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É claro que Piracicaba merece muito mais do que recebe atualmente do Governo do Estado.
Por que municípios como Americana, Capivari, Limeira, Santa Barbara D´Oeste e Campinas teriam mais privilégios do que a "Noiva da Colina"?
Afinal não seriam todas elas iguais perante a constituição estadual e federal?
Um presídio para 700 ou mais condenados, e alguns milhões de rais, destinados ao investimento na saúde pública, não seriam suficientes na demonstração do respeito pela importância econômica do lugar.
A cidade produz muito e por isso quer ser reconhecida. Talvez moções de louvor emitidas pela Assembleia Legislativa do Estado ou um galardão especial do executivo estadual, sejam suficientes para a melhoria da autoestima.
Mas com o que tem a cidade não está contente. Parece que falta alguma coisa. Seria mais dinheiro?
A urbe abriga uma fábrica de automóveis, outra de tratores, produz muita cana, álcool, açúcar, tem dezenas de usinas, mas mesmo assim os discursos no plenário do legislativo demonstram que ainda há certa carência.
É claro: sempre há os mais chatos a lembrar de que já seria passada a hora da eterna noiva casar-se.
Mas há também os que contestem: antes tarde do que nunca. Não é verdade?
Quem sabe a nomeação de um piracicabano destacado, ilustre mesmo, para o cargo de Papa não afagaria de forma satisfatória a atacadíssima autoestima da urbe?
A cidade que, por meio das suas instituições públicas homenageia tanto, merece, com certeza, muitas e muitas homenagens.
Talvez a efetivação de um politico emérito de Piracicaba para o cargo de... Digamos chefe de gabinete do presidente Obama não seria suficiente para massagear o ego da execrada?
Já pensou o ex-prefeito Barjas Negri aparecendo ao vivo na CNN, em rede para o mundo todo, na qualidade de porta-voz da Casa Branca, anunciando a visita de Bill Clinton ao Fórum de Piracicaba?
Ou o deputado federal Antônio Carlos Mendes Thame sendo nomeado, por seu notável saber agronômico, pedagógico e político como o mais supimpa, importante e rico primeiro ministro da Inglaterra?
Nossa! Seria a glória.
Quem espera sempre alcança.
Corno é corno e não tem conversa. As reações diante da consciência do fato é que variam muito.
Tem aquele que fica vermelho que nem um peru, entregando-se ao álcool e ao tabaco, procurando depois a separação na justiça; tem aquele que, bastante irado, busca armar ciladas para matar o amante da traidora; tem aquele que dá uns sopapos na tal, diante de todo mundo, conseguindo com isso, nada mais do que um escândalo e muita briga na justiça; tem aquele que finge que não é com ele e tem também aqueles que substituem a vergonha e a humilhação públicas pela condição de homicida.
Sim, meu querido amigo leitor, há quem prefira trocar toda a sua raiva pela certeza de que a malvada morreu, do que recomeçar um outro bad romance objetivando sublimar a frustração maligna.
Um caso típico de cornitude você vê em Gabriela, novela exibida pela Globo, na qual o Coronel Jesuíno Mendonça (José wilker), é traído por sua legítima esposa a Sinhazinha Mendonça (Maitê Proença), que cansada da grosseria do marido, bota-lhe as galhadas homéricas com o dentista Osmundo Pimentel (Erik Marmo).
Nem todas as frustrações causadas por traições podem virar arte. E saiba que a legítima defesa da honra autorizaria atos extremos contra a vida. Pelo menos é o que prevê o atual Código Penal.
Não é à toa que os legisladores procuram agora, depois de tanto tempo da vigência do Código Penal, (ele é de 1940), adaptá-lo a nova realidade brasileira.
A Lei Maria da Penha é específica para a proteção da mulher que sofre agressões dentro do lar, praticadas por homens bêbados, doentes, e frustrados.
Os desentendimentos diários, a ausência de carinho e muita agressividade, componente também do machismo, levam a agressões contra a mulher que, às vezes, não tendo outra forma de se vingar do agressor, atraiçoa-o como castigo.
Vimos recentemente, pela televisão, o caso célebre do ator de "Crepúsculo’ Robert Pattinson, cuja mulher Kosten Setwart, foi flagrada aos beijos com o diretor Rupert Sanders.
Esse caso hollywoodiano ainda não terminou, e o traído, segundo os sites especializados, deseja agora ter uma conversa de homem para homem com o traidor, que teria lhe ferido a honra.
Já no Rio Grande do Sul uma série de cinco homicídios praticados por homens traídos, chama a atenção da sociedade sobre a gravidade das traições, das provocações e da violência.
Com facadas violentíssimas ou tiros certeiros, os homens que não conseguem sublimar a frustração, o ódio e o desespero suscitados pela dissídia, lavam com o sangue da vítima, a honra ultrajada.
As separações podem hoje ser feitas nos cartórios de notas, com a simples presença dos interessados. Apesar de todas as vantagens de viver com alguém, há sempre quem diga que "antes só do que mal acompanhado", seja a melhor solução.
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