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O Transplante de Língua

por Fernando Zocca, em 13.07.11

 

 

 

 

                    Hoje é o dia do Rock. Agora, você já imaginou um roqueiro sem língua? Pois olha que isso é difícil de acontecer. Nos dias atuais nada é impossível.

                    Quando eu era criança um dos nossos vizinhos, morador do casarão da esquina tinha três filhas que viviam subindo na mangueira e goiabeira do quintal.

                    Elas não se importavam muito com o que poderia ver o garoto, que ficava em baixo, olhando pra cima enquanto elas, de saia, capturavam as frutas.

                    Não afirmaríamos que havia nelas a intenção de mostrar as calcinhas, porque quando percebiam que as olhava, com muitíssimo interesse, logo prendiam as vestes entre as pernas.

                    Mas numa tarde, uma delas subiu na goiabeira e não se sabe de que jeito, caiu lá de cima, batendo o queixo num dos galhos. Como a menina estava com a língua entre os dentes, no choque quase houve a mutilação.

                    O órgão ficou seguro por um fiozinho que possibilitou a sutura e a total recuperação, meses depois.

                    A cirurgia foi tão bem feita que era quase imperceptível a cicatriz, mesmo quando olhada de perto, no espelho, que havia sobre a pia do banheiro.

                    As suspeitas médicas de que a jovem teria contundido o baço ou fraturado a clavícula foram logo afastadas, pois os danos do embate se concentraram na boca.

                    Além dos cuidados corriqueiros que se deve ter com ferimentos, a moça precisou usar, por algum tempo, uma bolsa de gelo sobre a face.

                    Quanto ao roqueiro sem língua isso não ocorreria, pois se há transplantes de rosto e também de pernas por que não haveria de línguas?

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publicado às 13:44

Força e perigo da língua

por Fernando Zocca, em 03.06.10

 

 

                               Meus irmãos, não se façam todos de mestres. Vocês bem sabem que seremos julgados com maior severidade, pois todos nós estamos sujeitos a muitos erros.

 

                   Aquele que não comete falta ao falar, é homem perfeito, capaz de pôr freio ao corpo todo. Quando colocamos freio na boca dos cavalos para que nos obedeçam, nós dirigimos todo o corpo deles. Vejam também os navios: são tão grandes e empurrados por fortes ventos! Entretanto, por um pequenino leme são conduzidos para onde o piloto quer levá-los. A mesma coisa acontece com a língua: é um pequeno membro e,  no entanto se gaba de grandes coisas.

 

                   Observem uma fagulha, como acaba incendiando uma floresta imensa! A língua é um fogo, o mundo da maldade. A língua, colocada entre os nossos membros, contamina o corpo inteiro, incendeia o curso da vida, tirando a sua chama da geena. Qualquer espécie de animais ou de aves, de répteis ou seres marinhos são e foram domados pela raça humana; mas nenhum homem consegue domar a língua. Ela não tem freio e está cheia de veneno mortal. Com ela bendizemos o Senhor e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. Da mesma boca sai a bênção e a maldição. Meus irmãos isso não pode acontecer! Por acaso, a fonte pode fazer jorrar da mesma mina água doce e água salobra? Meus irmãos, por acaso uma figueira pode dar azeitonas, e uma videira pode dar figos? Assim também uma fonte salgada não pode produzir água doce.

 

Tg 3, 1-12.

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publicado às 19:32






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