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Legalidade Rechaça Fuzuê

por Fernando Zocca, em 11.03.13

 

 

 

 

A legalidade rechaçou o fuzuê que o vereador José Antônio Fernandes Paiva (PT), o sindicato dos bancários e um pequeno grupo de estudantes secundaristas, promoveram contra do aumento das tarifas de ônibus.


Os protestos pífios, apesar do barulho, não conseguiram o intento de fazer voltar ao estágio inicial, o preço das passagens, majoradas pelo então prefeito Barjas Negri.


Perturbações do sossego público teriam sido mais eficazes se usassem, os descontentes, uma cadela Poodle que latisse na orelha do prefeito durante vinte e quatro horas, de uma semana inteira de meses seguidos.


Todos aqueles desejosos de pagar menos pelo uso dos ônibus obteriam maior sucesso, se utilizassem também, como forma de pressão, uma banda formada por amadores, que poderia ensaiar música sertaneja na vizinhança do secretário municipal de transportes, durante noites e noites seguidas até altas horas da madrugada.


Mas bater em latas, assoprar apitos e gritar não é uma boa forma de conseguir o que se almeja. O auê serviu mais como show circense, bom para projetar a figura de vereador.


Resultado mesmo que é bom necas de catibiriba. O povo continua pagando os mesmos preços vigentes depois das gandaias.


Se você, meu querido leitor, examinar bem as fotos das matérias publicadas, por este vosso blog mais querido, sobre o assunto, verá que não passou de 360 protestantes, o máximo que a popularidade legislativa responsável, conseguiu juntar.


Aliás, em que pese a intenção dos promotores do evento inconformista, há que se considerar os prováveis prejuízos, perda de tempo e danos causados, pela interrupção do trânsito em vários pontos da cidade.


Olha, não quero ser chato, mas se os organizadores desses banzés-de-cuia inoperantes, pagassem jantares e dessem carona para o pessoal que manda verdadeiramente na cidade, talvez os resultados fossem mais positivos. 

 

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publicado às 01:52

O Embarque

por Fernando Zocca, em 18.05.10

 

                           - Gente, eu vi! Ela estava prestes a embarcar pra Londres, mas deu um problema com o passaporte e a coisa enguiçou. A mulher do outro lado do balcão insistia pedindo coisas fúteis. Eu percebi que minha amiga ficava nervosa com aquela burocracia toda; mas ela não dizia palavra alguma que ofendesse a funcionária.

 

                   - E daí? Conta, conta mais! – implorava a ouvinte atenta nas palavras do Bafão.

 

                   - Bom – continuou ele – Você sabe que nossa amiga é um amor de pessoa. Ela é incapaz de pisar numa barata, esmagar qualquer mosca ou estapear um pernilongo. Entretanto eu notei que ela, de repente fixou o olhar assim, num ponto vago do espaço, sua respiração tornou-se ofegante e ela, pacientemente, mais uma vez, buscou na bolsa a papelada que a funcionária do aeroporto pedia.

 

                   - Ela foi barrada? Não a deixaram embarcar? – o tom de voz da freguesa do Bafão era de ansiedade. Ela acabara de comprar o leite e o pão no boteco mais frequentado do bairro.

 

                   Bafão alisava o balcão com um guardanapo e percebendo o interesse da consumidora continuou:

 

                   - Quase! Quase que não a deixam pegar o avião. O tumulto estava muito forte. Tinha gente que ia prá lá, gente que vinha prá cá, um vozerio, era o inferno. E havia um camarada que varria, sem cessar, o chão do lugar, assim, bem perto dos pés dela.

 

                   - Estranho! – concluiu a mulher que segurava os sacos plásticos continentes de um litro de leite e seis filões. – Mas e daí? – prosseguiu a vizinha – ela pegou o avião, conseguiu embarcar?

 

                   - Bem, eu não posso dizer que ela não embarcou.  Sei que já faz um tempo que não a vejo. Mas na verdade não vi o embarque. As pessoas comentam, dizem que sim, que ela embarcou. Mas não sei se foi numa boa.

  

                   - Olha seu Bafão se ninguém comentou nada pode até ser que o embarque dela tenha sido pacífico. – concluiu a freguesa dirigindo-se para a saída. – Ah, olha – continuou ela – bota essas coisas na minha conta. O senhor sabe, meu salário vem só no fim do mês.

 

                   - Ah, tudo bem, não se preocupe com isso. – Bafão sabia que sua complacência, um dia, o poria em alguma dificuldade.

 

 

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publicado às 20:29