Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]



O Médico e a Secretária

por Fernando Zocca, em 03.09.13

 

 

 

A vida imita a arte; quase todos sabemos disso. Mas não é errôneo dizer também que a arte imita a vida.


Podemos então concluir que as situações cômicas ou dramáticas assistidas nas obras da teledramaturgia seriam fundamentalmente, espelhadas nas experiências vividas ou testemunhadas dos seus autores.


Por exemplo: o triangulo amoroso entre o médico César Khoury (Antônio Fagundes), a secretária Aline Noronha (Vanessa Giácomo) e Pillar Khoury (Suzana Vieira) na novela Amor à Vida, do Walcir Carrasco, é tão comum que não poderia causar estranheza, mesmo que uma das pontas da tal figura geométrica tenha sido loura, de olhos azuis, recém-casada e que logo depois da patuscada pediu demissão, formando-se em pedagogia.


Quando a “queda” ocorre, geralmente a mulher arrependida procura induzir irmãs ou cunhadas a tal prática com a intenção de ter a quem se referir quando o assunto doloroso lhe tocar.


A cumplicidade pode também amenizar aquele sentimento de unicidade, de ser a única a ter feito o tal ato reprovável na família.


A quem teria praticado o tal deslize não deixa de ser bastante dolorosas as referências ao fato. Daí as atitudes repressivas e cerceadoras daquele que, por meio da arte, expressa os tais momentos antes prazerosos.


Olha, digo-lhe que a pressão para o silenciamento é tão forte e intenso que os angustiados tentam até derrubar-lhe a casa.


Neste momento penso que seja preferível ao equivocado, que aquele que o faz lembrar-se dos seus erros, erre também. O consolo é que ele - artista - falará de si quando referir-se ao prevaricador.


A opressão, muita vez é fundamentada no argumento de que as expressões artísticas serviriam para a disseminação de comportamentos reprováveis é muito mais forte e usual do que a compreensão do chamado livre arbítrio.


Queremos entender o livre arbítrio como a capacidade do discernimento que teria a pessoa comum do povo de escolher entre duas alternativas sendo uma delas boa e a outra muito má.


Por exemplo: quando alguém sugere a outrem que coloque sua mão no fogo ou que salte de um muro onde vive arvorado, acredita-se que ninguém em sã consciência faria isso, pela capacidade que teria de escolher entre o que lhe faria bem e mal.


Nesse sentido seria insano impedir alguém de falar ou criar, argumentando que tal obra levaria pessoas a cometer atos contrários ao senso comum.


Mas você, meu amigo leitor sabe como é: para os que devem e temem, qualquer argumento é válido para embasar comportamentos repressivos.


Quando a personalidade é desse jeitão esquisito, vale até oprimir, com gases mortais, todos aqueles a quem antipatiza.


É claro que toda forma de violência e opressão devem ser condenadas. Assim tanto o ditador que mata seu povo usando gases tóxicos, quanto o vizinho maluco que, a pretexto de defender suas “virgens”, pratica agressão com tinta spray, ou tenta derrubar-lhe a morada, devem ser punidos exemplarmente para que a paz e o progresso subsistam.

  

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 10:40

A Tal Política Soberba e Insensível

por Fernando Zocca, em 22.08.12

 

 

É muito triste não conseguir identificar, na agressão ao monsenhor Jamil Nassif Abib, a ausência da educação, do descaso com a saúde e a deficiência na segurança pública.


Esses valores não são prioridade no município. Aqui o que vale, como todo mundo sabe, é a fábrica de automóveis, o presídio novo, as pontes, viadutos, asfaltamento de ruas já pavimentadas e a magnificência de alguns prédios públicos.


Enquanto isso o salário do funcionalismo desacorçoa os que o recebem e desestimula a quem deseja tornar-se um servidor municipal.


Achei muito esquisito, quando diante da quantidade de analfabetos e analfabetos funcionais na cidade, um professor justificou dizendo que "os alunos não querem aprender".


Daí surge a questão: os discentes não desejam aprender ou haveria a acentuada inabilidade na transmissão do conhecimento? A maior preocupação dos professores, hoje em dia, é o salário.


Com uma situação dessas quem é que consegue pensar em socializar eficientemente?


