Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Informação e entretenimento. Colabore com a manutenção do Blog. Doe a partir de R$ 10 depositando na conta 0014675-0. Agência 3008. Caixa Econômica Federal.
Em sendo considerada abusiva a greve dos metroviários, a empresa que os emprega, possui agora a legitimidade para as demissões.
Isso tudo porque ninguém, em sã consciência, concordaria em viver, por tanto tempo, no meio aos transtornos.
Se o motivador dos grevistas - mantedor da postura hostil - é o discernimento sobre os fundamentos que embasariam a legalidade dos atos antissociais, não lhes é claro, as demissões, as multas milionárias e os inquéritos, por desobediência civil, podem ser bem convincentes.
A aplicação das penas da lei, neste caso, serve de ensinamento do que é certo e errado.
Nada mais sábio, no presente momento, do que o emprego da "pecunia doloris", ou seja, das penas pecuniárias aplicadas aos sindicatos que, por desconhecimento das regras, ou rebeldia irracional, promoveram esse tremendo bafafá, prejudicando a quem não tem nada a ver com a quizumba.
Sanções administrativas, fiscais e penais, fundamentadas nos fatos e na legislação vigente, teriam o condão de conduzir à pacificação.
Essa balbúrdia observada prova que alguma coisa básica, de princípio, de ética, não está bem postada. Algo está em lugar errado e no momento errado.
Água e óleo não se homogenizam; bagunça e progresso são excludentes.
É claro que as instituições todas dariam o maior apoio à indignação dos grevistas, caso tivessem eles razão. Mas não têm.
Laboram em erro, em equívocos, todos causadores dos danos gravíssimos à sociedade. A legalidade serve para ensinar o que é certo e também o que é equivocado, nessas atitudes diruptivas, ruinosas.
Você, meu querido leitor, não deve deixar de considerar a existência da mentalidade enganosa, confusa, componente da personalidade baderneira de alguns politicos-sindicaistas promovedores desses desarranjos todos.
Com um bom "pé na bunda" dos inconformados, adeptos da desordem, da depredação, da violação do sossego, do trabalho e da paz social, mantêm-se a estrutura constitucional do país e a coesão social.
Quem manda não é o mais forte, o mais violento, o mais brigão. Quem manda é a lei.
Se assim não fosse inexistiria razão para a manutenção de tantos vereadores, deputados estaduais, federais e senadores.
Se assim não fosse não haveria razão para o sustento dos tribunais, juízes, promotores e da estrutura judiciária.
O que há de semelhante entre a loja de armarinhos do seu Mané, fechada pelo poder público, e o paraquedista que pula, não encontrando resposta positiva do equipamento?
Ambos, tanto o comércio do seu Mané, quanto o paraquedas, contém irregularidades; seus titulares desejam ardentemente abri-los, se possível, safando-se da situação criada, sem dúvida nenhuma, pela negligência.
O comerciante agindo com inteligência, bons modos e muita educação, pode adequar a pessoa jurídica, do seu estabelecimento, às normas que regulam a matéria. Se for esperto atentará para as disposições municipais, estaduais e até as federais, pagando as multas, taxas e impostos decorrentes da lei.
Já o paraquedista, que salta sem a observância das normas de segurança, tem poucas chances de uma aterrissagem tranquila.
Às vezes você reclama das tantas e tantas exigências legais que, sem razão, considera descabidas. Mas depois das ponderações, pode concluir que nada é feito sem vários propósitos benignos.
A desatenção com que agiram o seu Mané da loja, e o paraquedista, os levou a situações (a princípio evitáveis) danosas contra eles mesmos.
Perceba que o menosprezo pelas regras de segurança pode causar prejuízos materiais de grande monta, lesões corporais, mortes e muito sofrimento.
Se o seu Mané tivesse mais cuidado, fosse mais zeloso, atencioso, não suportaria os lucros cessantes a que se submete agora.
Tanto a loja do seu Mané quanto o paraquedas do seu João, seus problemas, soluções e benefícios, são questões deles mesmos e por eles devem ser resolvidos.
Mas e o famoso “jeitinho”, perguntaria meu arguto leitor. Não duvide meu nobre, que a somatória de muitos e muitos jeitinhos pode culminar em tragédias terríveis.
Sempre é melhor prevenir do que remediar. Não é verdade?
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.