fios, e depois vende no ferro- velho.
- Mas quem vai comprar fio velho?
- Não é o fio velho que vale, mas o cobre com que é feito. A gente pega os fios, queima aquela capinha externa de plástico e vende o cobre que custa uma nota preta - completou o gato cinza.
- Será?
- É verdade. Veja só. A rua está sem movimento. Não tem ninguém olhando. A gente pula o portão marrom e pronto. É nóis na fita, mano. Vamos lá?
O gatinho amarelo sentiu medo. Mas como não via outra forma de conseguir o dinheiro para pagar o ingresso no clube onde as gatinhas famosas e bonitas estavam, aceitou o convite.
Bem devagarinho eles se aproximaram do portão de madeira e viram que a altura seria um problema a ser resolvido. Eles não alcançavam a borda superior.
- Eu te ajudo. Vai você primeiro. - cochichou o cinzento - Olha, suba aqui no apoio. - disse ele fazendo um suporte com as patinhas dianteiras entrelaçadas.
O amarelo então subiu no apoio, alcançou a parte superior do portão e com as patas traseiras manteve-se equilibrado sobre o portão.
- Desce pra dentro - murmurou com voz firme o gato cinzento.
O gatinho amarelo olhou para o chão da oficina e viu que era recoberto com pedrinhas pequenas de cascalho.
- Hum... Isso vai machucar o meu pé - pensou ele antes de pular pra dentro da propriedade.
- Pula sua besta! - estimulou o cinzento - Vai que depois eu vou.
Saltando sobre as pedrinhas, naquela noite quieta o gatinho amarelo percebeu que estava entrando numa "roubada". Com a subida do gato cinzento sobre o portão, este balançou fazendo bastante ruído.
- Não faz barulho, seu burro. Quer acordar a vizinhança inteira? - reclamou o cinzento para o amarelo acuado.
- Foi você que fez o barulho, seu retardado - defendeu-se o gatinho amarelo.
- Venha, vamos entrando lá pro fundo. É lá que estão os fios pretos. Tem um monte de rolos deles.
- Espera um pouco. Vou fazer xixi. Esse clima me deixou muito nervoso - disse o amarelo.
- Agora não é hora disso cabeça! - reclamou o cinzento valente.
Os dois gatos, caminhando lado a lado, entraram até o local onde o eletricista tinha a bancada. Havia ferramentas, material elétrico, aparelhos de som, rádios, toca-fitas, fitas e um mundão de coisas amontoadas.
- Nossa, que medo! Vou embora. Olha que vem vindo gente - disse desesperado o gatinho amarelo.
- Que nada, seu burro. Fique quieto. Olha quanto fio a gente pode levar. Isso vai dar um bom dinheiro. Vamos pegar e ir embora.
- Nada disso. Eu vou me mandar. Você está louco, cara? Olha, vem vindo alguém - o gatinho amarelo estava mesmo muito nervoso e desorientado. Na verdade ele estava bem tonto.
- Você já veio até aqui. Vamos continuar e terminar o serviço - insistiu o cinzento.
- Nada. Estou fora - garantiu o gatinho amarelo correndo pelos pedriscos e subindo facilmente sobre o portão.
O gato cinzento vendo que não poderia carregar todos aqueles fios sozinho, foi atrás do amarelo que já estava na rua.
Eles se encontraram defronte ao portão da “auto elétrica”. Conversando baixinho caminharam calmamente até a esquina onde ficaram por alguns momentos.
- Mas, cara, como é que você vai arranjar dinheiro pra entrar no clube e namorar as gatas lindas? - queria saber o cinzento.
- Estou com um medo do caramba. Não posso fazer isso.
- Vamos voltar e fazer a coisa bem feita. Venha que vai dar tudo certo.
Sem poder dizer não e impossibilitado de livrar-se do cinzento catinguento, lá foi o amarelo levado pela conversa do equivocado.
Depois de subirem novamente no portão, de pularem pra dentro da propriedade alheia, de pegarem dois ou três rolos de fios, desceram os dois para a calçada defronte ao estabelecimento.