Sem os bons princípios que a escola pública não transmite a saúde também não teria tanta importância. O uso de drogas e a negligência no trato do próprio corpo, não resultariam em situações muito benignas, inclusive para as pessoas ao redor.


Diante de uma legião de desempregados, moradores de rua drogados e violentos, a cidade que não fortalecer o seu sistema público defensivo, porá em risco a integridade moral, física e patrimonial dos que pagam em dia os seus impostos.


Acontece, meu querido leitor, já dissemos e tornamos a repetir, que o que notabiliza os senhores governantes atualmente, aqui em Piracicaba, não é a saúde, a educação e a segurança públicas, mas sim a fábrica de automóveis, as pontes, os viadutos e os edifícios luxuosos.

 

Então alguém tem que pagar por isso. Infelizmente o monsenhor Jamil Nassif Adib foi o primeiro a sofrer as consequências dessa tal política soberba e insensível.


É bom rezarmos para que os ânimos mais irascíveis se contenham adaptando-se às modernidades.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 13:21

Superfaturando Ambulâncias

por Fernando Zocca, em 24.09.11

 

 

 

                            

Realmente a pergunta que não quer calar, neste sábado, é a seguinte: como é possível um grupo de políticos prejudicar, por tanto tempo, tantos usuários dos serviços públicos de saúde?

             Quem não se lembra daquela operação da Polícia Federal, conhecida mundialmente como Sanguessugas?

             O esquema possibilitava o superfaturamento dos preços das ambulâncias, praticado por integrantes do Ministério da Saúde, quando FHC era o presidente da República.

             Darcy Vedoin, um dos proprietários da empreiteira PLANAN, ao ser preso pela polícia federal, denunciou Barjas Negri, atual prefeito de Piracicaba, então nomeado no ministério da saúde, como um dos responsáveis pela supervalorização das ambulâncias destinadas a mais de 600 municípios brasileiros.

             Diante da gravidade de tais crimes instaurou-se inquérito policial e CPI, mas até hoje milhões de pessoas ficaram sem saber o resultado das investigações.

             Perceba o meu ilustre leitor que o progresso material de alguns políticos medíocres aumenta na exata proporção em que prosperam as desgraças para o eleitor, nos setores de saneamento básico, saúde e segurança, dos locais onde ele atua.

             Assim, quanto mais enriquecido, mais abastado o político, mais mal atendida ficará a população, nas áreas da saúde, educação, segurança e saneamento básico.

             E essa velha história tende a se perpetuar, caso persista a impunidade, geradora de tantos desníveis sociais.

24/09/11     

             

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 21:23

O Beijo

por Fernando Zocca, em 10.01.11

 

Em suas diferentes manifestações, o beijo é a demonstração de afeto mais amplamente difundida pela sociedade. A razão pela qual beijar alguém é uma experiência - quase em todos os casos - agradável, é a quantidade de terminações nervosas localizadas no triângulo formado entre a boca e as narinas. É por isso que cada beijo é uma grande fonte de prazer tanto para quem o dá quanto para quem o recebe.

 

O beijo é a melhor terapia, principalmente para superar a depressão, revelou uma organização britânica. O beijo "estimula a parte do cérebro que libera endorfina na corrente sangüínea, criando uma sensação de bem-estar", destacou a principal agência de terapia sexual britânica, Relate, com sede em Londres, e que no ano passado atendeu mais de 150 mil pessoas no Reino Unido para ajudá-los em suas relações de casal.

A endorfina é o opiáceo natural do organismo, cuja liberação no cérebro causa sensação de prazer, agindo como antídoto para a depressão. Lembrando que os benefícios da liberação de endorfina provocada por um beijo já foram tema de incontáveis documentos científicos, a organização britânica faz um apelo para que as pessoas se beijem mais para combater o desânimo que acomete muitas pessoas após as festas de fim de ano.

 

Estudos anteriores demonstram que os casais no Reino Unido "não dedicam muito tempo ao beijo", pois seu cotidiano é cada vez mais dedicado ao trabalho, informou a organização Relate, especializada em terapia sexual e dar assessoramento psicológico a casais.

Em um documento intitulado "O beijo francês num dia cinzento", a organização enfatiza que os beijos que trazem mais benefício para a saúde e para combater a tristeza não são aqueles em que só os lábios se tocam, sem muita paixão ou emoção. Quanto mais "excitantes" e apaixonados são os beijos, "mais adrenalina é liberada no sangue" e maiores são os benefícios para a saúde, garante a organização britânica.

