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A língua descontrolada não deixa de ser uma tremenda chateação. E tudo fica mais angustiante ainda quando o portador dessa característica é analfabeto e crente nas superstições.
Há quem entenda o fenômeno como transtorno obsessivo compulsivo, hiperatividade ou que haja a ocorrência de lesão significativa na região do cérebro responsável pela fala.
Quando o paciente tem o vocabulário limitado, por desconhecer o alfabeto, ele repete as mesmas palavras da mesma forma que a impressora de uma gráfica, repete os impressos ao longo do tempo.
Há os que defendem e mistifiquem os portadores, bem como a própria anomalia.
O obsessor, falador compulsivo, busca o controle numa interação, não havendo lógica no seu "discurso"; o alívio da possível tensão minimizar-se-ia com a abstenção da ingesta do álcool, do tabaco e dos estimulantes.
Perceba que o ciúme, atuando como combustível, do portador da doença, torna-o cruel, maldoso e totalmente desprovido de compaixão.
Note que o paciente possuidor dessa afecção, objetivando impressionar as pessoas do seu convívio, controlando-as e obtendo delas o respeito, procura "influenciar" e "dominar" os vizinhos.
Não se pode deixar de admitir que os portadores desse tipo de transtorno sejam deficientes muito mal educados.
Não é incomum, de forma alguma, o aproveitamento dessas situações anômalas por políticos desprovidos de boas intenções. Geralmente as omissões na área da saúde pública e prevenção, ocorrem como retaliação à discordância das opiniões que interessam a eles.
O auxílio de especialistas pode trazer mais conforto para o doente e as pessoas que o circundam.
Sentado sozinho a uma mesa isolada do bar, Van Grogue comia pastel com sorvete.
- Ficou maluco? Ô Grogue, que mistura é essa? - Indagou irônico o Adan Molly que chegava bem entusiasmado ao botequim.
Van levantou a cabeça e, envergonhado respondeu:
- Você também vai ralhar comigo?
Molly voltou-se para o Maçarico que, alisando o tampo do balcão com um guardanapo, e apontando o Grogue com o queixo, girou o indicador da mão direita na altura da fronte. Quando Molly se aproximou o dono do boteco sussurrou-lhe:
- Depois que disseram que o bilau dele parece sorvete, que quando esquenta amolece, ele ficou assim, meio jururu.
- Que mico hein Maça? - gracejou o Adan.
- Uma verdadeira estilingada no bom-senso.
Adan Molly pegou a garrafa de cerveja e o copo que lhe dera o Maçarico e caminhou em direção à mesa do Grogue perturbado.
- É verdade que te internaram num manicômio Van?
- Hã hã. - respondeu, envergonhadíssimo, o mais famoso pingueiro de Tupinambicas das Linhas. Então ele continuou:
- Tinha um enfermeiro lá dizendo que ia injetar gás na minha cabeça só pra tirar um raio X. É mole? Ele era malvado. Amarrava-me na cama e punha um soro no meu braço que me fazia sofrer muito.
- Mas por que ele faria mal pra você? - Quis saber o Adan Molly.
- Vingança. Eu fiquei devendo alguns meses de aluguel para outro enfermeiro que era primo dele.
- Nossa! Impressionante. Como é que você descobriu isso tudo?
- Sabe aquela borracha que se usa pra amarrar o braço quando se tira a pressão da pessoa? - continuou o Van choroso.
- A tripa de mico?
- É essa mesmo. Então… O cara esticava e soltava a borracha contra os meus braços e as minhas costas; era cada borrachada que eu vou te contar; doía tanto que eu tinha de sair correndo.
- Mas quem era o enfermeiro? - perguntou Adan Molly bebendo com satisfação a cerveja geladíssima.
- O que me agrediu eu não conhecia. Mas aquele de quem aluguei a casa tinha sido condenado por homicídio. O cara ficou preso durante dois anos. Ele fez um aborto numa empregada doméstica que morreu.
- Mas por que você alugou a casa justamente do assassino? - indagou Adan Mollly.
- Porque eu não sabia.
- E essa história do bilau?
- É brincadeira. Sou macho pra caramba.
- Será?
Depois que tomou o sorvete, comeu o pastel e ouviu do Maçarico a resposta negativa, para a sua indagação sobre a existência de peixe frito pra vender, Van pagou a conta e saiu do bar.
Ele permaneceu parado no ponto de ônibus por pouco tempo. Grogue entrou no coletivo, pagou a passagem e preguntou ao cobrador se aquele carro passaria defronte ao zoológico.
- Pergunte para o motorista. - respondeu com rudeza, o cobrador.
Grogue então, por causa do ruído do motor, falando em voz alta ao motorista, quis saber se ele pararia perto de um ponto, próximo ao zoológico.
Van desceu e andando duas centenas de metros chegou ao jardim zoológico onde viu a águia, o leão, e o burro.
Depois, caminhando de volta ao ponto de ônibus, viu de longe, que já havia um parado ali.
Ao entrar no coletivo ele notou um pedaço de papelão deixado sobre o primeiro degrau. Não muito distante o motorista falava ao celular:
- Gritou sim. Gritou feio com um colega nosso.
Van desconfiou que aquilo não deixava de ser mais uma trança que se formava à sua passagem.
28/08/2012
Muitas coisas podem proporcionar satisfação efêmera, que no entanto, produzirão arrependimento para o resto da vida.
Maria da Graça Xuxa Meneguel estrelou, em 1979, o famoso filme Amor Estranho Amor, considerado na época como alternativa para impulsionar-lhe a carreira que principiava a decolar.
Hoje, passados tantos anos e depois de ter amadurecido bastante, ter tido uma filha maravilhosa, ter-se dedicado de corpo e alma a benemerência, ela não deixa de tentar impedir, nos tribunais, que a tal produção seja exibida ou divulgada.
Se por um lado os motivos, que a levaram a participar do filme, eram muito fortes e prementes, hoje a tal obra, indiscutivelmente deporia contra ela e a todos os seus próximos.
Lutando contra uma espécie de "teu passado te condena" Xuxa e os demais que praticaram atos, hoje considerados constrangedores, vêem-se desgastados, tentando apagar ou suprimir aquilo que lhes deu muito prazer.
Teria sido necessário e prazeroso posar nua para fotos e participar de filmes considerados eróticos ou pornográficos?
É claro que a resposta positiva e todas as consequências posteriores não podem agora simplesmente desaparecer do passado.
Tudo bem que se deve esquecer as coisas de outrora e partir para as conquistas futuras, mas será que todas as demais pessoas envolvidas naqueles projetos salvadores, também pensariam assim?
Não é à toa que a sensatez, a boa moral, prega a digamos... santificação, das pessoas. Mas por quê esse interesse?
Não se pode negar que as atitudes condenáveis tornariam os sujeitos vulneráveis, e quando menos esperassem seriam invariavelmente fustigados a não mais poder.
E perceba o desgaste.
Então você poderia notar, nesses momentos, a veracidade da assertiva "o pecado escraviza". Mas não é?
Na verdade o sujeito estaria criando um "telhado de vidro" pra si mesmo. E a consequência é que isso o limitaria muito. Você com certeza não poderia mais "jogar pedras" no telhado alheio, sem sofrer revides devastadores.
"Amarrando-se" ou tendo o "rabo preso", muito pouco o sujeito poderia fazer ou ter do que participar.
Veja o vídeo em que Xuxa fala sobre o filme Amor estranho amor.
Leia também A História do Pato.
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