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O vereador Paiva (PT) concedeu entrevista à imprensa hoje pela manhã, durante o segundo ato de protesto contra o aumento das tarifas de ônibus. Foto: monitornews.blog
Aconteceu hoje (12/01) pela manhã, por volta das 9:00, na Praça do Terminal Central de Integração, o segundo protesto contra o aumento das tarifas de ônibus urbanos.
O ato foi promovido pelo Sindicato dos Bancários, mandato do vereador Paiva (PT), e outros segmentos representativos da sociedade piracicabana.
A manifestação popular tem por base o reajuste das tarifas feito pelo ex-prefeito Barjas Negri (PSDB), três dias antes de deixar o cargo.
O manifesto considera o ato de majoração das tarifas um golpe contra a economia popular e contra os eleitores que têm no transporte público, a única forma de ir e vir ao trabalho e lazer.
O cidadão que depende dos ônibus diariamente tem comprometido 30% dos seus salários. A passagem que era R$2,60 em 29/12, saltou para R$3,00. O passe escolar custa R$2,25.
Esse ato administrativo, considerado abusivo, tem provocado indignação manifestada por discursos, passeatas e muito barulho.
Hoje cerca de 500 participantes, depois das considerações sobre a politica extremamente voltada ao fator material da cidade (pontes, viadutos, asfalto, prédios públicos), ignorando os setores (transporte, saúde, educação e segurança) que poderiam melhorar o bem-estar,da maior parte do povo, saíram em passeata de protesto.
A multidão seguiu pela Avenida Armando de Salles Oliveira, subiu pela Rua Ipiranga, tomou a Rua Governador Pedro de Toledo até a Rua XV de Novembro de onde chegou à Praça da Catedral e José Bonifácio.
Depois tomou a Rua Prudente de Morais até a Avenida Armando de Salles de Oliveira, na altura do cruzamento com a Rua XV de Novembro, onde houve a dispersão.
Um princípio de incidente aconteceu na esquina das Ruas Governador Pedro de Toledo com a Prudente de Morais, quando dois guardas civis, pilotando perigosamente suas motos atravessaram a multidão.
Um dos guardas, ao passar, buzinando e acelerando violentamente o veículo, foi atingido por um esbarrão acidental, tendo voltado para o meio do povo unido, acompanhado por outro colega.
Houve um “fecha” sem maiores consequências.
Os estudantes, trabalhadores, donas de casa, pais de família, e usuários do transporte coletivo mostram-se indignados com a total insensibilidade politica do PSDB.
É muito triste não conseguir identificar, na agressão ao monsenhor Jamil Nassif Abib, a ausência da educação, do descaso com a saúde e a deficiência na segurança pública.
Esses valores não são prioridade no município. Aqui o que vale, como todo mundo sabe, é a fábrica de automóveis, o presídio novo, as pontes, viadutos, asfaltamento de ruas já pavimentadas e a magnificência de alguns prédios públicos.
Enquanto isso o salário do funcionalismo desacorçoa os que o recebem e desestimula a quem deseja tornar-se um servidor municipal.
Achei muito esquisito, quando diante da quantidade de analfabetos e analfabetos funcionais na cidade, um professor justificou dizendo que "os alunos não querem aprender".
Daí surge a questão: os discentes não desejam aprender ou haveria a acentuada inabilidade na transmissão do conhecimento? A maior preocupação dos professores, hoje em dia, é o salário.
Com uma situação dessas quem é que consegue pensar em socializar eficientemente?
Sem os bons princípios que a escola pública não transmite a saúde também não teria tanta importância. O uso de drogas e a negligência no trato do próprio corpo, não resultariam em situações muito benignas, inclusive para as pessoas ao redor.
Diante de uma legião de desempregados, moradores de rua drogados e violentos, a cidade que não fortalecer o seu sistema público defensivo, porá em risco a integridade moral, física e patrimonial dos que pagam em dia os seus impostos.
Acontece, meu querido leitor, já dissemos e tornamos a repetir, que o que notabiliza os senhores governantes atualmente, aqui em Piracicaba, não é a saúde, a educação e a segurança públicas, mas sim a fábrica de automóveis, as pontes, os viadutos e os edifícios luxuosos.