A sexóloga britânica Denise Knowles, que trabalha como assessora de terapia sexual da Relate, afirma que os benefícios para a saúde de um beijo apaixonado ocorrem porque uma forte liberação de adrenalina causa aumento da pressão arterial e do ritmo cardíaco.

 

Inês Cozzo Olivares

 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 13:11

Trabalho & Lazer

por Fernando Zocca, em 06.09.10

                                               Quando estamos estressados podemos tornar-nos mais sensíveis para determinadas coisas. Por exemplo: a pressão no trabalho, que exige mais produtividade, pode tornar o calor ou os latidos dos cães insuportáveis.

 

                        Então as reações, que em tempos de calmaria, não seriam tão tensas, durante as fases de produção acelerada, significariam mal-estares horrorosos.

 

                        Para quem pode, uma viagem longa resolveria a situação problemática. Se você pudesse sair por algumas semanas veria que, ao voltar tudo estaria mudado. Ou quase tudo.

 

                        Ottawa no Canadá é uma cidade onde a temperatura, na maior parte do ano, favorece o uso de muitas roupas e por isso, não é raro ver em Londres, Paris ou Nova York, as tendências da moda, surgidas naquele país da América do Norte.

 

                        Fazem parte da forma de vida, no mundo ocidental de hoje, a produção e o consumo de bens. Ocorreriam sérios desequilíbrios se, por exemplo, alguém se dedicasse somente ao trabalho e não tivesse momento nenhum voltado ao lazer.

 

                        Por isso é sempre muito saudável o uso do tempo, nas atividades que trazem prazer. Mesmo que isso seja o simples dedilhar do hino do Corinthians no teclado velho.

 

                        Veja no vídeo abaixo, uma sátira à famosa linha de produção, de uma fábrica da década 30, do século XX.

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 14:48

Os ovos de tucano

por Fernando Zocca, em 07.08.10

 

 

              Os eleitores do senhor professor doutor Barjas Negri (PSDB) estão com um sorriso de orelha a orelha. E isso acontece em virtude de estar liderando as pesquisas, de preferência para a presidência da República, a candidata do PT Dilma Rousseff.

 

        Esses fenômenos ocorrem por haver a crença de que quando a presidência da República  está sob o comando dos adversários políticos, tanto o governo do estado quanto a prefeitura municipal de Piracicaba, terão dirigentes tucanos ou aliados.

 

        O traço inconteste que ressalta o governo do PSDB, por tanto tempo seguido nesta cidade, é a priorização das construções que levam concreto.

 

        Então o eleitor percebe a construção de duas ou três pontes, a mexida no traçado original da praça central, o esfalfamento de ruas já calçadas, e a intenção de construir um presídio para mais de 600 condenados.

 

        Enquanto isso o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo reprova, seguidas vezes, as contas da administração, por deficiência de aplicação dos recursos federais na educação das crianças piracicabanas.

 

        Por outro lado são gritantes as reportagens tanto dos canais locais de TV,  quanto dos jornais,  sobre o padecimento do eleitor mais pobre, quando necessita do atendimento nos postos públicos de saúde.

 

        As atitudes autoritárias, distantes, arrogantes e zombeteiras, próprias dos velhos coronéis, viciados em poder, são notáveis nesse grupelho bicudo, que se incrustou nas lides burocráticas do executivo e legislativo há tanto tempo.

 

        Seria exagero dizer que Piracicaba tem governo que faz só para os mais abastados? Não, não é exagero afirmar isso, na medida em que o eleitor percebe serem as ações tucanas dirigidas a quem tem automóvel.

 

        Negociando a vinda de uma montadora sul-coreana de automóveis para a cidade, desejaria dizer o tal governo penado, que a vida confortável, sem esse complemento industrial, já não seria mais possível.

 

        De certa forma, não deixaria de ter razão o tal partido plumoso; entretanto caberia, com certa urgência, saber organizar o atendimento público nas repartições destinadas a cuidar da saúde do eleitor.

 

        É bom que não se esqueçam da educação: gente civilizada gosta.

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 13:46






subscrever feeds