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Despertadores Matam Sonhos

por Fernando Zocca, em 10.09.12


 

Em cidade pequena quase todos se conhecem, pelo menos de vista. Essa familiaridade implica em conhecimento dos hábitos relacionados a tudo.

 

Dessa forma não é exagero afirmar que as preferências alimentares, e as reações a determinados estímulos, não sejam do saber dos vizinhos.

 

Se você está em Roma deve agir como os romanos. Mas se você está num bairro cercado por idiotas, o não comportar-se como tal, pode distingui-lo, e isso gera, inclusive, bastante ciúme.

 

Então, as atitudes hostis prevalecerão no entorno do menos estúpido, com o objetivo de afastá-lo do lugar.

  

A concentração do lúmpen torna o quarteirão bastante sujo, com a qualidade do ar comprometida, depredações, pichações, furtos e agressões.

  

A incapacidade dos vereadores, prefeitos e demais autoridades em revitalizar certas áreas, faz com que a deterioração se alastre pelo bairro todo, tornando a qualidade de vida bem medíocre.

 

Na verdade não há interesse dos políticos, que vivem do superfaturamento das obras públicas, em melhorar o nível de vida das pessoas, nos bairro periféricos. Isso não lhes daria visibilidade e por consequência não lhes traria votos.

 

Para essas pessoas que enriquecem com o dinheiro destinado a pontes, viadutos e edifícios públicos, quanto menos instrução e informação o eleitor tiver mais facilidade haveria para a permanência dos modos de vida oportunistas.

 

Então, numa sociedade que tem líderes obscurantistas, dizer que "despertadores matam sonhos", não teria outro significado que não fosse "a instrução pode acabar com a alegria dos corruptos", aliás, há décadas no poder.

 

Os antigos senhores de engenho, escravocratas, hoje nos mais altos postos governamentais de Piracicaba, podem até tolerar a presença de todos, desde que sejam concordes com tudo o que lhes é dito.

 

Entretanto a partir do momento que que há discordância, o autoritarismo entra em ação objetivando o abafamento das opiniões contrárias.

 

Nesse contexto julgo que a cordialidade, a boa educação e o respeito entre as pessoas devem ser muito mais importantes do que qualquer obra pública.

 

É o que eu tenho dito. 

 

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publicado às 12:58

Passeando de Charrete

por Fernando Zocca, em 18.01.12

         Na maioria das cidades do interior não existe aquela agitação típica dos grandes centros urbanos. Geralmente todas as pessoas se conhecem e a vida transcorre com mais tranquilidade.

       Não é raro você encontrar pelo caminho, quando passeia pelos arredores da urbe pequena, pessoas trafegando com veículos tracionados pela força animal.

       É comum você se deparar com alguns cavaleiros, gente que se desloca em carroças e também com charretes.

       Apesar da enorme facilidade para a aquisição de motocicletas e automóveis, ainda há muitas pessoas que não deixam, de jeito nenhum, aqueles hábitos aprendidos na mais tenra infância.

       Talvez esse apego, às coisas dos primeiros anos, ocorra também pela certeza de que recordar é viver. E quem não gosta de rememorar as coisas gostosas daquele tempo em que ainda dávamos os primeiros passos, não é verdade?

       Mas é claro, existem os que não teriam mesmo outra alternativa. Na periferia da cidade pequena há quem tenha mais facilidade em usar charretes do que, por exemplo, a bicicleta, a moto ou até mesmo um automóvel antigo.

       No campo as habitações são mais amplas, arejadas e a aglomeração das pessoas, num mesmo ambiente, pode não ser tão nociva como é nos bairros da periferia.

 


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publicado às 22:11