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Do jeito que a coisa vai indo é previsível que o tal transforme-se em lobisomem dentro de pouco tempo.
E esse prêmio aconteceria, é claro, em decorrência das atitudes dele, muito mais apegado às alegrias que lhe dão os transtornos causados aos outros.
O sujeito achou que deveria inovar a escrita comum. Então ao invés de seguir o preceito "se não ajudar, pelo menos não atrapalhe", o odiento decidiu não auxiliar, e ainda por cima, embaraçar o contexto da situação.
Avisado ele foi. Talvez quisesse reinventar a roda ou redescobrir o fogo. E as consequências não deixariam de ser outras.
Da mesma forma que o trabalhador aprende a usar o martelo sofrendo pancadas nos dedos, o tal só daria valor aos bons ensinamentos, depois que passasse alguns anos insones, com o corpo coberto por tufos e tufos de pêlos, a perambular pelas ruas, uivando nas noites de lua cheia.
Mas faz parte do progresso pessoal o aprendizado de que é desejando o bem, evitando as crueldades, que receberá dos outros, os benefícios dessas atitudes.
Quem vive a plantar ventos, não pode colher outra coisa que não seja tempestade.
Mas não é?
A ausência de compaixão não deixa de ser, para os especialistas, um sinal de que a tal personalidade seria bastante insensível; que o bem-estar, a saúde e o sossego alheios, não são muito importantes para ele.
O retorno a um estágio mais primitivo, talvez fosse indispensável ao querelante obstinado, para que aprendesse a valorar a pessoa dos próximos.
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