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Em sendo considerada abusiva a greve dos metroviários, a empresa que os emprega, possui agora a legitimidade para as demissões.
Isso tudo porque ninguém, em sã consciência, concordaria em viver, por tanto tempo, no meio aos transtornos.
Se o motivador dos grevistas - mantedor da postura hostil - é o discernimento sobre os fundamentos que embasariam a legalidade dos atos antissociais, não lhes é claro, as demissões, as multas milionárias e os inquéritos, por desobediência civil, podem ser bem convincentes.
A aplicação das penas da lei, neste caso, serve de ensinamento do que é certo e errado.
Nada mais sábio, no presente momento, do que o emprego da "pecunia doloris", ou seja, das penas pecuniárias aplicadas aos sindicatos que, por desconhecimento das regras, ou rebeldia irracional, promoveram esse tremendo bafafá, prejudicando a quem não tem nada a ver com a quizumba.
Sanções administrativas, fiscais e penais, fundamentadas nos fatos e na legislação vigente, teriam o condão de conduzir à pacificação.
Essa balbúrdia observada prova que alguma coisa básica, de princípio, de ética, não está bem postada. Algo está em lugar errado e no momento errado.
Água e óleo não se homogenizam; bagunça e progresso são excludentes.
É claro que as instituições todas dariam o maior apoio à indignação dos grevistas, caso tivessem eles razão. Mas não têm.
Laboram em erro, em equívocos, todos causadores dos danos gravíssimos à sociedade. A legalidade serve para ensinar o que é certo e também o que é equivocado, nessas atitudes diruptivas, ruinosas.
Você, meu querido leitor, não deve deixar de considerar a existência da mentalidade enganosa, confusa, componente da personalidade baderneira de alguns politicos-sindicaistas promovedores desses desarranjos todos.
Com um bom "pé na bunda" dos inconformados, adeptos da desordem, da depredação, da violação do sossego, do trabalho e da paz social, mantêm-se a estrutura constitucional do país e a coesão social.
Quem manda não é o mais forte, o mais violento, o mais brigão. Quem manda é a lei.
Se assim não fosse inexistiria razão para a manutenção de tantos vereadores, deputados estaduais, federais e senadores.
Se assim não fosse não haveria razão para o sustento dos tribunais, juízes, promotores e da estrutura judiciária.
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