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Burro que nem uma porta

por Fernando Zocca, em 14.05.13


Só mesmo a deficiência intelectual, consequência dos equívocos genéticos sérios, explicaria a incapacidade que algumas pessoas teriam, para compreender que estariam redondamente erradas, ao não obedecerem a legislação vigente.

Antigamente, quando a pessoa era "dura de entendimento", dizia-se "fulano é burro que nem uma porta". A porta tem muito disso, de ir e vir, sem nunca sair do mesmo lugar.

Ou seja, todos explicam, ou tentam explicar para o sujeito que ele, pra fazer determinada coisa, na sociedade, precisa suprir esta ou aquela exigência, providenciar este ou aquele documento, mas o mentalmente prejudicado, não consegue assimilar o conceito, promovendo, por causa disso, muita agitação. 

A família inteira entra na balburdia tentando adivinhar, com palpites mil, o que fazer pra sair da tal sinuca de bico.

Até o tiozinho gay que, não contendo os chiliques histéricos, diria ao sair correndo da reunião improvisada dos parentes:

- Socorro, que meu feijão vai queimar!

Mas falando sério... A irracionalidade chega a ponto de transformar a própria omissão, ou mesmo negligência, no cuidado dos trâmites burocráticos, em culpa de quem não tem nada a ver com a quizumba.

Esse tipo de estupidez mental pode transformar-se em tijoladas desferidas nas esquinas, tentativas de agressão física, e maledicências.

O problema é que, em havendo "autoridade pública", tipo vereador oportunista e despreparado que, assumindo a quizila, pode comprometer-se, ao tentar dar os seus jeitinhos.

Sabe-se que a somatória dos tais jeitinhos termina, não raras vezes, em tragédias como aquela de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. `Por isso além de, com o devido respeito, "queimar o filme" do tal político, os jeitinhos, com certeza, comprometerão a boa fama, que por ventura possa ter o partido.

Agora, quem é que explica, para os cabeças-duras, que não adianta espernear, murmurar ou maldizer?

Se o interessado não consegue safar-se dos entraves burocráticos, por absoluta ausência de tino, como poderia oferecer serviços de boa qualidade para outrem?

Não agiria com bom senso o sujeito que, ao invés de reclamar, queixar-se e maldizer a própria sorte, tentasse suprir, com muita calma naqueles balcões, as exigências das posturas municipais?

Olha... Tem muita gente que considera aquele antigo adágio popular, aplicável ao caso, "quem muito fala pouco faz"  acertadíssimo.

Eu também.

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publicado às 13:14

As Gazelas Assustadas

por Fernando Zocca, em 16.01.13


 

A ignorância, a má educação, a grosseria e a incivilidade são sempre os resultados de alguma coisa. E esta não poderia ser outra do que a politica vigente numa localidade.


Se os mesmos políticos, dedicados há décadas, a desenvolver planos, traçarem metas e a dirigir os destinos das pessoas, numa determinada região, estão atentos única e exclusivamente às questões relativas às obras que envolvem o cimento, o tijolo, a areia, e o concreto, com certeza neste local, não haverá bons modos e nem tantas gentilezas.


E onde impera a estupidez, o turista geralmente, não é bem recebido. Pode ter a certeza.


Veja então que se o tal gabinete se dedica a atender aos usuários dos transportes individuais, gastando o tempo, o dinheiro e a paciência do cidadão com asfalto, pontes, viadutos e prédios voluptuosos, não poderá satisfazer as demais necessidades da população, relacionadas aos transportes públicos, à segurança, à saúde, e nem mesmo à educação.


Desta forma a selvageria, a incivilidade e a estupidez, tornam-se notáveis características, que destacam grande parte da fauna da região.


Estudos psicológicos apontam que a incivilidade e a grosseria, além de serem manifestações do inculto, teriam por base a personalidade frágil, sensível e bastante medrosa.


E essas reações animalescas, bem selvagens mesmo, nada mais seriam do que os jeitos próprios de se defender, daqueles muito delicados, que se sentiriam ameaçados.


E não deixa de haver quem creia e diga que, debaixo da pele de todo machão amedrontador, existe sempre uma gazela assustada.


É impossível não relacionar a incivilidade com a deficiência intelectual, e esta, com as más formações genéticas, resultados dos cruzamentos consanguíneos.


É certo que se pode muito bem civilizar idiotas. Educá-los. Mas se os governos só gastam dinheiro com pontes, viadutos e concreto isso é praticamente impossível.


Piracicaba que o diga.

 

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publicado às 19:33

As Tais Almas Angustiadas

por Fernando Zocca, em 15.12.12

 

 

 

 

Só o amor constrói. Não é o sibilo da serpente ou a chibata do feitor; não são as pancadas do odiento, nem a agressão do vociferador.


Não é a teimosia do perseguidor, nem a luxúria ou as traições da concubina. Só o amor, o afeto pode construir.


O amor não agride, não maltrata, não procura sufocar ou destruir. A compreensão pode curar as doenças da alma, fazer ler o analfabeto, dissolver as maldades da superstição.


Os maus humores perenes, doentios, patológicos são amenizados pelos gestos de afeto, respeito e consideração. Há quem diga que até mesmo a idiotia, resultado dos incestos covardes e vergonhosos, diluir-se-ia com o amor.


Será?


O amor de mãe, incondicional, livraria da culpa o filho que, com a própria irmã, satisfaria a luxúria atormentadora da alma e da carne miseráveis.


Por que as revoltas danosas, das relações incestuosas, não haveriam de sanar-se ante a complacência e as bênçãos do divino perdoador?


Não restaria coragem, aos amantes consanguíneos, para num momento de sanidade salvadora, comunicarem as alegrias e os prazeres que o relacionamento secreto lhes proporcionou durante tanto tempo?


Seria o temor das condenações horripilantes da sociedade insensível, a verdadeira causa do ocultamento deste afeto tão importante e saciador?


Que possa o criador do mundo fazer vir a lume a tão bela história, que no passado não muito distante, fez repousar em berço esplêndido, as tais almas hoje angustiadas.


Seria muito condenável, pedir a paz também, aos perturbadores amantes incestuosos?

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publicado às 12:51






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