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Paz na Terra

por Fernando Zocca, em 06.03.14

 

 

Em 1917 Lenin e Trotsky, inspirados pela ideologia de Karl Marx, e comandando milhares de seguidores, instalaram o comunismo na Rússia.

O país passou a chamar-se União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e, segundo consta, até a sua volta ao atual sistema capitalista (na década dos anos de 1980), provocou a morte de 30 milhões de dissidentes.

A simples manifestação do descontentamento com o governo, seus líderes, ou sua política, ensejava prisões e condenações à pena capital.

A tomada do poder, a exemplo do que ocorreu em Cuba em 1959, foi pelas armas. Uma das primeiras providências dos revoltosos foi a de fuzilar toda a família do Czar. 

O confisco dos bens particulares, a proibição das práticas religiosas, com o fechamento das igrejas, e uma severa vigilância contra opositores, marcaram as quase oito décadas do predomínio comunista na Rússia.

Uma das justificativas embasadoras das atitudes revoltosas foi a de que a família imperial, e toda a corte, viviam ostentando o luxo, a riqueza, enquanto a população passava por dificuldades terríveis. 

Sob o regime comunista a União Soviética, destacou-se na II Guerra Mundial, tendo dado início à derrota do Reich alemão, com a vitória sobre as tropas nazistas que, durante 900 dias, sitiaram Leningrado.

A exemplo dos Estados Unidos a URSS auxiliava financeiramente aos governos simpáticos à sua causa.  Desta forma países como Cuba e dezenas de outros na África, recebiam aportes vultosos de numerário, em forma de supervalorização dos produtos que comerciavam.

Assim Cuba vendia à URSS açúcar por preços maiores dos que os praticados no mercado mundial. Comprava gasolina, a preços menores, mantendo a sua condição de satélite soviético. 

Dentre os países que se alinhavam à antiga URSS estava, na Europa, a Ucrânia.  

Com a mudança do regime comunista para o capitalista, o auxílio aos seus antigos simpatizantes foi drasticamente reduzido, quando não extinto.

Diferentemente do que ocorreu com a Cuba de Fidel, a Ucrânia ainda recebia aportes vultosos de dinheiro vindos da Rússia.

O governo de Moscou, por utilizar o território ucraniano, com os seus dutos de gás, injetava grandes somas  fortalecedoras do poder local.

Ocorre que, à exemplo do que aconteceu na Rússia Czarista, o luxo, a pompa, a corrupção e as necessidades insatisfeitas do povo, trouxeram descontentamentos sérios contra o governo ucraniano apoiado por Putin. 

Então revoltosos, simpatizantes das orientações politicas e filosóficas da União Europeia, assumiram o poder, fazendo com que os líderes pró-Rússia deixassem o país asilando-se em território russo. 

O presidente Putin, a pretexto de defender as propriedades Russas na Criméia (parte do território ucraniano), enviou tropas militares que se preparam para ações violentas.

Por outro lado, a União Europeia e os Estados Unidos ofertaram alguns bilhões de dólares ao novo governo ucraniano pró-Europa.

Cremos que as reações agressivas dos russos, ante essas questões como protestos e manifestações diversas das suas orientações, tenham suas raízes na antiga feição dos governos comunistas de agir.

Assim, do  mesmo jeito que houve a mudança da forma de produção, do regime comunista, para a da economia de mercado, do modo autoritário para o democrático, talvez a atual conduta russa também se coadune com os modelos democráticos de proceder. 

Tomara. Deus queira.

 

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publicado às 01:44

Egolatria

por Fernando Zocca, em 15.11.12

 

 

Vladimir Putin, presidente da Rússia. Foto: Internet

É condenável o governo que usa a força militar contra sua população.

O mundo testemunha, há algum tempo, as agressões feitas pelo atual presidente da Síria Bashar al-Assad que utiliza material bélico contra o seu próprio povo.

Sabe-se que a soberba dos saciados, o orgulho desarrazoado, e um conjunto imenso de preconceitos barraria o estabelecimento dos diálogos que, em tese, resolveriam metade, ou mais, de todos os motivos das discórdias, dos conflitos.

Não haveria nada mais inglório do que mudar a insatisfação popular com violências. Isso não seria o mesmo que espancar os filhos por chorarem em decorrência dos inúmeros desconfortos no lar e desmandos do seu pai?

O governo agressivo da Síria tem recebido apoio bélico da Rússia. E esta é governada, de novo, por Vladimir Putin cuja administração resolveu enquadrar a cantora Madonna por ter ela feito uma exibição de protesto numa Igreja ortodoxa. 

Veja que uma das características dos gabinetes autoritários seria não responder ás manifestações populares contrárias, com ações do mesmo nível, isto é, com atuações semelhantes.

Ou seja, aos protestos feitos com a música, encenações teatrais, artigos pela mídia e outros, os opressores respondem com armas de fogo. Isso autoriza a classificar a ideologia orientadora da tal política como primitiva, tosca e bastante subdesenvolvida.

É claro que essa ideologia opressora proporciona, com a proliferação das fábricas e o comércio de armas, o acúmulo de riqueza para quem está no poder, em prejuízo da maioria da população.

Veja que Bashar al-Assad justifica o uso da violência com as alegações de que grupos contrários ao seu governo tentariam destituí-lo do poder utilizando também a agressão bélica.

Se a paz é o fruto da justiça e esta é dar a cada um o que é seu, não haveria algum desequilíbrio material por baixo de tanta revolta?

Não seria mais proveitoso para o progresso da Síria o oferecimento de oportunidades de desenvolvimento pessoal, profissional e afetivo aos seus cidadãos?

É claro que sim. Mas enquanto prevalecerem as orientações ególatras, as situações descompensadas continuarão por muito e muito mais tempo.

E, em assim sendo meu amigo, salve-se quem puder.

 

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publicado às 01:22



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