Mas quando estavam ainda distraídos foram ambos surpreendidos pelo dono da oficina que os flagrou no delito.
O gato cinzento correndo muito conseguiu escapar, não acontecendo o mesmo com o amarelo que, seguro pela vítima do furto, deu-lhe uns tabefes, fazendo-lhe em seguida muitas perguntas sobre quem era, onde morava, quem seriam seus pais e o que faria com o material surrupiado.
Envergonhadíssimo e pedindo muito ao homem que o soltasse, o gatinho amarelo prometeu que nunca mais faria aquilo.
Quando entrou em casa, naquela noite, a mãe do gatinho amarelo, percebendo que algo estranho acontecera com o filhote, disse tranquilamente:
- Diga-me com quem andas, meu filhote, que eu te direi, com muita segurança, quem és.
(Texto revisado).
29/07/2013
Criança mimada não deixa de ser um problema. Chega um momento da relação genitora filho, por exemplo, que diante do "emburramento" do guri, a mãe, às vezes, vê-se obrigada a prometer coisas ou a fazer concessões nem sempre legais.
Quando as vontades se opõem, e a fim de obter a anuência do infante, se a mamãe concordar com os desejos feridores dos direitos alheios, sinalizará uma certa fraqueza moral, servindo também de exemplo negativo para a criança que tenderá, no futuro, a repetir o comportamento.
Essas atitudes complacentes da mamãe contribuirão também para a má formação do seu descendente, se diante das situações conscientes de cleptomania, não corrige o filho, no momento exato do deslize.
O senso de justiça da progenitora responsável, certamente rejeitaria, por exemplo, que o filho, tomado pela paixão avassaladora, tentasse levar para casa um cachorro que lhe aparecesse pela frente, na rua, durante um passeio.
E não deixa de agravar a situação, a atitude materna que ao invés de reconhecer o erro, procura atribuí-lo a quem não tem nada a ver com o babado.
É claro que o quadro se complicaria ainda mais se o tal cachorro é mal tratado e ainda por cima abandonado na rua.
Seria muito mais fácil para a mamãe "bondosa" suportar as crises de teimosia do filhote mimado, do que aguentar depois, todas as consequências terríveis da sua benevolência.
Há quem ache que não pagar o café consumido num balcão seja semelhante a levar, “às ocultas”, no porta-malas do carro, o cachorrinho estimadíssimo por seu dono legítimo.
O reconhecimento do equívoco, tanto pela mamãe quanto pelo filhote, e o firme propósito de não cometê-lo novamente, contribuiriam para a vivência de momentos mais livres das influências negativas que certamente procurariam tirar proveito do caso.
Existem mulheres que, para vingar-se das surras dadas por maridos alcoólatras, enfeitam-lhes a testa com galhadas imensas.
Mas isso já é outra história e fica para uma nova oportunidade.
Para atazanar a vida, a saúde ou o bem estar de uma pessoa que se destaca, a excrescência vale-se de todas as formas.
A utilização de tudo o que desassossega é a regra norteadora de quem não se sente muito bem com a luminosidade alheia.
Acredite que até o vodu serve de meio pra atingir a felicidade de uma pessoa linda, sarada, deliciosa e de bem com a vida.
É claro que se deve saber que as lesões causadas pela atividade física constante e intensa, se não passam com o uso dos medicamentos, tornaram-se, provavelmente crônicas.
Então seria bom que a prática do vôlei, do tênis, do ciclismo, da corrida ou de outro esporte, se limitasse de modo a não agravar o desconforto.
Mas que o olho grande quebranta a pessoa, nem duvide. Existem porém as formas tradicionais de lidar com esse tipo de problema.
Uma delas é a adoração do sagrado, do divino; em outras palavras, a louvação daquele que lhe possibilitou receber toda essa formosura e beleza: Deus.
Afinal, o que é que temos que não seja dado por Ele? Então louvando, bendizendo e agradecendo ao Criador do Universo pelas graças recebidas, seguiremos adiante enquanto ficam pra trás, estagnadas, as tolices da maledicência boba.
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