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Teoricamente todos os vereadores juntos representam as intenções de aproximadamente 56 mil eleitores, e é exatamente esta parcela da população piracicabana que roga, ao prefeito Ferrato, o gesto de equilíbrio, de bom senso.
O Ministério Público já solicitou a instauração de processo a fim de elucidar a legalidade do decreto, o abuso no percentual dos reajustes e as condições precárias dos serviços prestados pelas concessionárias.
Os preços cobrados pelas passagens são mais elevados do que o de todas as cidades com o mesmo porte de Piracicaba.
As razões que levaram o então prefeito Barjas Negri (PSDB) a majorar as passagens no dia 29 de Dezembro, não expressam a realidade dos fatos; são incoerentes com as necessidades, tanto dos usuários, quanto das empresas prestadoras do serviço.
Seis protestos públicos promovidos pelo sindicato dos bancários, movimento Pula Catraca, mandato do vereador Paiva e outras entidades representativas da população puderam demonstrar o desagrado que o decreto causou.
A revogação desses aumentos todos significa muito mais do que a vitória ou a derrota no embate das opiniões, das razões: representa um alívio há muito buscado para a população usuária do transporte coletivo desta cidade.
A câmara de vereadores, os milhares de usuários dos ônibus, as 28 entidades sindicais, o sindicato dos bancários e o movimento Pula Catraca, representando mais de um terço da população de Piracicaba pedem ao prefeito Gabriel Ferrato que os atenda com justiça.
Na terra da pamonha, também conhecida como o fim da linha, a câmara municipal, inovando, dará um curso supletivo para os vereadores novatos.
Sem dúvida que, por essa e outras razões, uma parcela bastante representativa da população de Piracicaba, não está nada satisfeita com a atuação dos senhores legisladores.
Tanto é assim que durante a reunião ordinária ocorrida ontem (18), um grupo de manifestantes, expressou a sua indignação, vaiando vigorosamente os parlamentares.
O grupo protestou ruidosamente, exibindo cartazes e bandeiras, contra o aumento dos salários dos legisladores, promovido por eles mesmos.
O enriquecimento conseguido pelos políticos, que lhes será agregado a partir do ano que vem, pode até ser legal, mas é totalmente imoral.
Convenhamos que não seria à toa, que essa decisão administrativa, fez ebulir tanto descontentamento e revolta entre os cidadãos de bem desta cidade.
Elogios fáceis como “Atenas Paulista”, “Paixão” e dezenas de outros, manifestados por comunicadores nas rádios e jornais da urbe a torto e a direito, não teriam outro motivo razoável do que a provável compensação pela mediocridade evidente, que buscam não ver.
O município coleciona milhares de leis reguladoras de todos os assuntos imagináveis. Não haveria, em tese, nada que não tivesse alguma norma que lhe regulasse o dever ser.
Portanto, aos senhores parlamentares, pouco trabalho restaria, em termos de elaboração de projetos de lei necessários, além das sessões solenes, discussões sobre moções elogiosas e questões de ordem infindáveis.
E é exatamente por esse motivo, a discrepância entre o tempo empregado pelo parlamentar e a sua produção, em troca dos vencimentos, considerados excessivos, que se revolta parte da população.
Trocando em miúdos, transformaríamos a questão na seguinte pergunta: por que tanto dinheiro, por tão pouco?
Apesar de toda essa turbulência, provocada pelas decisões do legislativo, queremos crer que a notável insatisfação popular, possa ser passageira.
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