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O cara que casa com puta não tem sossego. Ele precisa provar a toda hora que é o mais macho, o mais rico, o mais esperto e o mais poderoso que qualquer mocinho do quarteirão ou da TV.
Se o fulano, considerado rival, desce a rua a pé, ele o incauto, deve mostrar que é muito mais valoroso, fazendo ostensivamente o mesmo trajeto, mas de carro.
As inquietações do carente afetivo chegam a ponto de atazanar insuportavelmente a tal querida a fim de ela diga quem foi o primeiro a lhe inaugurar o placar quando desfrutava os prazeres da vida fácil.
E você acha que ela vai lembrar?
Essa espécie de cafetão bondoso sofre só de pensar que a sua dindinha nutre afeto pelo galã salvador da novela das 9.
Imagine como ficaria a alma do atormentado se a ela reaparecessem os caras de quem ganhava o dinheiro nas noites quentes dos motéis afastados.
Muita gente duvida, (mas muita gente mesmo), que terapias ou psicoterapias teriam alguma eficácia em serenar a mente tão agitada do cafetão mor da puta arrependida.
Quando desconfia que a mulher o trai, o sujeito passa a desejar toda sorte de doença aos supostos rivais, maldizendo-os incansavelmente.
Cafetão que é cafetão não vai à missa ou faz caridade. O máximo que ele pode fazer é dedicar-se à bruxaria para ver o fim daqueles que detesta.
Não erra quem diz que o tal inquieto não dorme, não se alimenta corretamente e que sua performance na cama, com a parceira rodada, não é lá essas coisas.
Talvez o encaixe da rameira, na família do pimpão, tivesse o objetivo de tirá-la da tal vida amargurada com a qual envergonhava a todos os seus parentes.
Acontece que se esqueceram de lhe dizer que a mudança de status deve ser acompanhada de mudança de atitudes. Assim o que ela fazia durante a vida na prostituição, deve agora ser evitado.
Se a moçoila reside com o mancebão e com ele tem filhos, deve aprender a cumprimentar os vizinhos, dizer bom-dia, boa-tarde e boa-noite.
Jesus Cristo demonstrou a sua preferência pelos pobres, prostitutas, doentes e cobradores de impostos. Entretanto esse fato não deve justificar a impunidade para os crimes cometidos por eles.
É preciso muito cuidado com esses julgamentos antecipados, sem provas ou nada mais que possa servir de base para condenações.
No caso do goleiro Bruno e outros envolvidos com o suposta morte de Elisa Samúdio, é bom tornar a relembrar que todos são inocentes até prova em contrário. É um princípio do direito penal e quando violado, as injustiças são tremendas e praticamente irreparáveis.
Na década dos anos 1930 em Minas Gerais, dois irmãos foram condenados pela suposta morte de um amigo. Um dos acusados morreu na prisão e o outro só foi libertado depois que o suposto morto apareceu. Passou 16 anos na cadeia.
A mãe dos acusados não acreditava no que a polícia autoritária da época afirmava. Na verdade vivia-se numa ditadura militar. Getúlio estava no poder e não havia muito tempo para conversas. O autoritarismo tem essa característica.
A polícia arrancou na “marra” uma confissão inverídica. Para os homens da lei daquele tempo os dois irmãos mataram a vítima que havia acabado de ganhar muito dinheiro com a venda de uma grande quantidade de arroz.
Enquanto os dois condenados sofriam na cadeia, o suposto morto vivia no Estado do Mato Grosso para onde viajara de avião.
Se não me engano até os dias atuais, a família dos injustiçados pleiteia, nos tribunais brasileiros, uma reparação para esse caso, que ficou conhecido como o caso dos irmãos Naves.
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