Então alguém tem que pagar por isso. Infelizmente o monsenhor Jamil Nassif Adib foi o primeiro a sofrer as consequências dessa tal política soberba e insensível.
É bom rezarmos para que os ânimos mais irascíveis se contenham adaptando-se às modernidades.
Nunca antes na história desta cidade a ideologia política dominante foi tão longe na direção errada.
Esculhambando com o respeito que o governante sério deve ter com o cidadão, esse pessoal do executivo simplesmente arruinou o possível crédito que ainda poderia ter com o eleitor.
Na ânsia louca de tornarem-se perenes, lançaram-se doidamente na construção de pontes, edifícios suntuosos e obras desnecessárias.
Enquanto isso o atendimento nos postos de saúde, nas escolas municipais e nas creches minou-se de tal forma que quase ninguém consegue ser bem atendido.
Verbas imensas são gastas na divulgação dessa política desinteressada no bem estar do eleitor. A promoção pessoal do senhor agente político tem prioridade quando, diante de uma escolha entre beneficiar os moradores de uma periferia ou a imagem própria, escolhe-se o pódio com os flashes da promoção própria.
As manobras eleitoreiras destrutivas, antes usadas com maestria pelos senhores antigos coronéis do engenho, hoje em dia, no tempo da internet, já não teriam o efeito tão avassalador.
O tempo passa muito rápido e com ele, todas as técnicas administrativas da opressão vil, mostram-se cada vez mais ineficazes.
Pode parecer que não, mas a religião é ainda usada, em muitos rincões, na defesa de certas correntes politicas melhor remunerantes.
E veja que a inabilidade patente, na composição dos conflitos sociais no município, teria sem sombra de dúvidas, componentes fortíssimos de desprezo, desdém e preconceito.
O administrador não consegue sair da sua redoma de vidro, deixar o alto do seu pedestal, para saber pessoalmente sobre as causas que lhe corroem as bases do poder que ruirá.
A mentalidade muito antiga, já não permitiria a adaptação aos novos tempos e isso redundaria no fracasso de todas as tentativas de manter-se no topo das preferências populares.
A atenção gasta com a segurança pública nos bairros é tão vergonhosa que as desordens provocadas pelo uso do álcool e drogas ilícitas, são mais frequentes do que se imagina.
De todo o tempo em que essa ideologia do patronato esteve no comando, só nos restou uma certeza: isso não poderia mesmo prestar.
31/07/12
Quem viu a pouca vergonha, conhecida como desvio de dinheiro público, mostrada ontem pelo Fantástico da Rede Globo de Televisão?
A maior parte da população brasileira viu. E creio que até no exterior a matéria foi degustada.
Agora você pode começar a entender como é que um Zé Arruela, que não tinha um gato pra puxar pelo rabo, antes de se meter com a administração pública, agora tem aquele apartamento supimpa, carros importados, amantes em várias cidades, viagens internacionais e outras riquezas mil.
O esquemão, pra quem não entendeu, é esse: por exemplo, quando uma prefeitura deseja, asfaltar algumas ruas chama a empresa CECRAT, que lhe passa os valores do serviço.
O encarregado municipal só aceita a proposta do empreiteiro, quando a entidade concorda em apresentar os valores acrescidos de mais 10 ou 20%.
Executado o serviço e tendo os cofres públicos pagos os valores à empresa, esta repassa então os 10 ou 20% excedentes ao funcionário ou político envolvido na trama.
Todas as demais empresas que também teriam interesse na contratação com a administração são levadas a apresentar preços maiores do que os da primeira, perdendo assim o que seria essa “licitação pública”.
O empreiteiro pode entregar o produto do superfaturamento aos espertinhos, às vezes, dentro de caixas de uísque, de vinho, ou usando outra forma qualquer.
Você que gosta muito de assistir televisão, também fica imaginando de onde sairia tanto dinheiro, doado como prêmio, nesses programas populares?
O povo, que paga esses crimes, é ainda aprendiz de malandro.
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